capítulo 7

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Com os raios de sol batendo na entrada da caverna, o calor do dia tirava o cheiro de mofo pela umidade que ficava sobre as pedras cobertas pela neve fina.

Tundra como um animal noturno odiava o sol da manhã então como um ser preguiçoso que era, continuou rolando na sua cama, claro, como a cama dele ficava mais afundo da caverna, pouca luz entrava o dando a oportunidade do garoto dormir por um bom conjunto de horas.

Milo também se empolgou com o bom sono, fazia muitos anos que ele não se sentia tão seguro e confortável, até teve um sonho um pouco estranho com muitos bolos e comida a vontade.

Quando Milo acordou, ele se viu na parte interna na cama, era estranho, a não ser que ele tivesse passado por cima de Tundra, não tinha como passar aqui. Mas, seria deselegante perguntar, o que o deixaria envergonhado.

No final, se ele realmente perguntasse tundra se lembraria como o garoto estava sem roupa, mas insistia em jogar o cobertor fora pelo calor, então ele apenas o colocou na parte interna da cama o impedindo de jogar as coisas fora.

De qualquer forma, ele se sentia muito mais animado, talvez por ter comido a noite, suas energias haviam se recuperado como nunca, até sua barriga não sentia tanta fome ao acordar como antes. Milo não entendia muito bem os limites de outros seres, porque ele nunca se sentia confortável perto das pessoas o suficiente para tentar se aproximar, então vendo alguém bom pra ele, ele realmente queria conversar mais com essa pessoa.

Pensando em como Tundra estava dormindo pesado, Milo pensou que podia estar cansado já que ele lutou muito noite passada, então resolveu tentar arrumar o local para que tundra ficasse feliz.

Contente, o garoto se levantou da cama animadoe pulou por cima de tundra pulando para o chão, claro que no processo ele pisou acidentalmente na cauda do felino.

Tundra só fez um som de advertência e voltou a dormir, esse garoto se mexia demais o atrapalhando a ter um bom descanso, talvez agora ele pudesse compensar sua falta de sono.

Milo vestiu suas roupas que agora estavam secas e usou o cobertor como um agasalho, assim começou seu trabalho.

A caverna não era suja ou algo do tipo, mas tundra parecia ter o costume de acumular coisas, Milo começou a pegar as coisas do chão, como panelas, ferramentas e armas e colocá-las em grupos organizados  na caverna para que ficassem mais fáceis de achar, sobre os ossos largados ele realmente pensou em joga-los fora, mas observando bem alguns eram recentes  e foram provavelmente retirados da carne  com uma faca, fazendo sobrar alguns restos, eles também não estavam perdidos causados  pelo frio do inverno.

Assim, ele usou todos os ossos bons e o colocou na água para cozinhar, ele usou a panela que comeram ontem depois de lavar, para fazer a sopa.

O garoto não se sentiu desconfortável em procurar nas mochilas dos sequestradores de ontem, por sorte ele achou um pouco de temperos simples e alguns grãos, que os colocou pra cozinhar depois de algum tempo dos ossos no fogo ja estarem cozidos.

Ele não tinha muitas habilidades na cozinha, mas eram aceitáveis  o suficiente pra se comer de forma satisfatória

Vendo que estava quase tudo pronto, ele se sentiu um pouco animado, então foi em direção a cama de tundra e ficou abaixada ao seu lado, cutucando as costas do homem com os dedos, ao tocar ele conseguia sentir os músculos se contorcendo, era muito legal.

Tundra acordou de seu sono, ele estava um pouco letárgico como um gato preguiçoso, ele provavelmente perdeu a melhor hora do sol, então seu ânimo estava infeliz, mas um cheiro agradável estava no ar, atiçando seu apetite e vontade de levantar.

Lutando pela resistência, ele se levantou e viu a pequena figura esperando por ele, era estranho, então não pode deixar de usar um dos pés para o expulsar da beirada de sua cama, mas a criança não parecia entender e começou a falar

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