capítulo 8

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Depois dessa tentativa estranha de aproximação, os dois viveram tranquilamente juntos, Milo se sentia muito bem vivendo com tundra, eles se davam bem apesar de brigarem algumas vezes.

Milo fazia de tudo, de manhã ao acordar ele se encarregava de limpar a caverna, coisas pequenas, como tirar a neve e folhas que eram jogadas da entrada.

Tundra caçava todas as noites e traziam varias diversidades de alimentos, quando a pequena raposa branca reclamava que eles estavam comendo a mesma coisa, ele se esforçava para achar algo diferente e alimentar o filhote, certa vez ele encontrou algumas cabras da montanha e as trouxe para casa, ele não disse como foi difícil é que ele acabou se machucando quando um daqueles bichos o atacou com os chifres, era apenas um roxo e ele poderia ignorar.

Agora eles tinham um quintal em frente a caverna, Tundra cavou um pedaço de neve e fez uma pequena cabana para as cabras, elas eram difíceis de manusear então apenas as deixava amarradas e dava comida quando necessário.

Milo como era o motivo de eles terem cabras, as gerenciava todos os dias, vendo se tinham água e comida suficiente, também limpando suas casinhas, Tundra sempre o levava ao meio dia que era o horário mais quente do inverno para pegar algumas plantas e folhas de árvores para elas comerem.

O estabulo era pequeno, mas grande o suficiente, lá tinha capim velho para os animais se deitarem e alguns retalhos de peles de animais que sobravam das caças.

Milo estava do lado de fora, era provavelmente umas duas da tarde, e ele tinha acabado de comer, então queria digerir um pouco de sua comida, o senhor Tundra estava cochilhando como um gato preguiçoso, então só restava ficar aqui fora passeando sem ir muito longe.

Ele tinha duas cabras, um macho e uma fêmea, ele as chamava de Duna e Ali, Duna estava grávida, e provavelmente teria filhotes o fazendo poder tomar um pouco de leite quente futuramente, isso o deixava animado, fazia muito tempo que ele não tomava leite, a sensação do calor era reconfortante

"Aqui, Duna coma mais um pouco, você está tão gordinha que as vezes o senhor olha pra você e tem vontade de assa-la, mas ele e um bom homem prometo que ele não ira fazer nada com a senhora " dizendo isso ele ofereceu um pouco de folhas de aderno para a cabra, ela era fofa e tinha olhos escuros, comendo como uma boa moça, seus chifres foram aparados junto com as de seu marido Ali.

Tundra ainda se lembra de quando as duas cabras fugiram e a coitado da raposa Milo foi atropelado por elas e acertado com os chifres, fazendo o pobre garoto chorar e ao ser tocado com os enormes hematomas pelo corpo.

Milo olhou para a pobre condição dos animais e riu, ele se divertiu muito nesse local, depois que veio morar aqui era como se um peso de seu corpo tivesse sido expulso e todas as más lembranças lavadas, ele comia todos os dias, dormia bem, tinha roupas novas e alguém pra conversar. Agora, o inverno estava quase no fim e a antiga neve alta a muito derreteu, milo estava com receio de ser expulso desse local

Tundra não parecia se importar muito com sua presença, eles dormiam juntos, tomavam banho juntos, e as vezes tundra insistia com a suas formas de demonstrar carinho o agarrando ali e aqui, mas tigres não costumam ser monogâmicos, depois da temporada de acasalamento as pessoas se separariam.

Mas Milo ainda não tinha nenhum filhote na sua barriga o que o deixava receoso, afinal Tundra nunca o levou para acasalar realmente, provavelmente pensando que ele ainda era um jovem ou algo do tipo.

Por estar desnutrido, Milo realmente não emanava nenhum tipo de feromônio como uma fêmea, logo depois do inverno, viria a primavera, e Tundra o largaria para encontrar uma parceira. Isso o deixava triste e preocupado, ele não podia deixar de deitar no chão para pensar na vida " o que devo fazer ?"

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