Through Our Past| TaeYoonSeok

07: Aprendizados.

               PARK JIMIN.              

Depois da conversa que tive com Taehyung, me senti mais leve e aliviado. Apesar de sentir meu coração doer de uma forma inexplicável.

De certa forma, estou feliz que tivemos uma conversa sincera e esclarecedora, mas isso não muda o fato de que ainda quero quebrar a cara daquele filho da puta do Jeon.

Porra, eu o avisei tantas vezes! O ameacei tantas vezes, por que aquele cretino tem que ficar se metendo aonde não deve?!

A sorte dele é que Taehyung foi compreensivo comigo e nada mudou entre nós, caso o contrário, eu iria até o quinto dos infernos pra caçar aquele intrometido.

Estranho esse papo meio torto, né?! Mas não julgo vocês, a real é que essa história é complicada...

Não sei dizer o momento exato em que Jungkook e eu ficamos assim um com o outro. Nunca fomos amigos, mas também nunca chegou a ser amizade.

Ele me irrita muito, tenho vontade de bater nele até eu me cansar, às vezes quero matá-lo, mas, tem horas que penso em nós dois juntos, e apesar de parecer estranho, é algo que me pego pensando às vezes.

Mas eu disse, é algo complicado.

Complicado e muito confuso.

Eu o odeio tanto, se não fosse por ele, talvez eu não teria ficado tão relapso ao ponto de me negligenciar desse jeito.

Com certeza eu não teria deixado as coisas chegarem aonde estão agora.

Apesar de ter total noção do que Jungkook quer comigo, sei que nunca daríamos certos juntos.

E mesmo que eu tentasse, não seria capaz de lidar com alguém que faz coisas absurdas para alimentar um ego ridículo, porque eu sei que no final, Jeon Jungkook só iria se exibir por aí e expor para todo mundo que conseguiu me levar pra cama, já que são poucos os que conseguem.

E que raiva eu tenho de mim por ter passado dos limites, mais raiva ainda eu sinto de Jungkook, raiva e nojo por ele ter se aproveitado de mim em um momento delicado e vulnerável.

Mas não é algo que quero falar nesse momento.

Agora, Taehyung e eu estamos na lanchonete favorita dele, esperando nossa comida chegar enquanto conversamos.

—Você não presta, Park Jimin.—ele me empurrou levemente, me tirando uma leve risada.

—Não posso nem discordar.—ele riu, me fazendo admirá-lo por uns instantes.—Está ansioso para o evento?!

—Muito, você não faz ideia.—bebeu um pouco de água.—Hum, esqueci de te falar, mas eu tenho direito de levar um convidado, e não poderia pensar em alguém que não fosse o meu melhor amigo pra me acompanhar.—sorriu grande.—O que acha?!

—Não sei, Taehy... Acho que o seu chefe não gostou muito de mim.—murmurei ao lembrar da tentativa de intimidação dele pra cima de mim.

—Não acho que seja isso, hyung.—disse pensativo.—Talvez ele só não tenha gostado do que você falou.

—Ou ele ficou com ciúmes de você.—Taehyung sorriu, negando com a cabeça.—Vai por mim, se eu fosse ele, também ficaria com ciúmes de alguém te chamando por apelidinhos.

—Ele não tem mais direito de sentir ciúmes de mim, hyung.

—Nem sempre é fácil de controlar as emoções, Tae.—ele me olhou após um tempo desviando o olhar.—Eu não gosto nem um pouco de entrar nesse assunto, mas às vezes é necessário, e eu quero que você seja realista consigo mesmo, meu bem.—segurei em suas mãos, as acariciando.—Não importa o quanto você tente negar ou fugir do que sente, não vai funcionar enquanto você continuar o amando da mesma forma que o amava a sete anos atrás. Eu tentei não me apegar a isso, mas você nunca os esqueceu, Taehyung, e por mais eu eu tentasse te fazer esquecer, nunca conseguiria e você sabe disso.