Após um longo período difícil, Laura volta ao Brasil, onde tenta recolocar sua vida nos trilhos novamente. Porém nem imaginava que encontraria Taylor Max, seu estresse diário.
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"Love Me" tocava em meu fone, enquanto eu lia o livro que Clara, minha melhor amiga, me indicou. "A depressão é uma borboleta azul".
Faltava menos de duas horas para o avião pousar em São Paulo, onde eu passei toda minha infância e um pouco da minha adolescência.
Suspiro, tirando o fone e guardando ele. Fecho o livro e desligo a fraca luz. Dormir agora não seria uma péssima ideia, preciso desligar minha mente.
Acordo com a voz do piloto, avisando que já iríamos pousar, algo do tipo. Passo a mão pelo meu cabelo, tentando organizar ele. Dormi de mal jeito, maravilha.
— Até que não demorou tanto.
Após finalmente sair do avião, já com minhas bagagens, tento avistar Clara e meu pai. Estou explodindo de saudades deles, mesmo tendo visto meu pai semana passada.
— LAURA! — Senti o impacto do seu corpo contra o meu. — Nunca mais me deixe assim, sua idiota. Vou perdoar dessa vez, só dessa. — Sua voz manhosa me fez rir.
Abraço a mesma na mesma intensidade, contendo as lágrimas. Quando fui embora, numa quarta-feira a noite, ninguém sabia além de meu pai. Clara ficou muito chateada, com razão. Mas eu também estava tão cansada de toda aquela situação que só queria ir embora o mais rápido possível e nem me lembrei de avisá-la.
— Desculpa. — Digo, já sentindo as lágrimas na minha bochecha. — Não vou mais fazer isso. — Ou tentar pelo menos.
Meu pai se aproximou, deixando um selar em minha testa. Sorrindo doce.
— Seja bem-vinda, filha. — Me abraçou de lado. — Agora vamos, sei que quer dormir.
— Nós queremos dormir! — Clara acrescentou.
Antes de irmos, um garotinho pediu para tirar uma foto com meu pai.
— Faz o L! — Digo, fazendo a criança rir. Logo a mãe dele tira a foto.
Meu pai abraçou a criança e agradeceu pelo carinho. — Vamos? — Diz, pegando minhas malas e seguindo para o carro.
O ar frio de São Paulo nunca mudava, pequenas gotas caiam incansavelmente. Entramos rapidamente no carro, Bruno riu.
— Vocês são feitas de açúcar, é? — Ligou o carro.
— Eu sou feita de mel, já não sei a Laura. — Clara disse com humor.
— Pimenta, amor. — Rimos.
O mais velho negou com a cabeça, sorrindo. — Sabe quem 'tá morrendo de saudade de você? — Perguntou, após parar no sinal vermelho.
Nego. Nem sei se meus amigos lembram de mim, poucos são aqueles que eu ainda tenho contato.