capítulo 06

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THAYANNE ARAÚJO

   Meu despertador tocou ás 6 horas, levantei, escovei meus dentes, coloquei meu biquíni, passei um creme no cabelo e protetor solar na pele e desci pra ver se já tinha alguém acordado.

   Não tinha ninguém na parte de baixo, todo mundo dormindo ainda. Subi de novo e fui até o quarto dos meninos.

- Vamos acordar, queridos. - Falei abrindo a janela e vi eles colocando o lençol no rosto.

- Porra, Thayanne. Fecha essa janela. - Rafael falou.

- Levanta, não vou fechar nada não.

- Que horas são? - Luan perguntou sentando na cama.

- Seis e meia.

- Só mais um pouquinho.

- Não levantei cedo a toa não. Não vão levantar mesmo? - Perguntei cruzando os braços sem paciência.

- Caralho, tu é chata. - Rafael levantou puto.

- Meu filho, vocês combinam uma coisa e não cumprem. Vocês tem 10 minutos, se não vou sozinha.

- Bom dia, viu? - Luan falou

- Que humor é esse, Deus abençoe. - Murilo falou arrancando uma risada dos meninos.

- Cuidem! - Falei saindo do quarto.

     Desci e fui pra cozinha fazer meu café, só acordo depois de tomar.

- Hum, vou querer. - Luan falou entrando na cozinha e se sentando na mesa.

- Pega a xícara aí atrás. - Falei apontando pro armário que tava atrás dele.

- Pego uma pra tu também? - Perguntou pra mim e eu concordei.

- Vai querer comer o que? - Perguntei pra ele.

- Você já vai comer agora?

- Vou, tô com fome.

- Vai fazer o que?

- Acho que uma torrada, vai querer também?

- Quero, quer ajuda?

- Precisa não, é rapidinho.

- Passou teu mal humor? - Perguntou rindo

- Vocês que me estressam, me fazem acordar cedo e não levantam.

- Tu fica mais linda estressadinha.

- Para, que eu tenho vergonha. - Falei colocando a mão no rosto e ele riu.

- Tá fazendo o que? - Rafael perguntou descendo.

- Torrada, vai querer?

- Quero.

- Pergunte logo a Murilo e ao meu pai, pra eu não ter que ficar fazendo uma por uma.

- Tá chata hoje hein? - Rafa saiu fazendo careta

    Terminei de fazer as torradas e tomamos o café da manhã. Esperamos uns 20 minutos e fomos pegar nossas pranchas.

- Cadê sua outra prancha? - Perguntei pra Rafael

- Tá lá no quintal, pega lá.

    Fui até onde meu irmão disse que estava e peguei, desci as escadas com eles e começamos a surfar.

                                        {...}

- Tava com saudade de surfar com você. - Meu pai disse dando um beijo na minha cabeça e me abraçando de lado.

- Também tava, papai. - Falei o abraçando mais

- Tô com ciúme. - Meu irmão falou.

- Tava com saudade de surfar com você também, feio. - Falei pra ele.

- É só surfar que passa o mal humor. - Ele falou arrancando uma risada dos meninos.

- Por que mal humor? - Meu pai perguntou rindo enquanto a gente subia a escada da casa.

- Se você tivesse visto como ela acordou a gente hoje... - Luan falou.

- Já imagino. - Meu pai falou rindo.

- Carinhosa como sempre. - Murilo falou

    Lavamos as pranchas e eu subi pra hidratar meu cabelo, que tava pedindo socorro.

    Entrei no quarto e vi que Amanda e Malu ainda estavam dormindo, fui para o banheiro com cuidado pra não acordar elas.

    Tomei meu banho e vesti uma roupa mais confortável, deitei na cama pra ver o instagram e acabei dormindo.

- Vão acordar hoje mais não? - Ouvi a voz do meu irmão e vi a luz sendo acesa.

- Aí caralho, desliga isso. - Amanda falou se cobrindo o rosto com o lençol.

- Elas estão muito amorosas hoje. - Luan falou rindo.

- Demais. - Meu irmão falou revirando os olhos.

- Mas sério, acordem pra a gente almoçar.

   Me sentei na cama e me olhei no espelho, fazendo um coque no cabelo.

- Dormiu de novo? - Luan me perguntou.

- Deu sono. - Falei rindo.

- Bom demais dormir depois da praia. - Eu
concordei

    Fiquei esperando as meninas se ajeitarem pra descer com elas.

                                       {...}

- E aí filha, já viu algum lugar pra trabalhar? - Meu pai perguntou.

- Já sim, inclusive esqueci de falar pra vocês. Fui chamada pra trabalhar no exército.

- Meu Deus, não acredito meu amor!! Que felicidade. - Minha mãe me abraçou, assim como o resto do pessoal que me parabenizou.

     Ser médica do exército sempre foi uma vontade minha, me alistei quanto tava perto de acabar a faculdade e semana passada recebi a notícia de que tinha sido chamada.

- Por que não falou nada, amiga? - Malu perguntou.

- Porque eu queria contar pessoalmente.

- Aí como vai ser? Vai começar quando? - Rafael perguntou.

- Ainda não sei, vou lá amanhã, mas acho que vou trabalhar 3 vezes na semana lá. Se for assim, vou ver se consigo plantão por fora.

- Se quiser posso ver com meu tio, ele é diretor de um hospital na Barra da Tijuca, bom que fica pertinho da casa de vocês. - Luan falou.

- Aí, fala, por favor! - Falei sorrindo.

- Mais tarde quando ele sair do trabalho eu ligo pra ele.

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