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— Vamos na delegacia, pedir uma medida protetiva. Agora. – Ordenou, firme.

— Tudo bem, eu gosto da ideia. — Sorrio fraco, papai me abraçou.

Fazem cinco dias que aquilo aconteceu, me recuperei fisicamente, só sobrou alguns ralados no meu joelho, mas tudo bem, poderia ser pior. Desde que ele me atacou, não consigo parar de ter pesadelos frequentes, todos são horríveis. Sempre é ele tentando me matar de todos os jeitos. Isso tá me matando por dentro, não consigo mais ficar sozinha por muito tempo e minha alimentação pirou muito (já era ruim, só pirou mais, se é que isso é possível...)

Meu pai diz que ando preocupada demais, mas ele também vive tenso depois do acorrido. Ele e Taylor, mas o Max consegue esconder sutilmente, meu pai não.

Falando em Taylor, não consigo entender muito bem toda essa tensão que sinto por ele. É algo tão novo e tão estranho, não quero estragar nossa relação com essas dúvidas. As vezes tenho tanta vontade de beijar ele, que é fora do normal. Mas não sei se ele sente o mesmo, talvez sinta...Porém ele não vem demostrando tanto depois do "acorrido". Não quero forçar nada também e nem apressar ele, Taylor deve tá lotado de problemas agora. Não quero ser mais um.

— O manomax me mandou mensagem — Meu pai diz. Ajeito minha postura no banco do carro.

— Dizendo?

— Ele quer fazer um almoço em família, a mãe dele vai ter "folga" do hospital. E ele convidou a gente

— Que incrível, quando?

— Sábado, mas eu não vou poder ir. Esse era o ponto, leva a Clara contigo. 

— Ele concordou com isso? — Meu pai faz que sim

— Ela é quase sua irmã, mesmo. — Diz, humorado.

— Ela é minha irmã, tá bom? — Corrijo o mesmo. – Vou mandar mensagem pra ela.

TAYLOR MAX

— É complicado, mano. Tenho medo de tentar algo e ela não gostar

Digo para Clara, amiga da Laura. A gente se aproximou bastante depois do acorrido com a ruiva. Somos bons colegas, nossa missão é ajudar a bafuda.

Porém as vezes ela me aconselha sobre meus possíveis sentimentos por Laura. Tenho medo de tentar novamente e machucar alguém tão incrível como ela.

— Acho que você precisa de um tempinho a mais, o lance com a Rajah foi longo. É normal se sentir inseguro depois de tudo. — Diz pelo celular.

— Não, não. Isso da Rajah não é um problema, não mais.

— Certeza? — Pergunta, desconfiada

— Absoluta, o problema é que...— hesito — e se eu acabar estragando tudo? Não quero perder essa nossa conexão, nunca tive isso com ninguém. É tão bom

— Taylor, se você não arriscar vai ser pior. Não posso falar nada, mas eu sinto que ela gosta de você da mesma forma.

— E se a gente se confundir? E se for só pra ser amizade mesmo?

— Vai ser só amizade. E isso só vai ser uma história engraçada para contar daqui uns anos. Tipo, "lembra quando a gente tentou namorar?"

Dou risada pela forma que ela disse.

— Conexão como essa é difícil de se encontrar, não perde essa oportunidade.

               𝑌𝑜𝑢 𝐸𝑦𝑒𝑠 - 𝐓𝐀𝐘𝐋𝐎𝐑 𝐌𝐀𝐗Onde histórias criam vida. Descubra agora