o desejo de ser feliz,
ele vai muito além do que imagino,
ter um futuro, com casa,
amor, mulher e filhos,
mas nada faço,
para esse destino,
na verdade faço,
mas passa despercebido,
ou em silêncio,
posso estar agindo,
mesmo não notando,
posso também estar em declínio.
caindo toda vez que coloco expectativas,
toda vez que me apaixono ou sorrio,
toda vez que tropeço no parecer fácil,
mas me afogo nesse rio,
do "parecer" das expectativas.
ah, eu vivo num padrão,
na verdade, fora dele,
não sou alto, não sou bonito,
não sou perfeito, não sou "único",
e as pessoas não dão valor
a pessoas fora deste padrão,
posso considerar isso como paz?
ou solidão?
se for esperar algo de mim,
espere sentado,
porque apesar de jovem,
eu estou cansado,
sempre passado pra trás,
passado,
envolvido por muito,
pecado,
arrependimento e não,
curado.
como vou ser feliz num futuro,
se a vida me passa pro fim da fila,
por não atender a esse padrão?
se as mulheres me "jogam as patas"
ou me trocam sem hesitação,
ou como um peso morto me sinto,
numa madrugada de domingo,
movido a padronização.
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ASSIM, SUCESSIVAMENTE.
Poésieum ano após ANJOS CAÍDOS. a vida ela anda, e assim, sucessivamente, novas experiências surgem, novos sentimentos; novos comportamentos; novos compromissos; mas a mesma pessoa.
