Capitulo 7

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THAYANNE ARAÚJO

   
    Estava arrumando as minhas coisas para ir pra casa, vou ficar morando com meu irmão enquanto não acho um apartamento pra mim.

  - Tá pronta? - Meu irmão perguntou colocando a cabeça pra dentro do quarto.

- Tô sim, me ajuda só a descer com as bolsas, por favor. - Falei pegando a mala maior.

    Descemos as escadas e ele foi colocar as coisas na mala do carro.

- Fiquem mais um tempinho aqui. - Minha mãe falou enquanto colocava as comidas do café da manhã na mesa.

- Queria tia, mas temos que trabalhar. - Luan falou.

- Vocês deviam ir lá pra casa com a gente. - Falei

- Vamos viajar amanhã pra São Paulo, tem que resolver algumas coisas do escritório.

    Meus pais tinham um escritório de advocacia em São Paulo e tinham que ir sempre pra lá.

                                      {...}

- Vai com a gente, amiga? - Malu perguntou colocando a bolsa dentro do carro.

- Vou com Rafael mesmo, fica melhor pra vocês não precisarem ir me deixar em casa.

- Vamos então, que eu e Luan já estamos atrasados.

- Tchau mãe, tchau pai! amo vocês. - Falei abraçando eles.

    Nos despedimos deles e entramos no carro.

- Falei com meu tio, Thay. - Luan falou virando pra mim. - Ele perguntou se você pode ir lá hoje de tarde.

- Posso simm, só pede pra ele confirmar o horário e pergunta se pode ser depois das 15h, porque tenho que ir no exército de 13h.

- Vou perguntar. - Ele falou digitando no celular.

- Quer que eu te deixe lá no exército? - Meu irmão perguntou me olhando pelo retrovisor.

- Não fica ruim pra você? Qualquer coisa vou de uber.

- Fica não pô, é meu horário de almoço.

- E fica pertinho da delegacia. - Luan falou.

- Então quero. - Falei sorrindo. - Vai almoçar em casa?

- Não vai dar tempo eu fazer almoço, acho que vou pedir.

- Eu faço lasanha.

- Huuum, saudade da tua lasanha.

- Sabe cozinhar? - Luan perguntou.

- Até que sei - Falei rindo. - Quer ir almoçar lá também?

- Quero, ver se tu sabe mesmo.

                                        {...}

    Ajeitei as minhas coisas no meu closet pela manhã e quando acabei vi que marcavam 11 horas no meu celular.

    Desci pra fazer a lasanha rapidinho e enquanto ela tava no forno lavei a louça pra adiantar.

    Tomei banho, sequei meu cabelo, fiz uma maquiagem básica e procurei uma roupa pra ir no exército.

- Oii, por que não avisaram que tinham chegado? - Perguntei quando vi os meninos conversando na cozinha.

- Chegamos agora. - Rafa beijou minha cabeça.

- E aí, Tatazinha. Tá toda arrumada. - Luan falou me abraçando de lado.

- Tem que ir apresentável, né? - Falei sorrindo.

- Cadê a lasanha? - Rafa falou pegando os pratos.

- Tá no forno, vou pegar. Pega aí os pratos e talheres, por favor. - Falei pegando o pano pra não me queimar.

- Huuum, o cheiro tá bom. - Luan falou.

- A lasanha dela é a melhor que tu vai comer. -Rafael falou colocando os pratos na mesa.

- Tem coca? - Perguntei.

- Tem. - Rafa falou. - Pega ai Luan. - Apontou pra geladeira.

                                 
                                       {...}

- Tchau, Tata! Boa sorte aí, qualquer coisa liga. - Meu irmão falou assim que parou o carro na frente do exército.

- Aí, tô nervosa. - Falei rindo.

- Fica não, pô. Vai dar tudo certo, logo logo teremos uma médica do exército. - Luan disse sorrindo.

- Aí, espero que sim. Beijo meninos, até mais tarde. - Mandei beijo e sai do carro.

    Entrei no exército e me informei com um dos soldados que estava perto do portão da entrada.

- Oi, boa tarde! Aonde fica o hospital? - Perguntei a ele.

- Opa, boa tarde! Pode seguir moça, logo você ver a sua direita. - Ele falou apontando.

    Agradeci e segui na direção que ele havia dito. Uns 5 minutos depois achei o hospital, e meu Deus, que hospital lindo e grande.

   Acho que uma das melhores sensações da vida é ver que você tá chegando aonde sempre sonhou, as vezes com a correria do dia a dia a gente vai no automático e nem percebe as coisas que estamos conquistando.

   Hoje eu sinto orgulho e me agradeço por ter tido coragem pra sair de casa aos 18 anos, ir para um estado onde não conhecia ninguém, morar sozinha e enfrentar diversos desafios. Faria tudo de novo se fosse preciso pra sentir essa felicidade.

- Boa tarde. Tenho um horário marcado para falar com o Capitão Belmonte. - Falei com a recepcionista do hospital.

- Boa tarde, qual o seu nome?

- Thayanne Araújo.

- Ah sim, pode entrar, ele já está te esperando. Fica nesse corredor à esquerda, sala 04.

- Muito obrigada.

   A cada passo que eu dava eu ficava mais nervosa. Espero que ele goste de mim e que eu me saia bem.

- Pode entrar. - Ouvi a voz dele após eu bater na porta.

melhor parte de mim Onde histórias criam vida. Descubra agora