Os olhos do jovem observam pausadamente o espaço que o rodeia. Sentado à mesa do escritório de Armand Giong, ele tenta respirar a austeridade que o empresário emana. A riqueza do lugar sempre o impressionou. Os estofados, de couro legítimo. Os tapetes persas finamente elaborados e que se fossem vendidos separados sustentariam uma família de artesãos. As peças da mesa elaboradas em prata. O cinzeiro de porcelana italiana. Os suportes de cartas e documentos de ouro. presente de um sheik que "adotou" um dos filhos de Giong. Os livros de capa dura com bordas de ouro, coleção excêntrica de colecionador. O divã de veludo do século 12.
O lustre francês que é uma das peças mais caras e requintadas do comércio de antiguidade, está ali há pelo menos duzentos anos. Os abajures clássicos, com suas telas de papiro egípcio. Até a escada da imensa biblioteca adjunta ao escritório, é uma peça antiga, quase uma joia.
Tudo elegantemente alinhado e exalando riqueza. Abriu a caixa de charutos e com respeito e delicadeza tomou um nas mãos e cheirou. O tabaco inebriou suas ideias e ele sorriu maravilhado. Sentindo-se o dono do mundo, tocou o grande globo terrestre que compunha a decoração da bela escrivaninha.
No escritório do maioral do grupo Giong, onde ele, um garoto cheio de sonhos, só podia entrar na ausência do dono, Winner Giong está se sentindo o verdadeiro chefe dos Inimigos de Chen. Como o verdadeiro dono do sobrenome e cabeça da casa Giong está fora, o rapaz tem planos para atacar os seus rivais e ampliar seu poder.
Um de seus informantes disse que viu Kim falando com Way sobre o Kenta Chen, mas, segundo o homem, quando se aproximou ambos mudaram de assunto.
Winner está disposto a descobrir se o diretor mais jovem está realmente interessado no atorzinho. Ele ainda tem poder sobre o tolo Kim e nada nem ninguém o impedirá de usá-lo para atingir os Chen. Sabe que falhou com North e Sonic, não vai falhar com Kim. Ele tem como afastá-lo do outro. Se Kim tivesse algum poder ele teria como descobrir a quem ele está ligado, mas como o rapaz é um ser comum, não tem como detectar seu guia. Embora, se o outro fosse minimamente especial, ele não teria como impedir o primeiro contato. Mas Kenta e Kim são dois comuns e dos mais idiotas. E Winner pensa isso esquecendo que ele mesmo não detém nenhum poder seja adquirido, congênito ou dos mais raros deles, a paranormalidade - essa, na maioria dos casos, totalmente indetectável.
Ligou para Kim, fazendo o que mais sabe fazer, fingir simpatia.
Kim sorrio quando seu pensamento alcançou Winner. Ele é tão fácil de ler que é quase besteira usar a telepatia para descobrir sua intenção.
- Kim, meu querido! Tudo bem? - A voz firme desliza uma doçura fora de lugar. Kim afasta o aparelho do ouvido e também finge simpatia.
- Sim, Win. Bem e você?
- Preocupado contigo, meu querido! - Kim fez cara de nojo ao ouvir a voz cada vez mais falsa do belo homem. Estava sentindo a sensação doentia da síndrome de pequeno poder do verme que acredita piamente ter poder sobre o homem com quem fala. A tentativa de plantar a sementinha da discorda é detectada e Kim ri internamente. Mal sabe o estúpido que o ódio de Kim contra Tony é uma floresta, uma mata fechada.
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Inevitável #KentaKim
FanfictionO encontro de um guia e um predestinado. O encontro dos quase inimigos Kim e Kenta acontece de forma nada convencional. ☆☆☆☆☆☆ O cenário é um lugar diferente. Outro mundo. Outras leis. Outras possibilidades. As pessoas que aq...