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- quais são as suas pretensões para essa noite gatinho? Me fazer ter um ataque do coração? - Kuroo apoiou a mão no peito para reforçar seu drama, a jaqueta de tecido macio e verde bem escura fazia conjunto com a calça e contaste com a blusa branca que usava por baixo, tinha um tênis também branco nos pés e alguma pulseiras além de colares e piercings.

- talvez seja, mas agora me diga, para onde pretende me levar?

- isso ainda é um segredo gatinho, você vai descobrir apenas lá. 

- você está me assustando.

- que bom, essa era a minha pretensão, que bom que a compreendeu, agora vamos gatinho, a sua carruagem já está pronta - kuroo abriu a porta de trás do carro grande, preto e luxuoso de mais para a ocasião que o havia sido prometida.

 - é serio kuroo para onde você esta me levando?

 - voce vai descobrir isso lá, confia em mim ao menos uma vez na sua vida. 

 - olha só, se amnha eu acordar em uma banheira de gelo eu volto de noite para puxar o seu pé. 

 - por mais que a proposta de o ter em meu quarto de madrugada seja tentadora eu ainda prefiro que você esteja lá vivo, é serio gatinho, eu nunca, jamais em toda a minha vida te levaria para algum lugar que ameaçasse a sua segurança, nós temos um filho para cuidar e eu não quero que ele fique sem um pai, inclusive, na volta eu poderia dormir aqui contigo? Estou com saudades do Chifuyu. 

 - tá tanto faz - finalmente se rendeu indo para o banco de trás do carro, esperava que o moreno passasse para a porta da frente, entretanto, ele apenas abanou as mãos como se o mandasse chegar para o lado e assim fez, o maior se sentou sorrindo ao seu lado fechando a porta e puxando um pequeno espaço para abrir uma janelinha e falar com o senhor que estava no volante.

 - já podemos ir. 

 - é serio kuroo, para onde você esta me levando? - já te disse que é surpressa. 

 - então para o que o uber? Nós poderiamos pegar um dos seus carros ou dos meus. 

 - é que o lugar onde estamos indo só se pode chegar assim, você só entra com pessoas de lá e só sai com pessoas de lá, e mesmo que eu já seja conhecido eu preferi passar um tempo mais focado em você do que dirigindo.

 - é serio Kuroo, eu não posso morrer ainda, eu tenho que ir no show do Jão daqui a alguns meses. 

 - poxa gatinho, confia ao menos uma vez em mim, eu sei que eu nao valho nada para você e venho valendo cada vez menos mas é serio, confa em mim ao menos um pouquinho.

- tá eu vou fazer um esforço. 

 - e é por isso que eu te amo meu amor. - praticamente em um ato rotineiro de impulso puxou o garoto forçando um beijo rápido e forte em sua boca. 

 - imbecil - apenas murmurou cruzando os braços e fazendo beicinho. 

 - o seu imbecil - kuroo aproveitou para sussurar baixinho em seu ouvido. 

 - vai, me fala pelo menos alguma coisa de onde estamos indo, sabe que eu fico nervoso com essas coisas. 

 - tudo bem, já esta mais do que na hora de eu te contar - o maior tomou folego para poder começar a falar - eu sou o Batman. 

- Kuroo! 

