Mais um dia mais féericos tirando sarro de mim, pois é, ser humana nesse lugar horrível aqui é péssimo. odeio cada segundo da vida aqui.
E então como se já não bastasse, minhas economias estão acabando e eu estou desempregada, sim, olha só que legal né.
Sinceramente, não sei nem como ainda estou aqui, as coisas tem sido muito difíceis ultimamente.
Saio da minha casa, (que por sinal é minúscula, porque não tenho dinheiro pra absolutamente nada) atravesso a estrada de terra, minhas botas chafurdando na lama. Parece que choveu ontem a noite,penso .
- E aí humana, limpou a casa hoje?
É Jeremy, o goblin nojento da casa ao lado, sinto repulsa só de pensar naquele nariz feio e enrugado
- Cale-se Jeremy, vá colher seus cogumelos na floresta, e aproveite pra ficar preso num tronco e morrer lá. O reino todo agradece.
- Sempre muito gentil Dália.
É a minha quarta vez caçando um emprego, se meu dinheiro acabar vou ter que fazer um pacto com um féerico, e vai por mim, eu entendo de féericos.
Aqui vão cinco lições pra tentar sobreviver a um mundo mágico:
1 nunca, jamais desrespeite um brownie, eles são tipo empregados que cuidam das casas, são amigáveis com quem é gentil mas são muito vingativos.
2 jamais faça uma barganha com um féerico, você sempre vai sair perdendo só faça um acordo com eles se sua vida depender disso, quer saber? Veja se sua vida vale tanto, bem, féericos são imortais pra eles sua vida não vale nada a menos que você tenha algo muito bom a oferecer.
Então caminho até uma loja, acho que é um açougue porque o cheiro é repugnante.
Logo de cara o açougueiro me cumprimenta era um féerico inferior, acho que metade duende
- Oi mocinha, que carne vai ser?
- Nenhuma, tô procurando emprego
- Aqui temos um, por uma barganha você consegue, que tal?
Regra número dois, jamais barganhar com um féerico nem que sua vida dependesse disso.
- Sem magia e sem barganhas, ou me contrata ou eu caio fora
- Ah eu tenho uma boa vaga de emprego aqui...
Nesse momento eu percebi que meu emprego não seria tão bom, antes mesmo de ele pegar a faca de açougueiro dele eu pulei em uma carruagem que estava passando pela estrada lamacenta, me agarrei com força e torci pra não cair. Acabou que nem precisei, me empurraram e caí de cara na lama, o féerico que me empurrou era moreno, seus traços eram bonitos, todos os féericos tem uma beleza sobrenatural.
- Caí fora verme nojenta
- Dane-se você seu esnobe!
Deixei escapar sem querer, mas ele fechou a porta antes mesmo de me ouvir.
Foi então que me deparei com uma barraca cheia de flores, impressionei-me ao ver como mantinha-se bela mesmo naquele lugar. Porém, levei apenas 1 minuto para dar-me conta, magia. Tudo aqui gira entorno da magia.
Uma senhora corpulenta muitíssimo educada veio cumprimentar-me, devia ser a dona da floricultura, pensei .
- Olá querida, está tudo bem com você?
- Fui empurrada de uma carruagem em movimento por um féerico esnobe, não poderia estar melhor!
- oh querida, não se chateie, venha, vamos lavar seu rosto.
Normalmente eu não iria, mas estava ficando frio então sedi.
- Me conte querida, como se chama?
- Dália Antonelli é meu nome.
- Que nome lindo, aceita chá?
- Estou com pressa e não vou fazer barganhas com sua gente
A senhora se sobressalta e diz
- Oh, querida não quero barganhas. Eu não levo jeito, isso é com meu marido. Mas diga
Oque lhe aflige?
Dou de ombros como se minha vida não dependesse disso.
- Preciso de um emprego, pra ontem
Então os olhos velha senhora brilham de felicidade e ela diz:
- E eu preciso de ajuda na floricultura, oque acha?
Senti um lampejo de felicidade, e vi que minha talvez não estivesse arruinada. Imediatamente aceitei a oferta.
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Flores para quem quiser
Acakuma floricultura em um reino mágico que tem todos os tipos de clientes, desde magos, féericos, pixies e até gnomos e brownies, aqui nessa mesma floricultura uma humana aprende a sentir todos os prazeres da vida (por mais que demore) Sugestões são...