3. na mira de um arqueiro.

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opa, bão?

não esqueçam de comentar e votarrr.

beijocas.


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Na manhã seguinte, ao sair para a escola, me deparei com João montado em uma bicicleta roxa, estacionada em frente à minha casa. Seu rosto irradiava um sorriso contagiante, enquanto sua mochila estava jogada na cestinha dianteira.

— Olha só isso, Pedro! — Exclamou animado, pedalando em círculos ao na rua em frente ao portão.

O observei com uma expressão perplexa e vi parar abruptamente, soltando uma risada ainda mais efusiva.

— Meu pai me deu de presente ontem. Gostou? Podemos ir juntos para a escola. — Apontou para o espaço livre atrás do banco. — E também usar a bicicleta para buscar materiais para a reforma da casinha.

Eu fiz uma careta ao examinar a bicicleta mais de perto. João estava apoiado em um dos pedais, usando tênis Vans imaculadamente brancos, contrastando com meu velho e sujo por falta de cuidado.

— Presente de quê? — Perguntei, finalmente olhando diretamente para ele naquele dia.

— Por ser um bom filho, ora essa! — Respondeu simplesmente, enquanto eu balançava a cabeça, sentindo uma pontada de inveja e uma imensa saudade do meu pai. — Você vem? Vamos nos atrasar. — João insistiu, e eu cedi, subindo no bagageiro da bicicleta. Ele se acomodou no banco e deu a primeira pedalada com vigor, fazendo-me agarrar sua cintura instintivamente. Optei por manter minhas mãos ali para evitar quedas ou acidentes.

— Hoje o sol apareceu, né? — Ele comentou brevemente, olhando rapidamente por cima do ombro. — Isso é ótimo para trabalharmos na reforma. — Sua concentração aumentou ao fazer uma curva que nos levava à frente da escola. Concordei brevemente, pulando da bicicleta para que João pudesse estacioná-la no bicicletário.

Subimos as escadas apressadamente, tentando evitar um atraso maior, e conseguimos entrar antes do professor de história. Enquanto me dirigia para minha carteira, uma mão segurou meu braço.

— Oi, Pedro. — Reconheci a voz de Luana, uma colega loira e um pouco mais baixa que eu, sempre ativa nas aulas e envolvida nas conversas com os outros alunos.

— Oi. — Respondi um tanto desconcertado, me afastando e indo para meu lugar. Lancei um olhar confuso para João, que deu de ombros e deixou o celular sobre a mesa.

Durante a aula de história, o professor passou um trabalho em duplas, enquanto eu arrastava minha carteira para ficar ao lado de João, ouvi Luana falar novamente.

— Professor, a dupla pode ser de três? — Perguntou olhando para nós dois enquanto eu sentava na cadeira e direcionava os olhos para o professor que apenas deu de ombros e suspirou cansado.

Com um sorriso largo e um caderno nas mãos, ela se aproximou de nós e escorregou a mão pela ponta da minha cadeira.

— Pê, posso fazer com vocês? — Perguntou colocando o cabelo para trás da orelha e eu olhei para João novamente, que apenas olhou pra frente com um pequeno bico nos lábios.

— Pode ser... — Falei baixinho e no segundo seguinte, ela trouxe suas coisas para sentar ao meu lado.

Enquanto Luana organizava seus materiais ao meu lado, eu me senti um pouco tenso, pois estava acostumado a conversar apenas com João. No entanto, decidi manter uma postura amigável.

— Então, qual é o plano para o trabalho? — Luana perguntou animadamente, olhando para mim e depois para João.

João deu de ombros, parecendo um pouco desconfortável com a nova dinâmica.

AZUL - PEJÃOOnde histórias criam vida. Descubra agora