Capítulo XI.

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Alguns meses antes da invasão ao palácio de Saiko.

Hakari segue sua vida como escravo. Ele já havia tentado fugir diversas vezes sozinho, e ja havia matado muitos soldados que protegiam a fazenda, mas não conseguira fugir. Hakari praticamente já havia abdicado de sua vontade de viver, e estava quase abandonando sua sede de vingança, pois não via como conseguiria fugir. Um novo escravo chega a fazenda, fora vendido por um bando de assaltantes. Esse escravo fora colocado para trabalhar junto de Hakari, cortando as árvores. Assim, ele começam o trabalho. Após algumas horas trabalhando, o novo escravo se enfurece e joga o machado no chão. "Que merda, eu não posso perder tempo aqui. Eu vou tentar fugir, você vem comigo?", pergunta, o escravo, para Hakari. "Você é burro? Acha que eu já não tentei isso milhares de vezes? Essa fazenda tem muitos soldados, e mesmo que não sejam tão habilidosos quanto eu, a quantidade é muito grande, não há como vencer todos.", responde Hakari.

"O burro aqui é você", retrucou o escravo. "Quem disse que eu quero abrir caminho lutando, só um idiota faria isso", hakari se irrita pois era somente isso que ele sempre tentava fazer para fugir, "estou falando de armar um plano para ser bem executado. Você realmente parece forte, e eu também sou. Sei que podemos dar um jeito se conseguirmos diminuir o número de inimigos com os quais tenhamos que lutar". Hakari, agora mais interessado, pergunta: "Você realmente é forte? Não quero estar do lado de um franguinho quando a situação apertar"; o homem responde: "Eu já fui o líder do clã Kakurami, seu moleque. Eu sou muito forte, e agora estou duas vezes mais forte, pois em meu coração arde uma fervorosa vontade de vingança. Por isso, eu não posso desistir e ficar aqui, como se fosse um nada". Hakari se vê naquele homem, e sente como se aquelas palavras fossem para ele mesmo. "Tudo bem, eu topo", diz Hakari, determinado a não falhar na fuga mais uma vez.

Jagan, ex lider do clã Kakurami, assim como Hakari, buscava vingança pela morte de seus filhos e perda seu clã. Mas Hakari não sabia que o alvo da vingança de Jagan era o mesmo que o seu. Assim, passou-se um dia, e Jagan desenvolveu um plano de fuga e contou para Hakari: "O plano é o seguinte: eu espalhei a informação para todos os escravos da fazenda que iríamos fazer um motim hoje ao cair da noite. Disse para eles que eu ouvi do senhor das terras dizendo que sairia para negociações e levaria grande parte dos seus soldados consigo, o que é uma mentira. Mas por sorte os escravos desta fazenda são burros o suficiente para acreditarem. Enquanto eles criam um alvoroço, nós iremos nos esconder e esperar a hora certa para conseguirmos fugir".

O plano era muito arriscado, mas para Hakari já parecia muito melhor do que os seus outros planos de fuga, sendo assim, concordou. Ambos esperaram o cair da noite, e quando ele chegou, o motim começou. Uma gigantesca batalha havia começado na fazenda, e muitas mortes de ambos os lados, mas os soldados estavam fadados a ganhar a batalha por sua enorme vantagem numérica. Mas nada disso importava para Hakari ou Jagan, uma vez que seu plano havia dado certo. Assim, ambos fogem em direção à saída mais próxima, porém, Mataki e boshida, dois dos guerreiros samurais mais fortes da fazenda haviam voltado de sua pesca no rio próximo da fazenda, e de depararam com Jagan e Hakari tentando fugir. Mataki avança para matar os dois, mas Boshida o impede: "Vai matar dois homens desarmados? Onde está sua honra samurai?", Boshida pega duas Katanas que estavam na cabana onde guardavam as armas perto dali e entrega para os dois.

