Engulo os últimos resquícios do líquido que misturado ao espumante adoça minha boca.Doce. Igual ele.
Carinha de pilantra, com os amigos do seu bairro, você dança sem olhar pra mim
Forço o dedo inteiro pra dentro de seu aperto, espalhando ainda mais o lubrificante que peguei na mesinha, deixando bem melado e pelo gemido alto que solta penso que o fiz gozar de novo.
Eu te odeio, 'cê me odeia e aqui todo mundo sabe
Você nem bebeu tanto assimPercebo ser só manha, mordo o interior de sua coxa sentindo o repuxar do músculo nos meus dentes. Ficará marcado por um bom tempo, reclama com um muxoxo e aproveito para posicionar a ponta do dedo médio em sua entrada. Do jeito que sou grande e enfim vamos para os finalmentes, terei que enfiar três ou quatro. Fechos os olhos quando sinto a pressão aumentar com ele piscando contra meus dedos, coloco o segundo e começo a abri-lo do jeitinho que me ensinou e que repetimos tantas vezes ao longo desses anos. Dobro seu joelho direito e passo por cima do meu ombro o abrindo um pouco mais para receber minhas investidas.
E se me vê, vira de costas, vai até o chão e chora
— Mais um?
Mas levanta sorrindo pra mim
— Uhum.
Não sabe o que vai viver quando eu chegar aí
Preciso respirar fundo quando sinto a pressão ao inserir o anelar tentando muito não imaginar como seria a sensação enfiando algo muito mais divertido. Brinco por tempo o suficiente para deixá-lo bravo por não acertar seu ponto de prazer, propositalmente.
Tão melhor do que você deixou pra mim aqui
Mas senta ni mim, deita ni mim— Tortura na noite de núpcias, Ramiro Neves?
Finge que 'cê 'tava louca
Fingido, acabou de explodir na minha boca e já tá reclamando.
Mente pra mim, foge de mim
A gente jura que não conta— Tá quase amanhecendo já, benzinho. E é Ramiro Santana, agora - Aviso com beijos ao redor da sua virilha, mordo a pele abaixo de seu umbigo girando minha língua ali, ele tem um tesão absurdo nisso. Sinto sua mão tremer ao tentar puxar meus cabelos, mesmo deitado não tem força nem pra se levantar pelos cotovelos — Tá fraquejando já, pequetito?
Desse nosso jeito, mas não é porque eu te odeio
Que eu não posso mais beijar tua boca— Fraco é você que tá doido pra enfiar mais e não enfia - Levanta o joelho esquerdo e o apoia no meu ombro, ficando o mais aberto que a posição permite. Pulso no meio das pernas, tô queimando e dessa vez nem preciso de chá. Fecho os olhos aproveitando todas as sensações ao invés de me reprimir, meu pulso acelerado, o desejo por seu corpo — Fracote.
Não acredito que vou cair nessa, mas ao abrir meus olhos e encarar a visão dos meus dedos enfiados naquele buraquinho, já sei que vou sim, cair que nem um jumento nessa provocação barata que só ele sabe fazer.
Enfio o maldito dedo arfando como se tivesse me enfiando inteiro naquele aperto.
— Gosta né safada? - Vejo suas mãos se agarrando ao lençol quando começo o vai e vem, já tínhamos avançado o nosso normal de dois ou três, mas hoje ele ia tomar uma surra.
Começa a endurecer e me levanto, segurando suas pernas até o chão observo seu peito subir e descer ofegante.
O puxo pela cintura, o levantando pela faixa do roupão, ouço o tecido rasgar com a força do movimento. O faço me encarar apertando suas bochechas com uma mão enquanto com a outra que está toda lambuzada, eu a limpo contra minha língua, o gosto do lubrificante não me agrada mas faço porque sei que ele vai esticar a língua pedindo pra lamber também.
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KM - KELMIRO
RomansaAtravés de longos quilômetros de estrada, os recém-casados Kelvin e Ramiro aproveitam o clima de núpcias e viajam por estradas nunca antes percorridas. Envoltos em sua própria bolha de amor por músicas, conversas e paradas paradisíacas. Não é apena...