— Pronto!— Seonghwa disse consigo mesmo, ao conseguir colocar o mais novo no banco da frente.— E é por isso que eu prefiro trabalhar sozinho!— revirou os olhos.
Deu meia volta no carro e abriu a porta, para se sentar no banco do motorista.
— Hum...— pela primeira vez, desde que Yeosang apagou, escutou algum som vindo dele.
Seonghwa logo virou para o lado, achando que ele estava acordando ou algo assim. Mas não... o loiro somente deu uma remexida no banco, provavelmente por estar desconfortável.
— Hum...— o Kang tombou a cabeça para o lado, quase a encostando no ombro.
— Eu não sou pago para isso...— Seonghwa resmungou mais uma vez, deixando o objetivo de colocar o cinto de segurança para depois.
Ele se inclinou para o lado, e tocou no rosto alheio, ajeitando sua posição e colocando sua cabeça escostada no vidro da janela. Não era a posição mais confortável de todas, mas pelo menos ele não ficaria com torcicolo depois.
— É, acho que assim está bom.
Antes de se afastar, o Park fitou por um tempo o rosto alheio, prestando atenção em cada detalhe. Os fios descoloridos, que geralmente estão repartidos ao meio, agora estava caido em seu rosto, cobrindo sua testa e um pouco dos seus olhos. Sua pele estava meio avermelhada, principalmente na área das bochechas e sua respiração estava tranquila devido ao sono profundo.
Por mais que quisesse, Seonghwa não conseguia desviar o olhar, se perdendo totalmente naquela visão nenhum pouco comum em sua rotina. Usando a mão que não estava lhe sustentando naquela posição, o de cabelos pretos tocou nos fios loiros do menor, retirando as de seu rosto e colocando para trás de sua orelha. Tocou no contorno do rosto, bem em sua marca de nascença.
Nunca havia visto uma parecida, então a achava bem atraente!
Tocou em suas bochechas com o dedão, sentindo o quão macia era aquela região.
— Mas o quê...!?— finalmente ele se tocou no que estava fazendo e se afastou, sentando no banco do motorista.— Meu Deus, Seonghwa, o que deu em você!? Imagina se ele acorda.— o Park se chingava mentalmente, completamente constrangido.
Respirou fundo e finalmente se lembrou do que deveria fazer: colocar o cinto de segurança, dar partida no carro e ir para casa descansar.
E assim o fez!
A concentração na estrada o distraiu de qualquer pensamento que envolvia o homem dorminhoco ao seu lado, o que foi bom, pois estava completamente atordoado com essa nova sensação que tinha ao estar perto de Yeosang.
Primeiro quando estava cuidando da ferida em seu rosto, que agora estava bem melhor, em seguida isso!?
O que estava acontecendo?
Que sensação era aquela?
Por que sentia tanta vontade de fitá-lo?
Aquele silêncio estava um pouco desconfortável para Seonghwa, mas logo chegou em sua casa, para sua alegria.
— Até que fim!— soltou um suspiro aliviado, enquanto retirava seu cinto para sair do veículo.
Já do lado de fora, ele deu a volta e abriu a porta do banco de passageiro, retirando Yeosang dali e o ajeitando em seus braços, para que conseguisse levá-lo para o lado de dentro.
— Senhor, em que ponto eu cheguei?— choramingou Seonghwa, ao abrir a porta de sua casa.
Não sabia ao certo se seu drama era em ter que carregar seu parceiro nos braços ou sobre a onda de choque que percorria em seu corpo.
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The Case (Seongsang fanfic)
FanfictionATEEZ➡️SEONGSANG Casos de mortes começaram a acontecer de forma estranha. Pessoas importantes da cidade eram encontradas mortas em sequência e nenhum suspeito era identificado! Park Seonghwa, um policial e perito criminal de 24 anos foi chamado para...