uma noite perturbada

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  Me deitei então estava de volta a uma época estranha, talvez fosse a magia ou minha própria mente...
- Espere! Dália! Pare de correr!
Dália corria feliz por aquele lindo campo repleto das flores mais lindas do mundo mortal, tulipas, girassóis, até mesmo antúrios e lírios.
  Até que eles chegaram, os soldados do exército féerico marchavam pelas ruas sinuosas da vila que era uma das poucas que se mantinha protegida até então.
O exército humano resistia em outro front contra elfos e féericos, resistiram por tanto tempo pelos féericos que viraram-se contra seu povo e lutavam com humanos. Dália tinha apenas 5 anos quando os soldados arrombaram as portas e sequestravam humanos para servirem como escravos.
  Em pouco tempo a vila estava dominada e a bandeira féerica hasteada na catedral.
  Em um minuto ela estava correndo contente por um lindo campo no outro sua mãe, uma mulher jovem de aproximadamente 29 anos e o cabelo castanho como os da filha, a pegava no colo e a envolvia nos braços.
- Mamãe, quem são eles?
- Shhh
Eles andavam pelo campo estavam se aproximando cada vez mais rápido, e derrepente aquele campo antes belo e colorido agora era cinza e desprovido de toda e qualquer cor.
  ✧                        ✧                       ✧
  Acordei tremendo e meus olhos jorravam lágrimas.
  Sem chance de ir ao trabalho hoje, depois de ficar olhando pro teto tentando me acalmar por um tempo, decido escrever uma carta dizendo pra Suzan justificando minha falta, então peguei papel e uma caneta tinteiro e comecei a escrever:
  Suzan, não poderei ir ao trabalho hoje pois estou...
Eu não sabia como prosseguir, poderia dizer que peguei um resfriado mas seria difícil de acreditar, eu só me lembro de quando eu era pequena, de minha mãe falando de um tal de resfriado mas os féericos não tem nada disso, porém se eu disser que peguei uma doença féerica ou élfica ficariam preocupados, embora eu não saiba porque me importo tanto.
  ... Com uma doença humana, não se preocupem é só um resfriado vou ao trabalho amanhã.
Dália.
   Agora eu tinha mais um problema: como enviar a carta.
Felizmente  tive uma ideia tola e desesperada que consistia em decorar o envelope com plantas magicas e tentar a sorte no correio élfico.
  Então decido pegar uma pequena flor do buquê que Sue me deu e colocar no envelope que era simples mas um dos últimos que eu guardava no armário.
Abri a porta, sempre checo se não tem ninguém na porta desde que quase matei meu vizinho. A luz do sol batia em meu olho e a claridade me cegava, mesmo gostando do calor do sol tenho medo de ficar parada na porta e acabar esbarrando em Jeremy ou um daqueles outros vizinhos.
  Saio andando pela cidade até o correio élfico, é esculpido dentro de uma árvore enorme e muito velha, com alguns sapos gigantes amarrados em cordas( usavam muito esses sapos quando cavalos eram muito caros) tinha também um brownie lá dentro, lembrando da regra número 2: se quiser que sua casa vire cinzas provoque um brownie.
  Tampei as orelhas de humano com meu cabelo e comecei a falar:
- Olá, gostaria de enviar esta carta para a floricultura que fica perto da loja do armeiro.
- Bom dia, pode deixar, como é seu nome?
- Dália Antonelli
- Muito bem. Sua carta foi aceita.
- Obrigada.
  Pensando bem, foi bom eu ter tirado uma folga e ido até o correio, assim quase esqueci tudo que me perturbava.

  

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⏰ Última atualização: Mar 30 ⏰

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