𝑡ℎ𝑟𝑖𝑟𝑡𝑒𝑒𝑛

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Corri até Hanna, abraçando a mesma e segurando suas mãos. Ela estava fora de si. Não é a Hanna que eu conheço, ou talvez ela seja sempre assim mas eu nunca reparei.

Segurei suas mãos com força evitando ela se machucar ainda mais, seu corpo estava cheio de arranhões, alguns sangravam e outros não. Notei também que ela estava com dificuldade pra respirar e tremendo muito. Ela estava tentando se controlar, mas ela já não tinha mais controle nenhum sobre suas ações.

Corri até o banheiro com ela e liguei o chuveiro com água fria e coloquei ela debaixo, tentando fazer sua cabeça voltar pra terra. Eu não estava conseguindo segurar ela sozinha, entrei debaixo do chuveiro com ela, mas parece que só piorou. Ela usava ainda mais força pra se soltar de mim, e a única opção que eu vi foi correr e chamar ajuda.

Sai do quarto dela, encharcada de água, mas isso não me parou.

-CHISHIYA. -gritei assim que cheguei na porta do quarto de loiro, ele abriu a porta e eu só puxei ele até o quarto da morena.- por favor, ajuda ela.

Abri a porta do quarto e vi o colchão da cama fora do lugar, estranhei mas fui até o banheiro, quando entrei vi Hanna com uma faca afiada na mão, no rumo de sua barriga, provavelmente criando coragem pra enfiar ela.

-HANNA!-gritei e corri até ela e joguei a faca da mão dela longe do alcance dela. Os olhos dela, sem vida, sem brilho nenhum, isso acaba comigo.

-por que me chamou aqui?- chishiya me perguntou.

-ela não parava de se arranhar, chorar e soluçar.

-mas agora ela tá parada. -chishiya disse me olhando com uma cara de tédio enorme.

-ela parou...

-okay, tô indo embora -o loiro saiu, me deixando sozinha com a garota. Hanna respirava com dificuldade, mas não tremia, nem chorava e nem soluçava, parecia que agora ela estava mais fora de si que antes. Continuei abraçada com ela por vários minutos.

*Hanna

momentos antes

Sai do quarto do chishiya o mais rápido possível, sentindo meu coração acelerado, e eu sei exatamente o que aconteceria. Eu não podia ir pro meu quarto, se eu fosse eu teria uma crise de Pânico, então fui pra parte da piscina da "praia" e procurei o lugar mais isolado possível.

Minha paz não durou muito, até porque apareceu chapeleiro pra me atentar.

-Hanna, não é?

-Sim -murmuro.

-Me falaram do seu potencial... queria saber se você é tudo isso que falam, e talvez até te transformar em um membro executivo, ou parte da milícia. Quer tentar?

pensei, mas eu sei que qualquer opção seria uma merda.

-quero.

-Vem, vamos ao meu quarto, lá conversamos melhor.-ele foi na frente e eu o segui.

sim, eu tenho medo, mas ele não parecia ter segundas intenções.

[...]

Por incrível que pareça o quarto do chapeleiro estava vazio, no caso, só eu e ele.

-Você é esperta, e eu queria realmente saber.... -ele se sentou em um sofá e eu me sentei em outro, de frente pra ele- caso vença 2
1 jogo de nível acima de 5, você tem permissão pra escolher se quer se tornar um membro executivo ou parte da milícia, pode ser?

-pode.... pretendo jogar hoje, ou amanhã.

-Que bom, Hanna. Boa sorte.

-Obrigada-murmuro e saio do quarto de e corro até o meu, sentindo as lágrimas descendo sem minha permissão. E o motivo? Ah...

flashback

-você matou meus pais?

-matei. -vi o sorriso psicopata em seu rosto.- E você não vai saber disso, nunquinha.-uma pancada foi acertada em minha cabeça, me fazendo perder a consciência.

flashback of

É, eu consegui me lembrar... meus pais não sofreram acidente nem nada... eles foram assassinados.
Eu achei que isso não fosse tão importante, mas pelo visto ainda é, mesmo depois de tanto tempo.

Corri até meu quarto, e cai no chão assim que entrei. Eu não tenho forças...

flashback

-É impossível alguém realmente gostar de você. Se olha no espelho, garota. Você é magra, mas não o suficiente, seus cabelos estão sempre bagunçados, você não tem escova não? E seu rosto? É o mais estranho da minha vida. Mas o pior mesmo é sua personalidade.

*

-Você só sabe reclamar. Você vive se fazendo de vítima só pra ter atenção.

*

-você não passa de uma mimadinha. Seus pais morrerem foi bem feito.

flashback off

Eu não sei como e nem quando eu fui parar debaixo do chuveiro com uma faca na mão mirada pra mim mesma, eu só consegui retomar minha consciência quando Kuina entrou no meu banheiro gritando e jogando a faca pra loge.

Minha visão embaçada, o ar mal chegava em meus pulmões, parecia que eu estava no modo aéreo. É estranho.

Eu não conseguia me mover ou dizer nada, Kuina sabia disso, então me tirou do chuveiro e me ajudou a vestir uma roupa seca e confortável (não um biquíni, mas uma calça jeans, cujo o modelo era mais largo, e um moletom maior que eu) e me deitou na cama. A angústia em meu peito diminuía conforme o tempo ia passando.

-obrigada-susurro, sem força pra falar mais nada.

-eu não fiz mais que minha obrigação-kuina me responde, mas eu mal consigo escutar porque caio no sono.

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Sim, essa "crise" da Hanna vai ser importante mais pra frente.

beijinhos...

~yestheloveisreal

até que a morte nos separe ||Chishiya Onde histórias criam vida. Descubra agora