Saquem suas espadas, vamos lutar. Mas rapidamente Hakari pega as duas. Jagan e os dois samurais ficam sem entender o que estava acontecendo. Hakari, durante suas longa e sangrentas missões ao lado do bando de Kenji, havia finalmente conseguido liberar seu instinto animal por completo, e ele conseguiu isso ao começar a usar duas katanas para lutar. "Afaste-se, velho. Eu pego os dois", disse Hakari, com o sangue fervendo por finalmente pegar em uma katana depois de anos, e também por ter sua chama de vingança revivida. Nada poderia parar ele agora. Mataki não espera Boshida e logo avança em direção de Hakari, que corta rapidamente seus dois braços, e perfura seu crânio com a katana. Hakari se sente vivo de novo, toda aquela matança traz prazer para ele.

Ele olha para Boshida, lambendo os beiços: "Vamos dançar?", pergunta Hakari, torcendo para que Boshida aceitasse o duelo. Mas Boshida não via um homem em sua frente, via apenas uma besta, uma fera irracional é imprevisível. "Eu não duelo contra animais", afirma Boshida, e deixa Jagan e Hakari passarem. Assim, ambos finalmente fugiram da fazenda, deixando um rastro de sangue para trás. Hakari se sente feliz: "Finalmente... Saiko, eu estou chegando", Jagan escuta Hakari, "Saiko? O que você quer com esse merda?", pergunta Jagan. Hakari normalmente apenas ignoraria e seguiria seu rumo, mas ele sentia que tinha uma dívida com Jagan, então lhe conta que ele busca vingança pela morte de sua mulher e filho, e o alvo era Saiko. Jagan então afirma ter o mesmo objetivo de vingança contra Saiko. Assim, ambos decidem juntar forças para invadir o palácio de Saiko.

Jagan e Hakari vão para o clã Kakurami, agora sobre a ditadura do filho do braço direito do imperador, Maki Kamatoshi. O plano era matar Maki e os soldados do clã Kamatoshi que ali estavam e usar o clã Kakurami para fazer uma invasão ao palácio do imperador. Então Hakari e Jagan invadem sorrateiramente o clã e vão atrás de Maki. Logo eles o encontram, e Maki se assusta ao ver os dois ali, mas antes que ele pudesse gritar pedindo ajuda, Jagan aponta sua katana para o pescoço e diz: "calado. Eu e você vamos duelar aqui e agora pela honra de meus filhos mortos pelo seu clã, caso rejeite, não me importo de matá-lo agora. Maki acena positivamente com a cabeça, aceitando o duelo. Jagan vira para Hakari e diz: "Você cuida dos outros samurais, incite uma rebelião. Esse aqui é meu", Hakari não fala nada, mas entendeu o recado, e fez como Jagan havia pedido.

Maki sua frio, "Vamos, desembainhe sua espada", manda Jagan. Maki hesita: "Olha, por que não tentamos conversar de forma civilizada?", Jagan se prepara para atacar: "Se quiser ficar sem espada, que seja, mas eu estou indo pra cima de você". Maki, completamente trêmulo, desembainha sua katana. Ambos se encontram em posição de ataque, uma gota de suor de Maki cai no chão, e ele parte para cima de Jagan, que em um único corte partiu Maki horizontalmente, partindo seu tronco de seu quadril. "Está feito", Jagan embainha sua espada enquanto o corpo de Maki cai no chão. Jagan realiza uma pequena oração por seus filhos, e parte para ajudar Hakari. Assim, em pouco tempo, Hakari e Jagan tomarou de volta o controle do clã Kakurami. Hakari e Jagan passam alguns meses planejando o seu ataque ao palácio do imperador, conseguindo mais armas, treinando os membros do clã e contratando ronins mercenarios para ajudar no ataque. Então Hakari fica sabendo que haverá uma execução de um padre no centro do palácio do imperador, e decide ser o momento perfeito para fazerem seu ataque. Então o grande dia chega, em um ataque surpresa, todo o clã invade o palácio matando todos os soldados que viam pela frente, liderando a massa, Hakari e Jagan avançam à cavalo, enquanto Hakari gritava: "Saiko!!! Eu vim para te matar e a sua família!!! Apareça!!!". Kaito vê aquilo e rapidamente corre para avisar ao imperador sobre a invasão, Jagan o reconhece e diz a Hakari: "Aquele ali correndo para dentro do palácio, aquele é o braço direito do imperador. Seguindo ele, vamos chegar ao Saiko", Hakari ri, ele nunca havia se sentido tão feliz assim antes, ele estava a alguns passos de finalmente obter sua vingança.

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