Rendido

JUNGKOOK

Eu também te amo. Essas porras de quatro palavras chacoalharam na minha cabeça como tambores malditos. Como diabos Jin não me disse que estava namorando alguém? Por falar nisso, onde o homem estava? Eu estava morando aqui há meses e nunca tinha visto o cara. Não é como se tivesse usado muito a porta da frente nas últimas semanas, mas não teria visto esse homem antes?

O quanto você realmente tenta prestar atenção no que Jin está fazendo? Eu me repreendi. Então o diabinho em meu ombro sussurrou em meu ouvido. Demais pra caralho.

Eu me joguei no sofá e peguei meu telefone. Isso estava acontecendo há muito tempo e eu precisava conversar sobre isso. Especialmente agora que sabia que Jin tinha outra pessoa em sua vida e não havia chance de eu tê-lo. Parecia o ensino médio de novo, exceto, por algum motivo, era pior.

– E aí? ‒ Zander atendeu com uma grande comoção atrás dele. ‒ Espere um segundo, Jeon, preciso escapar da minha família. ‒ O barulho ficou mais baixo até que finalmente ouvi um clique de porta se fechando e depois silêncio. ‒ Desculpe, eles são tão barulhentos. Minha irmã acabou de ficar noiva de sua namorada.

Agora eu me sentia uma merda. Zander estava fugindo de sua família para falar comigo sobre minha paixão ridícula por meu vizinho; não importa como o cortei, era exatamente o que era. ‒ Você pode me ligar de volta quando não estiver tão ocupado. Eu realmente não queria interromper sua reunião de família.

Zander zombou ruidosamente. ‒ Ai, meu Deus, você não tem ideia do alívio que foi receber sua ligação. Eles são todos loucos. Papai está tentando convencer mamãe a fazer melhorias no negócio. Meus irmãos mais novos estão tentando soltar fogos de artifício. Meu outro irmão está enlouquecendo, porque eles vão causar um incêndio. Você ligou assim que começaram a me perguntar se eu tinha jurisdição ou conexões no condado de Davidson.

– Melhor você do que eu.

– Então, como vai? ‒ Algo rangeu ao fundo que parecia molas de colchão.

– Eu tenho uma queda.

Zander hesitou por um momento. ‒ E você está me ligando por quê?

– É um homem. ‒ Soltei tão rápido que saiu como uma única palavra.

Zander ficou em silêncio por um longo momento, pensando sobre o que acabei de dizer. ‒ É seu vizinho, não é?

Eu caí, minha cabeça batendo no braço do sofá e gemi alto. ‒ Sim. E ele está namorando alguém.

– O que? Desde quando?

Estava falando sobre quando eu descobri que tinha uma queda por Jin ou quando ele começou a namorar alguém? Realmente não importava. Eu estive segurando isso por muito tempo. ‒ Eu não sei quando, mas estava voltando para casa hoje e um cara estava deixando sua casa. Ele beijou Jin e disse que o amava.

– Uh-huh.

– E é como o ensino médio tudo de novo. ‒ Isso foi muito mais doloroso do que eu esperava. As paixonites não deveriam doer quando não funcionavam. E eu não deveria ter ficado tão chateado com Jin quando mal o conhecia.

– Uau. Ouça, vou demorar cerca de trinta minutos, mas esta não é uma conversa para ter por telefone. Deixe-me dar minhas desculpas. Avisar meus irmãos para não queimarem a porra da vizinhança e eu estarei aí.

– Você não...

– Se você me disser que não preciso ir aí, vou te bater quando chegar. Você claramente precisa de alguém, e minha família é disfuncional o suficiente para que eles não sintam minha falta. Meu pai não precisa da minha opinião sobre bancos de palmada.