O faço vir na minha mão, enquanto mordo a junção de sua nuca com o ombro. Geme tão gostoso. Rouco. É a definição perfeita do conceito de 'macho'.
Você domina todos os meus pensamentos
Meu macho.
E eu não nego que eu quero envolvimento, vai
Meu marido.
— Achou mesmo que eu não ia devolver na mesma moeda, paixão? - Me levanto sentindo a espuma deslizar pelo corpo. Costelas. Abdômen. Virilha. Coxas. Me encara a um passo de babar.
Eu, tão bonitinha a zelar por mim
Vivendo em paz a minha solidãoSorrio satisfeito por sua reação, me apoio em seu ombro pra sair da banheira e ele ajuda me segurando pela cintura.
Nem de romance eu estava a fim
Você chegou e me deixou no chãoDou a visão completa do meu corpo de frente, me estico para pegar o roupão felpudo no gancho e o visto amarrando um nó tão frouxo que sei que ele pode desfazer com apenas um dedo.
Bruto. Do jeito que gosto. Do jeito que prometeu.
Agora não sei mais como viver
Sem ter você na minhaAndo de costas saindo lentamente do banheiro, o encarando. Ele segue meus passos e se levanta mas a visão é tão desigual, a espuma branca desce por seu peito moreno, pétalas de rosas se agarram as suas costelas e nas suas coxas, a espuma chega a virilha escondendo momentaneamente aquele V maravilhosamente marcado, sua pele brilha graças ao gel de banho que estava na água, e eu só penso em lambê-lo.
Chega de tanta bobagem, de tanta besteira
— Vai me chupar, Rams? - Chego no quarto, continuo meu andar até a cama.
Sei que você sabe se eu entrei na brincadeira
— Eu disse que ia, não disse? - Sorri vestindo o outro roupão, faz o nó no quadril e não na cintura, o que faz com que seu peito e os primeiros gominhos do abdômen sarado fiquem visíveis.
Se vira e coloca mais champanhe na sua taça. Eu prefiro rose, ele moscatel.
— Senta.
Bato a panturrilha contra a cama e me sento na beirada. Ele caminha até mim como um predador.
Vai dar ruim, dar bom, ou tanto faz
Esse homem vai me matar essa noite.
Sei que você sabe se eu entrei na brincadeira
Vai, vai, vai, vai, vai, vai, vai— Não via a hora de te provar de novo - Admite. Eu prefiro quando ele usa palavras chulas. Uma vez me chamou de puta na salinha. Uma palavra que por tanto tempo me causou horror devido ao ambiente que trabalhei, agora eu ansiava para ouvi-la novamente. Mas ele parece não usar palavras chulas de propósito.
Em frente a mim, levanta sua taça, tudo tão lento, que me faz querer gritar, gemer, qualquer coisa que o faça acabar logo com meu sofrimento. Dá um gole, e observo o movimento de seu pomo de adão subindo e descendo. É tão lento, tão erótico o barulho desse homem engolindo, arfo com a cena.
Fiz o meu jogo de sedução
Olhei pra todos os boyzinhos nenhum deles tem comparaçãoSe ajoelha na minha frente, sorrio pois eu sentado e ele de joelhos finalmente temos a mesma altura. Me puxa pela cintura mais para a ponta da cama, se coloca entre minhas coxas. Desfaz o nó com um dedo, como sabia que faria. Ergue a taça na minha direção, abro a boca imaginando que irá me dar de beber, mas vira o copo a centímetros do meu queixo, fazendo o líquido dourado escorrer para meu peito. No segundo seguinte sua língua já ataca meu mamilo. Sinto o líquido continuar escorrendo pelo meu abdômen até minha ereção, arrepio pela sensação gelada.
— Porra!
Olha, eu juro que se tu me pega
Tu não esquece maisSinto seu sorriso contra meu mamilo, encosta a taça gelada contra minha clavícula e deixa o líquido escorrer no outro mamilo. Volta a me sugar. Termina subindo os lábios para minha nuca, chupando a pele de forma bruta, sua outra mão aperta minha bunda. Forte. Terei hematomas nesses dois lugares pela manhã. Beija meus lábios e minha língua com tanto afinco que me faz pulsar entre as pernas. Sobe a mão para meu peito e me empurra com tanta força para me deitar na cama que o colchão faz minha cintura quicar.
Agarra minha ereção pela base e derrama mais espumante gelado na ponta até a taça se esvaziar. Me desfruta, sugando e me coloca em sua boca até onde consegue. Relaxando os músculos da garganta. Sua língua está fria o que me faz sentir sensações novas, preciso liberar um pouco da raiva que sinto por aquela boca ser tão gostosa e ele conseguir me engolir todo. Puxo meus próprios cabelos, e nem tento reprimir os gemidos que ecoam pelo quarto e tenho certeza que pela porta da varanda aberta. Forço o quadril contra sua boca, pois me enlouquece a um ponto de eu não saber eu próprio nome. O sinto relaxando a garganta, me dando permissão para brincar um pouco.
(Vem, meu amor) chega
(Vem, meu amor) chega
(Vem, meu amor) chega, chega, chega
Chega, chega, chega, chegaMe retira por completo e se afasta da minha glande sensível, desce com beijos até as bolas e troca a mãos que me apertavam ali pela boca, me sugando. Com a mão livre sobe para arranhar meu abdômen até meu peito e espreme meu mamilo entre o indicador e o polegar. Preciso gritar em resposta aos estímulos, sua outra mão espalha saliva e brinca com minha entrada.
Você já domina meus pensamentos
E eu não vou negar, quero pra mimTrêmulo de prazer, acabo forçando minha cintura contra sua boca. Bato minha glande contra sua bochecha, ele se levanta, temo que irá se afastar sem me deixar terminar. Percebo que coloca a taça no criado mudo. Parece ter algo em sua boca. Mas ele saí do meu campo de visão tão rápido, voltando a se ajoelhar que nada mais importa até que desliza um cubo de gelo pela minha glande, não articulo palavras e qualquer pensamento some da minha cabeça por longos segundos enquanto gozo na sua língua gelada. Rebolo contra seu dedo lubrificado em minha entrada.
Você já domina meus pensamentos
— Bora bater nosso recorde de gozar duas vezes em trinta minutos, Kevinho.
E eu não vou negar, te quero sim
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KM - KELMIRO
RomanceAtravés de longos quilômetros de estrada, os recém-casados Kelvin e Ramiro aproveitam o clima de núpcias e viajam por estradas nunca antes percorridas. Envoltos em sua própria bolha de amor por músicas, conversas e paradas paradisíacas. Não é apena...