JUNGKOOK

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Levamos meu SUV? Pegamos o carro do Jin? Eu não sabia se poderia dar outra volta no carro de Jin depois de como o último havia terminado. Era apenas a última de uma longa lista de perguntas que eu tinha sobre como isso funcionaria. Sobre o que vamos conversar? Eu seguro sua mão?

Eu tinha realmente treze anos de novo?

Talvez tivesse treze anos novamente. Certamente me senti assim. Mas enquanto caminhávamos pela calçada, Jin bateu na testa. ‒ Esqueci a chave do meu carro.

Obrigado porra. ‒ Podemos levar o meu. Você se trancou do lado de fora?

Jin balançou a cabeça. ‒ Não. Enfiei a chave da casa na carteira. É a única maneira de me lembrar de trazê-lo comigo o tempo todo. Eu me tranquei quase todas as semanas quando Cal morava na casa ao lado. Ele ainda tem a chave, mas são vinte minutos de carro para chegar aqui agora, depois são vinte minutos de volta. Embora na semana passada eu dirigi na direção dele e consegui quando me tranquei do lado de fora.

Jesus, aparentemente isso acontecia com frequência. ‒ Você pode deixar uma chave na minha casa. ‒ Por que diabos eu ofereci isso?

Jin olhou para mim, seu sorriso brilhando sob as lâmpadas da rua. ‒ Posso aceitar essa oferta. Por que tenho a impressão de que você nunca se trancou de nada antes? Você parece ter sua merda sob controle.

Ele me pegou lá. Nunca me tranquei para nada. Desde o momento em que consegui a chave de uma casa, quando tinha dez anos, até aquele momento, sempre me preocupei em tê-la comigo. Era uma compulsão naquele ponto: bater no bolso, abrir a porta, trancar a porta, colocar as chaves no bolso, bater no bolso para ter certeza de que estavam lá. Meus pais odiavam a desorganização e martelaram em mim que precisava ser responsável e ciente do que estava fazendo.

– É importante para o meu trabalho.

Jin assentiu e ficou em silêncio por um momento. ‒ Mas você não pode viver seu trabalho.

Disse Jin. Estava no meu DNA. ‒ Eu posso.

Jin revirou os olhos, mas não empurrou mais. ‒ Então, para onde vamos?

Eu sorri, mas escondi quando abaixei minha cabeça para olhar o chaveiro na minha mão. ‒ E quanto ao restaurante tailandês na estrada? ‒ Eu perguntei enquanto abria a porta.

– Um homem de acordo com o meu coração! ‒ A risada de Jin foi alta quando ele entrou no carro e me trouxe uma lembrança. Fora de alcance, mas perto o suficiente para ser tocado. Que diabos foi isso? ‒ Ugh, como as mulheres usam tangas?

– O que? ‒ Eu tinha perdido uma transição de assunto em algum lugar enquanto tentava puxar aquela memória para mais perto?

Jin definitivamente estava se mexendo na cadeira, mas mudou de assunto. ‒ Fale sobre você. Quer dizer, além do fato de ser ranzinza e mais do que um pouco cauteloso... e sexy como o inferno, não sei muito sobre você.

Meu rosto aqueceu contra a minha vontade. Como eu me sentia porque Jin me achava atraente? Não, não apenas atraente ‒ sexy. Como me senti sendo visto como sexy pelo homem sentado ao meu lado? Orgulho era a palavra certa para isso? Lisonjeado, com certeza. Mas, honestamente, parecia diferente de quando uma mulher diria isso para mim. Jin me fez sentir visto. Não apenas pelo meu corpo, mas por quem eu era. Ele perseverou através da minha carranca e rosnados e me deu espaço quando eu precisei. Mas ainda assim ele queria me conhecer, o meu verdadeiro eu. Só não sabia se ele gostaria de mim quando descobrisse. Um sussurro no fundo do meu cérebro perguntou se eu realmente me conhecia. Afinal, eu estava saindo com um cara. Mesmo que tentasse apenas dizer que sairíamos para ver o que poderia haver entre nós, já pensei nisso como um encontro.

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