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- Kuroo, por favor, pare de brilhar, está me incomodando - Kageyama disse já que o amigo não parava quieto na cadeira, ele sorria abertamente e ficava olhando ao redor o tempo todo.

- é mais forte do que eu, eu tô muito feliz e para piorar o Kenma nem veio hoje para eu poder gastar a minha energia com ele - reclamou com um bico nos lábios que logo foi desfeito por ele ter voltado a sorrir.

- isso não te dá o direito de encher a porra do meu saco - Kei deu um tapa em sua cabeça com força o suficiente para arrancar um gemido sofrido dele.

- cruel!

- tá, mas por quê ele faltou Broo?

- eu não sei Broo, eu já mandei um monte de mensagens para ele mas ele deve estar apenas cansado, não é querendo me gabar mas eu o cansei bastante - se vangloriou mesmo que suas bochechas estivessem coradas.

- por favor, eu não quero ouvir sobre a forma que ele te chupou de novo não - kageyama praticamente afundou as mãos nos próprios ouvidos.

- você deveria estar feliz também, está namorando sério com a Laranja, e inclusive, o que é isso no seu olho? - a marca já estava mais clara entretanto ainda era bem vista.

- eu tive um desentendimento com os meus pais - resumiu totalmente a história - mas mudando de assunto, qual é a da blusa de gola alta?

- você não pode mudar de assunto assim, e bem.. digamos que o meu pau não foi a única coisa que ele chupou.

- meu Deus, vocês são nojentos, eu não acredito que ele chupou o seu cu - Kei o provocou.

- o quê? Cara, não!

- você disse que o seu pau não foi a única coisa que ele chupou, isso me leva a crer que eu chupou o seu cu.

- não Tsukki, ele não fez isso.

- então o que ele fez?

- isso não importa! - o Tetsuro já estava a um passo de explodir pelo constrangimento - mas enfim Tsukki..nosso foco agora será em você. Como estão as coisas com o seu namoradinho?

- mais respeito kuroo - kageyama brigou, Kei realmente se sentiu aliviado, pensou seriamente em o agradecer - eles não namoram, eles são casados.

- tem razão, foi um erro meu, perdão - kuroo entrou na brincadeira - e o seu esposo? Como ele vai?

- eu odeio vocês, eu definitivamente odeio vocês - Kei se afundou na mesa, só desejava sumir naquele momento - e na verdade não, nós não namoramos.

- mas e aquilo que ele postou de "desabafo do dia meninas"? Esta literalmente o colégio inteiro falando sobre isso - desta vez até mesmo kageyama se meteu.

- na minha cabeça vocês tem três filhos - Bokuto se pronunciou fazendo barulho ao sugar o resto do seu suco com o canudinho colorido.

- imbecis - o loiro revirou os olhos antes de arrumar as astes de seus óculos - eu e ele não namoramos, estamos só..eu não sei, eu verdadeiramente não sei.

- eita - Bokuto disse ao perceber o clima pesado que se instaurou ali.

- mas enfim, já que o Kuroo está com o cu chupado - foi o próprio Kei quem quebrou a tensão.

- caralho vai tomar no seu cu.



                          ( ☬ )



- sim mamãe - falava ao telefone enquanto andava pela casa - eu já fechei as janelas e eu sei que vai chover, eu recolhi as roupas do varal, lavei a louça e não estou descalço - não podia evitar sorrir, mesmo depois de tantos anos que tinha se mudado ela continuava carinhosa e preocupada com si - mamãe, eu vou precisar ir agora, tem alguém batendo na porta - deu uma pausa para ir da cozinha até a sala - não mamãe, não é um assassino, eu vou ver pelo olho mágico antes de abrir, beijo mamãe, eu te amo. - e enfim desligou olhando pelo buraquinho da porta - gatinho? - abriu a porta surpreso por ver o garoto ali.

- oi kuroo - ele estava com o olhar baixo junto da voz sem o encarar.

- vem gatinho, entra - não pode conter o seu sorriso ao o ver entrando em sua casa - essa é a primeira visita que você me dá - faltava apenas pular no lugar de tão feliz - tem algum motivo específico para a sua presença?

- eu..tudo bem se eu dormir aqui hoje? Desculpa estragar a sua paz eu só.. não queria ficar sozinho em casa, não hoje. - e enfim as lágrimas que tanto tentava não deixar cair rolaram pelos seus olhos assustado o outro.

- ei, gatinho - colocou as mãos em seus ombros para tentar chamar a sua atenção - está tudo bem, não é como se eu precisasse manter a minha paz, a gente pode sair, ir de bar em bar, eu não sei, só para de chorar por favor - o meio loiro o encarou e apenas aí pode perceber o ematoma sobre um de seus olhos, o cantinho da boca tinha um machucado bem vermelho e seu pescoço estava marcado, além de seus chupãos, era como se alguém tivesse o apertado - eu gosto do caos que você me trás. Agora me diz, o que aconteceu?

- kuroo.- apenas essa palavra escapou de sua boca antes de quase ir ao chão, o moreno teve que o segurar enquanto ele chorava, o corpo menor que o seu tremelicava junto aos soluços.

- calma gatinho, tá tudo bem - passou seus braços por baixo das pernas dele para poder o segurar no colo - o que aconteceu? - caminhava devagar com ele no corredor na intenção de o levar para o quarto, entretanto, não importava o quanto falasse, ele não respondia, apenas chorava mais e se agarrava no tecido da sua blusa até que estivessem deitados na cama.

Pretendia o colocar lá e preparar alguma coisa para que ele comesse, era péssimo em comunicação sobre sentimentos então a sua melhor opção era fazer ele se sentir fisicamente bem, precisaria cuidar do machucado em seu rosto e o fazer descansar, entretanto, o corpo pequeno se agarrou ainda mais ao seu não o permitindo se mexer, então, por hora, apenas o obedeceria. Se aconchegou melhor na cama para poder o abraçar.

- você quer conversar? - perguntou baixinho, o silêncio estava o deixando desconfortável e não saber o que estava acontecendo com ele o dava medo - comer alguma coisa? Talvez um banho? Posso encher a banheira e colocar os sais que você gosta, eu comprei incensos se quiser..- tentava ocupar o espaço sonoro - podemos jogar alguma coisa se não quiser falar..podemos escutar o nosso gay favorito - brincou conseguindo finalmente retirar um sorrisinho dele - eu vou pegar o meu celular, você me espera? - tentou se levantar, entretanto, as mãos dele continuavam em sua blusa a apertando e proibindo que fosse embora, quando tentava se afastar dele o garoto o arrastava para si novamente.

- como é que eu vou voltar 'pra casa? - a sua voz saiu baixinha.

- você não precisa ir pra casa, eu posso ser a sua casa se você quiser - o envolveu ainda mais em seu aperto.



Se ele não queria que fosse embora, então não iria.

Se ele não queria ir embora, então ele não iria.

Se ele queria ficar ali, com si para sempre, então ele ficaria.

Aceitaria qualquer coisa que vinhesse dele com o máximo de alegria.

Aceitaria os tapas, as discussões por nada, as indiretas jogadas no ar, aceitaria os beijos e os risos bobos e principalmente, aceitaria ficar ao seu lado quando ele precisasse.

Aceitaria tudo pelo seu garoto.







Apenas não aceitaria que o machucassem novamente.






Love and BetsOnde histórias criam vida. Descubra agora