A separação de Marcos, meu primo e companheiro de risadas, foi inevitável quando ele passou para outra turma por ser mais velho. A despedida doeu, mas a vida nos levou por caminhos diferentes. Helena, minha amiga e mentora, saiu de licença, tornando nossos encontros menos frequentes, mas nossa amizade permaneceu forte, alimentada por um constante contato.
Entretanto, crises intensas de ansiedade se tornaram uma presença constante em minha vida, trazendo dores no peito, tonturas, falta de ar e lágrimas incessantes. Uma professora, percebendo meu estado durante uma dessas crises na escola, se aproximou, ofereceu um abraço caloroso e a segurança de que ficaria tudo bem. Seu apoio silencioso fez toda a diferença.
Ao chegar em casa e compartilhar minha luta com minha avó, encontrei mais conforto. Apesar de seu apoio, meu pai descreditou minha situação, sugerindo que eu fingia para chamar atenção. Sua falta de compreensão doeu, e a relação conturbada que sempre tivemos se agravou à medida que eu crescia.
A revelação de Thais sobre minha auto-mutilação, que prometera manter em segredo, abalou minha confiança. A humilhação imposta por meu pai e a insistência de minha avó em rotular minha dor como busca por atenção aumentaram meu sofrimento.
No meio dessas dificuldades, Priscila, minha prima, permaneceu como um pilar de apoio. Sempre esteve ao meu lado nos momentos mais difíceis, trazendo sorrisos nos dias sombrios. Sua oportunidade de estudar no exterior será uma despedida dolorosa, mas também uma conquista única para ela.
Minha tia Marina, com todas as nossas diferenças, nunca deixou de me apoiar. Assim, mesmo em meio aos desafios, tive pessoas importantes ao meu lado, demonstrando que, apesar das adversidades, a presença de quem nos ama pode fazer toda a diferença.
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Relatos de uma adolescente
Historia CortaO medo de enfrentar novos desafios não pode te parar, e sim te dar força para ser superados.
