Capítulo 4: Conflitos e Cumplicidades

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Tudo era uma imersão no novo para mim, e Daniela desejava me apresentar a todas as pessoas que faziam parte do seu círculo. Em pouco tempo, ela me apresentou a Luana, uma garota extremamente simpática e amorosa. Rapidamente, nos tornamos inseparáveis, apesar das tentativas de Daniela provocar ciúmes devido à sua longa amizade com Luana. No final, estávamos todas juntas, rindo da situação.

Em seguida, fui apresentada a Lívia, que inicialmente parecia ser uma pessoa amigável, porém, revelou-se controladora e perspicaz. Sem perceber, me aproximei dela, mas logo descobri suas artimanhas ao me afastar das outras meninas com suas mentiras. Ela afirmava que Daniela havia me difamado, uma mentira que não perdurou muito tempo. Decidi perdoar e seguir em frente, mas percebi que Lívia me usava como desculpa para suas próprias artimanhas, colocando toda a culpa em mim. Optei  por me afastar para preservar meu próprio bem.

A amizade com Luana sempre foi uma fortaleza, uma conexão única que se assemelhava a uma irmandade. Ríamos de tudo, e o tempo com ela era um refúgio onde encontrava paz. Também me aproximei bastante de Bia, uma pessoa boa, alegre e divertida, que engravidou na adolescência aos 13 anos. Apesar de seus conselhos sobre amizades, me decepcionei ao descobrir que Lívia não era confiável. Contudo, podia contar com Bia, que sempre esteve disposta a me ajudar em todos os momentos.
Aproximei-me muito da minha irmã, descobrindo um lado dela que ainda não conhecia. Embora houvesse algumas brigas, algo comum entre irmãs, a cada dia eu a compreendia melhor, percebendo a falta que ela fazia na minha vida. Juntas, aproveitamos, subimos em árvores, andávamos de bicicleta, tocávamos campainha e saíamos correndo. Esses momentos eram únicos e extremamente especiais para mim. Recordo-me de quando ela tinha medo do escuro e pedia para dormir comigo. Na época, eu não gostava muito, mas hoje sinto falta desses momentos. Éramos tão felizes, e às vezes, nem percebíamos.

Também guardo lembranças da minha prima Sabrina, uma pessoa extremamente bondosa. Passávamos as tardes na casa dela, pedalávamos de bicicleta, assistimos filmes e vídeos conversamos até altas horas da noite. Essa experiência me fez perceber o valor de uma amizade verdadeira. Compreendi que ninguém é verdadeiramente feliz sozinho; é por meio dessas amizades sinceras que enfrentamos conflitos e desentendimentos, aspectos normais da vida. Ter amigos é como ter uma segunda família, um abrigo nos momentos tristes e difíceis. Entendi que a perfeição não existe o tempo todo, mas é a chance de errar e acertar que torna essas amizades tão especiais.

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