Capítulo III.

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2 anos depois.

Saiko e Hakari agora tinham 18 anos. Hakari fora incorporado ao grupo de soldados do clã Huragumi, e havia aumentado extraordinariamente suas habilidades como samurai. Contudo, Hakari detestava tudo aquilo, e só o fazia para poder manter o seu amor secreto com Kirari, a filha da criada de Hirozu. Porém, agora que Hikari tinha 18 anos, ele poderia se casar, e não precisaria mais namorar às escondidas. Porém, Saiko sabia que se isso acontecesse, cedo ou tarde Hakari abandonaria a sua função de samurai para viver uma vida tranquila com Kirari. Saiko não poderia permitir isso.

Então, em uma bela manhã, Hakari acordara determinado a pedir Kirari em casamento, porém, foi surpreendido com uma notícia de sua mãe: "Saiko anunciou que irá se casar! A sortuda será Kirari, filha da criada do seu pai! Que dia mais alegre!", Hakari perdera o brilho em seus olhos. "O que?", perguntou, na vã esperança de ter entendido errado.

Hakari fora imediatamente tirar satisfação com seu irmão. Ao vê-lo, socou com todas as forças sua cara. "Seu merda, se explique, agora!". Saiko limpa o sangue da boca, e ri, "bom dia pra você também, irmão. Dormiu bem?". "Cala a boca seu merda, me explica essa merda, agora!", exclama, Hakari. "Você sabe que não pode ficar com essa mulher, irmão. Você vai se acomodar, e nós não podemos nos dar ao luxo de perder um guerreiro habilidoso como você. Essa mulher enfraquece você, sem ela, você vai liberar seus instintos primitivos e se tornará um guerreiro melhor. E enquanto ela estiver comigo, eu mantenho o segredinho de vocês a salvo... papai", Hakari se assusta. "Você acha que eu não sei? Uma criada ter um filho antes do casamento... você sabe que nosso clã tem regras muito rígidas quanto a isso. Não vai acabar bem pra ela, você sabe... enquanto ela estiver comigo, nada disso vai vazar, mas somente se você continuar como soldado fiel do clã. Sei que você vai me odiar, mas eu faço isso pelo seu bem, meu irmão. Eu te amo, e quero que você se torne um samurai de verdade, você nem faz ideia o quanto nosso pai está feliz com a sua mudança."

A cabeça de Hakari começa a doer, ele não entende por que tudo isso estava acontecendo com ele, ele somente tinha uma certeza naquele momento: "Eu vou te matar", afirma Hakari pouco antes de voar no pescoço do seu irmão, e começa a enforca-lo. Saiko quebra o braço esquerdo de Hakari, e se liberta: "Muito bem, irmão. É esse tipo de atitude que eu quero no campo de batalha ha ha ha ha", Saiko chuta Hakari, e vai embora.

Deitado no chão, Hakari chega a uma conclusão: "Entendi... é muito simples, eu não mereço ser feliz.". Hakari se levanta, mas o Hakari gentil que amava pintar não se levantou, um outro hakari, mais sombrio, se levantou em seu lugar.

A partir daquele dia, Hakari se fechou completamente ao mundo, e no seu íntimo, jurou vingança a ele. Hakari apenas aceitou o que ele deveria se tornar, um assassino, sem qualquer tipo de emoção ou remorso. No entendimento de Hakari, somente assim ele poderia vencer o mundo, mundo esse que havia cuspido em sua cara, do seu ponto de vista.

3 anos se passaram.

O Imperador Kurosawa acabara de declarar guerra à dinastia da China, pois queria conquista-lá e transforma-la em território japonês. Todos os diversos clãs do Japão se reuniram em navios para invadirem a China, entre eles, naturalmente se encontrava o clã Huragumi, que cada vez mais estreitava relações com o imperador, e seu líder, Hirozu, já tomava parte nas decisões mais importantes do imperador, sendo que, uma destas, fora a decisão de declarar guerra à dinastia chinesa.

A fama de Saiko e Hakari havia aumentado assustadoramente; Saiko, sendo conhecido como uma fera incontrolável assassina, e Hakari, sendo chamado de lobo solitário, devido ao seu modo mais calmo e frio de agir, se comparado com seu irmão.

Enquanto isso, na dinastia chinesa, o imperador Jin Chang se preparava para iminente invasão, e reforçou o lado Leste do país e mandou exércitos para Coréia, pois somente por estes dois lados o Japão poderia invadir a China. O imperador chinês era determinado, e apesar de ser muito rígido, ele verdadeiramente se importava com a sua dinastia e seu povo, assim como seu filho, o príncipe Lian Quon. Lian era um homem extremamente gentil, com fortes ideias de justiça, ele prezava pela proteção e segurança de todo o seu povo, e em especial, de sua mulher e seu filho recém-nascido.

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