𝐀𝐩𝐞𝐧𝐚𝐬 🅼🅸🅽🅷🅰

5.

De novo aquele sonho, a voz tristonha da minha mãe me chamando e logo depois um som do seu choro e soluços.

Descido me levantar e vou para o banheiro fazer xixi, assim que termino lavo minhas mãos e lavo meu rosto, me olho no espelho e começo a raciocinar sobre esses sonhos.

Por que?

Será que pode ser um aviso, se tivesse algum jeito de eu descobrir sobre o significado disso.

Enquanto estava pensando escuto a porta se abrindo, olho para trás e não tinha ninguém lá fico esperando para ver se ele iria entrar ou se outro oni iria entrar, mas nada acontece.

Fico olhando para a porta e nada, começo a andar até ela e paro olhando para fora, era a primeira vez que eu parava para prestar atenção no lado de fora, saio para fora e fico perto da minha porta, quando escuto o toque do instrumento Biwa e logo o chão some e eu começo a cair.

Eu estava caindo e aparentemente não tinha um chão próximo para eu cair e mesmo se tiver um chão não tem como eu sobreviver a essa queda, já era, é agora que eu morro mesmo.

Me encolho e fecho o olho apenas esperando a minha morte, quando sinto eu cair e aparentemente era em algo fofo, abro meus olhos devagar e vejo que  não estava no chão, mas sim nos braços de alguém e assim que vejo quem é, começo a pensar se realmente foi uma boa ideia não ter morrido de queda.

6 olhos.

Meu Deus, me ajuda!!!

Eu desvio o olhar dele e fecho meus olhos e só aceito que irei morrer agora.

_ Kokushibo.

Aquela voz, era ele.

Logo jogada no chão por ele, abro meus olhos e vejo que não tinha só os dois ali, mas sim um monte deles.

_ Vejo que temos um lanche bem rápido hoje.

Olho quem tinha falado isso e era um homem de cabelo loiro e olhos coloridos, o som do Biwa se faz presente de novo e logo vejo que não estou onde eu tava e sim perto de uma garota de cabelos negros e era ela quem estava com o Biwa.

_ Você é idiota ou se faz?

Um homem de cabelos rosa diz e em seguida dá um soco nele fazendo metade de seu rosto ser arrancado, coloco minhas mãos em minha boca para tentar segurar o vomito de nojo que queria vir.

_ Não se preocupe eles sempre são assim.

A garota do meu lado fala, aparentemente ela era a mais quieta dali, comparado aos outros que estavam quase se matando na frente dele, ela toca o Biwa novamente e todos estão agachados na frente daquele homem.

_ Acharam?

Ninguém diz nada e isso parece enfurecer ele pois a aura fica assassina e logo todos parecem tremer, ele coloca a mão no rosto parecendo querer ter paciência de onde não tem.

_ SAI TODOS!

E em questão de segundos o Biwa toca e todos somem menos a menina do meu lado e ele toca novamente e eu fico de frente para ele, seu olhar sobre mim mostra que queria me matar naquele exato momento, abaixo o olhar por medo e fico apenas esperando.

Ele segura meu maxilar com força me forçando a olhar para ele.

_ Quem te deu permissão para sair do seu quarto.

_ Ninguém.

_ Então por que você saiu?

Não tinha resposta, o meu medo era maior e também por saber o possível destino que eu iri ter agora.

_ Nakime.

Ele a chama e logo o Biwa é tocado e eu apareço de frente a porta do meu quarto, trato de entrar logo e fecho a porta atrás de mim, me encosto na porta e deixo meu corpo escorregar na porta, estava com medo, fome, vontade de acabar logo com isso, não estava aguentando.

Não sei quando mas sei que peguei no sono, escuto a alguém bater na porta, descido ignorar e me deito perto, só queria dormi e nunca mais acordar, as batidas continuam mas ignoro todas e por estar deitada do lado da porta e via a sombra da pessoa ainda ali, não demora muito e a pessoa deixa a minha possível marmita no chão e vai embora, descido dormir mais e ainda bem que consigo.
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Sou acordada novamente com batidas na porta e descido ignorar elas de novo, escuto ela abrir e trato de fechar os olhos a fim de dormir e a pessoa que estiver ali ir embora.

_ Sei que está acordada.

Era ele de novo, o que aconteceu mais cedo vem na minha cabeça, abro os olhos e olho para cima vendo ele me encarar, ignoro ele e volto a tentar dormir, sinto ele me pegar no colo e me levar para a cama, abro os olhos, me sento na cama e fico o olhando.

_ O que foi?
Ele pergunta

_ Nada.

_ Por que não comeu sua comida hoje?

_ Estava sem fome.

Ele sorri indignado.

_ Você já me tirou a paciência hoje quando saiu do seu quarto sem minha permissão e agora fica com essa bobeira de não comer.

_ Primeiro eu não sai, a porta estava aberta e eu só fiquei do lado de fora e depois o chão some e eu vou parar um lugar que não queria e agora eu só quero dormir, então da para deixar eu dormir em paz.

Me arrependo das minhas palavras assim que elas saíram da minha boca. Ele me olha e apenas dá uma risada, ele chega próximo de mim e agarra meu pescoço fazendo eu levantar da cama e ficar em pé frente a frente com ele.

_ Controle essas suas palavras desgraçada, eu te dou tudo que precisa e é assim que você retribui, você só tem um dever viver e deixar eu te morder para beber seu sangue, então acho bom você me respeitar e comer aquela porra de comida.

Apenas o encaro sem falar nada.

Ele me joga na cama e sai batendo a porta assim que fecha ela, passo a mão pelo meu pescoço sentindo um pouco de dor, me levanto e vou para o banheiro, tiro meu kimono e o curativo e entro de baixo do chuveiro, tomo um banho e logo saio, vou para o quarto e pego o kit, faço o curativo habitual, pego um kimono amarelo claro e visto ele, volto para o banheiro deixando a toalha lá.

Volto para o quarto e vejo que a marmita estava do lado da minha cama, fico pensando em comer ou não, mas o barulho que minha barriga fez, praticamente me obriga a comer aquela deliciosa comida, assim que termino vou para o banheiro, faço minhas necessidades e escovo o dente. Volto para o quarto e pego uma garrafa de água e tomo um pouco também pego uma barra de chocolate e meu livro, e assim leio até cair no sono.

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Espero que tenham gostado

Um beijo e um queijo e tchau 👋.
1153 palavras