Capítulo 7 • A Preguiçosa

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Acordo cedo logo pela manhã pronto para a viagem. Mayumi desce comigo para se despedir, ficando ao meu lado na entrada do prédio enquanto espero Caio chegar com seu carro. Quando acordamos, a porta do quarto de Haru estava fechada e a porta de entrada do apartamento estava com um par de saltos largados em sua frente.

Após uns minutos, Caio finalmente chega. Dou um longo beijo em Mayumi, me despedindo, e então entro no carro, partindo em viagem até o evento.
Penso muito como vão ser esses três dias de Mayumi com sua prima em casa...
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(O ponto de vista de Mayumi)

Nem acredito que vou ter que passar três dias sozinha, apenas com a companhia de Haru. Deve ser alguma punição divina. Queria ficar esses dias tranquila, apenas indo para o trabalho no salão, para depois voltar para casa e ficar atoa, tranquila, comendo o que quiser. Porém, com a chata da minha prima ao arredor, não acho que terei tranquilidade.

Quando subo de volta para o apartamento, Haru já está acordada, sentada a mesa. Seus olhos mau abrem e seu cabelo está além do que se pode descrever como bagunçado.

- Bom dia. - eu digo. Contudo, ao em vês de responder, a única coisa que ela faz em troca é fazer um longo "xiiiu" com o dedo. - Vish, bebeu demais foi? - eu pergunto, sem fazer questão de abaixar o tom.

- Aiai... Não interessa... Só fala baixo... - Haru diz em murmúrios.

- Bom, que seja. Vou me arrumar para ir trabalhar. Vê se não vira a casa do avesso enquanto eu estiver fora. - então saio em direção ao quarto. Haru só balança a mão no ar como quem diz "vai vai".

O dia no trabalho foi normal, cansativo como sempre, mas há uma vantagem em trabalhar em um salão, que é poder fofocar e extravasar as frustrações atuais.

Chego em casa lá pelas 18 horas. Quando entro em no apartamento, vejo Haru largada no sofá mechendo no celular, vestida só com uma blusa cropped azul e calcinha rosa.
Eu apenas olho e digo:

— Vida boa hein. Fez alguma coisa hoje?

Haru responde sem olhar para meu rosto:

— Sim. Eu almocei.

Eu olho para a cozinha e vejo na pia com um tanto de louça suja.

— E você nem lavou a louça!? — eu digo indignada.

— Eu sou visita. E além do mais, a louça é sua. — ela responde, agora olhando só com canto de olho.

— Aff... Não creio... — suspiro para mim mesma e vou até o quarto tomar um banho e me arrumar.

A preguiça de Haru me irrita muito, mas é explicável. Haru é filha da parte rica da família. Minha tia é médica e meu tio é chefe numa empresa de automóveis. A vida dela sempre foi confortável e fácil. Haru fez faculdade de moda, mas nem terminou. Ela vive fazendo picos como modelo e fazendo publicidade de produtos de beleza online, mas boa parte de sua renda vem de seus pais.

Mais tarde, após lavar a louça da bonita, eu finalmente tenho um tempo para sentar e descansar de vez.
Haru ainda continua largada no sofá, na mesma posição.

— Vai pro lado, arrasta sua bunda esquelética pra lá! — eu digo para ela de braços cruzados esperando.

Ela me olha por um breve momento, volta a olhar para o celular e então responde:

— Acho que sua bunda grande não vai caber aqui. — e ela sorri maldosamente.

Eu apenas a encaro e sorrio com  maldade também.

— Ah é mesmo? — eu digo. Então eu me viro e me sento em cima do tronco de Haru.

Ela solta um grito abafado e se esperneia toda. Eu nem cheguei a soltar todo peso sobre ela, só o suficiente para pressiona-la, afinal eu não quero quebrar o corpo de graveto dela.

Engordando MayumiOnde histórias criam vida. Descubra agora