Capítulo 2 - Realeza

422 36 151
                                    


"Não ouso definir alguém sem antes conhecê-lo, pois os "heróis" me fazer mal e os "vilões" me protegem"

(Realeza Amaldiçoada - Megumi)

(Realeza Amaldiçoada - Megumi)

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.


Já faz quase três anos que havia se casado, três anos que sua vida só não era uma total infelicidade por conta de duas mulheres, um amigo, e uma estrela. Só que ainda não era o bastante, se perguntava quando poderia ter sua liberdade, quando Tsumiki iria acordar, para que pudesse finalmente ser o que quisesse, ver um casal feliz e criar seu filho em paz.

Caminhava pela mansão sem ter realmente para onde ir, apenas passeando com o bebê de recentes dois anos que estava bastante entretido em enfiar os dedos na boca.

— A mão não, filho, pega isso. — Retirou os dedos da criança e lhe entregou a chupeta. O bebê gargalhou e pegou a chupeta, colocando na boca.

Colocou o bebê no cercadinho no centro da sala e sentou no sofá ali perto. Suspirando cansado. Era quase duas horas da tarde e ainda não tinha conseguido fazer o pequeno ter seu soninho da tarde. Definitivamente era um dia daqueles em que energia era o que não faltava para o bebê.

— Vai dormir, Akira. — Choramingou se encolhendo no sofá e abraçando suas pernas. Sem entender nada, a criança o olhou sorrindo. Fazendo as covinhas aparecerem e os olhinhos vermelhos brilharem ainda mais.

Vez ou outra, aqueles olhos faziam um arrepio correr a sua coluna, era a única característica, junto a marquinha no centro da testa, vívida em sua mente que possuía do pai biológico de seu filho, a imagem de um rosto banhado parcialmente na escuridão e dois olhos vermelhos brilhando como sangue. Depois seu dedo traçando o contorno da marquinha requintada entre e um pouco acima das sobrancelhas.

Ocasionalmente se indagava o motivo por não lembrar de praticamente nada sobre aquela noite. Continha uma excelente memória, tinha quase certeza que não havia bebido demais também. Isso pegava um tanto de sua curiosidade.

— Porque não consigo lembrar do rosto do seu pai, meu amor? — Perguntou retoricamente para a criança, que inclinou a cabecinha para o lado e entreabriu os lábios finos e vermelhinhos. — Tá certo que você foi fruto de uma noite de loucura... — Divagou, ainda olhando para criança, como se o pequeno fosse entender bulhufas do que estava falando. — Mas eu tenho a sensação de que têm algo errado. – Bufou. — Com que tipo de pessoa eu me envolvi hein?

A criança começou a murmurar sons estranhos. Megumi riu, seu pequeno estava lhe respondendo pelo menos.

— Às vezes eu tenho a sensação de que me meti em um problemão, infelizmente minha intuição quase nunca erra. — Viu o bebê rolar os olhinhos e balbuciar mais algumas frases em sua língua estrangeira. — Acho que o que você falou tá certo filhote, não preciso me preocupar com isso no momento, quem sabe em um futuro mais distante quando você entender melhor as coisas,  se você quiser conhecê-lo podemos procurar. — Deu sua própria interpretação as frases em bebenês. O bebê bateu palminhas e gargalhou, voltando a atenção para os brinquedos espalhados. Megumi sorriu bobamente vendo o pequeno brincando inocentemente. Ele não tinha ideia de como o mundo era cruel.

Realeza Amaldiçoada Onde histórias criam vida. Descubra agora