 - tá parei, olha a historia é um pouco longa mas a viagem também então acho que dará tempo. Quando eu tinha por volta e uns 14 anos eu conheci um cara, ele devia ter uns 21 ou 23 naquela época, e não me leve a mal, não nos envolvemos dessa forma, ele apenas tinha se mudado junto com o namorado para o mesmo conjunto de apartamentos que eu morava com os meus pais. Alguns dias depois e depois de conversar algumas vezes com eles acabamos pegando mais intimidade, as vezes eu passava horas na casa deles brincando ou apenas conversando bobagens, como meus pais trabalhavam muito eu acabava por ficar muito sozinho, quando eles viram aquilo praticamente me acolheram, aí teve o acidente de carro onde o meu pai perdeu a vida e acabou ficando apenas eu e a minha mãe, durante um tempo ela até que ficou em casa mas acabou se refugiando no trabalho e novamente eu acabei ficando de lado, mas sinceramente eu não a julgo, ela havia acabado de perder a pessoa que ela mais amou durante toda a sua vida assim de uma hora para a outra. Como eu acabei por passar ainda mais tempo com eles eu acabei vendo coisas que eu não deveria, ainda mais pela minha idade. Eles sempre tinham dinheiro e me mimavam ao extremo mesmo que eu não merecesse, entretanto, eles sempre estavam em casa, como eles conseguiam esse dinheiro afinal? Era o que eu sempre me perguntava, até que um dia um pessoal que eu sabia que não eram amigos deles foram na casa, eles me colocaram dentro do quarto e mandaram eu ficar em silêncio, eu estava com fones de ouvido com alguma musica estranha que costumavamos escutar juntos quando dois deles sairam da casa com um desses caras que cuidava de mim, alguns minutos depois como eu já estava entediado comecei a fuçar no quarto e advinha o que eu achei? armas. muitas armas. umas carregadas e outras não. E sejamos honestos, eu sempre fui ótimo em jogos de atirar. Achei silenciadores e a mente estranhamente inocente de uma criança de 14 anos pensou ''por quê não?'' então eu tentei colocar o silenciador e de alguma forma aquilo funcionou. 

 - e em momento nenhum você pensou ''porra, eles tem armas'' de uma forma assustada?

 - eu acho que eu nunca entrei em detalhes do quão inocente e bobo eu era. Eu era inocente de uma forma sobrenatural. Aquilo tudo me parecia ser apenas um jogo, aqueles que eu costumava jogar junto deles, então o meu primeiro pensamento foi ''eu preciso mostrar isso para eles'' 

 - ignorando completamente o fato das armas serem deles.

 - você me conhece tão bem gatinho. Mas enfim, eu fui espiar pela frestinha da porta, dessa vez estavam os dois na casa, para se tornar mais didático, um se chamava oikawa e o outro Iwazumi, dois dos caras estavam segurando Oikawa enquanto ele via o esposo sendo espancado pelos outros três, quando eu vi aquilo eu pensei ''é apenas um jogo'' e alguma coisa me fez atirar, obviamente os tiros que eu os dei não causou tantos danos, eu tinha 14 anos e uma arma é pesada e ainda tem o impacto, mas aquilo foi o suficiente para que Oikawa se soltasse, Iwazumi correu para a porta onde eu estava e a fechou, eu tirei os fones e ouvi disparos, depois de um tempo eles foram me buscar, a casa tão organizada estava uma bagunça, tinha sangue no chão e nas paredes e eu ainda tenho uma leve impressão de ter visto alguém arrastando um corpo pelo corredor. depois disso Oikawa disse ter uma dívida eterna comigo por ter salvo o amor da vida dele. Quando você se referiu a fazer ''igual da ultima vez'' na minha cabeça você se referiu ao dia que aqueles jogadores de bola tentaram invadir a sua casa não foi? Bem, aí eu entrei em contato com eles novamente, e por essa suposta divida eterna que o Oikawa diz ter comigo eu entrei em contato com ele para buscar ajuda, eu não sou muito de fazer o trabalho sujo, entende?

 - então você está me dizendo que de uma forma totalmente não proposital fez amizade com pistoleiros ou sabe-se lá o quê, os ajudou a não morrer, se livrou de alunos abusivos e agora está me levando para ver eles?

 - basicamente, sim.

 - eu acho que eu vou vomitar, é serio Kuroo eu nunca te fiz mal né, não precisa me fazer sumir do mapa assim.

 - você entendeu errado gatinho, eles tem outra pessoa, eu quero que você saiba sobre as pessoas que me rodeiam, quero que saiba cada aspecto que faz parte da minha vida. 

 - você não sabe nem o que significa aspecto kuroo..

 - não mesmo mas eu posso vir a apreender, e olha que coisa boa, consegui te distrair com o meu papo, nós já chegamos. kenma acompanhou calado enquanto o carro passava por entre os guardas armados, haviam seguranças em cada canto, se sentiu pequeno quando o carro parou em frente a luxuosa mansão, chegava a ser maior do que a sua casa e a de kuroo juntas, e além disso, tudo o que os rodeava além dos enormes murros e guardas eram arvores, como nunca havia escutado nada sobre aquele lugar?

 - seja bem vindo a minha segunda casa gatinho.




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