OS 3 PILARES DA FALSA IGREJA - TEMPLO, PASTORADO E DÍZIMO

Capítulo 07 - Os Sacerdotes Pré Diluviano

Após a morte de Abel, Adão, com seus cento e trinta anos, gerou Sete, conforme descrito no capítulo 5 do Livro de Gênesis. Este ato visava substituir Abel e assegurar a continuidade das gerações subsequentes por meio de um primogênito.

"Viveu Adão cento e trinta anos, e gerou um filho à sua semelhança, conforme a sua imagem, e lhe chamou Sete." Gênesis 5:3 (Bíblia ARA)

Após o nascimento de Sete, Adão teve numerosos filhos e filhas; no entanto, o sacerdócio e o conhecimento foram transmitidos a Sete por meio de Adão. Desde a criação, até algumas centenas de anos atrás, todo conhecimento era repassado oralmente e por meio da prática, garantindo que jamais fosse esquecido, e assim foi de geração em geração.

Descrito no Livro de Lucas, mais precisamente no capítulo 3, dos versículos 23 a 38, são enumeradas setenta e cinco gerações, desde Adão até o Messias. Pouco sabemos sobre Sete e muitos dos patriarcas e sacerdotes das diversas gerações, pois grande parte dessa história foi perdida devido a perseguições, queimas e destruição de documentos ao longo do tempo.

Muitos acreditam que o conhecimento que Moisés usou para escrever parte das Escrituras veio inteiramente de sua mente criativa, ou que foi inventado por ele. O que nunca podemos negar é que YHWH falava com Moisés e que YHWH escreveu os mandamentos em pedra. Além disso, foi YHWH que inspirou Moisés a escrever a maior parte dos cinco primeiros livros das Escrituras.

No entanto, é importante compreender que Moisés era um Levita, assim como seu irmão Arão, e ambos já estavam familiarizados de forma oral com grande parte dos estatutos e ordenanças de YHWH para o seu povo. No entanto, gostaria de voltar um pouco aos sacerdotes anteriores a eles.

Sei que falar de genealogia pode ser um tanto entediante, mas é necessário, pois sem isso não conseguiremos compreender a importância que ela tinha para o povo oriental. Para nós, ocidentais, mal podemos lembrar quem é nosso bisavô, e isso é uma questão cultural do ocidente. No entanto, para os orientais, saber quem eram seus antepassados era uma questão de vida ou morte.

Ao chegarem a um local, seja uma vila ou uma cidade, questionava-se a descendência da pessoa para determinar se ela era amiga ou inimiga daquele lugar. Portanto, era verdadeiramente uma questão de vida ou morte. Cito esse exemplo para destacar a importância do conhecimento oral que recebiam, uma vez que, dependendo da época, muitos ainda não se familiarizavam com a escrita.

Agora, ao retornarmos aos sacerdotes originários, não posso deixar de mencionar Enoque. De acordo com sua linhagem, ele era filho de Jarede. Jarede, por sua vez, era filho de Maalalel, que por sua vez era filho de Cainã, e Cainã era filho de Enos. Enos, por fim, era filho de Sete, que por sua vez era filho de Adão.

Enoque foi a sétima geração após Adão, sendo conhecido como o homem que andou com YHWH e foi tomado por Ele. Viveu trezentos e sessenta e cinco anos na terra, e YHWH o levou para habitar junto a Ele nos céus. Enoque não experimentou a morte, como descrito em Gênesis 5.

"Todos os dias de Enoque foram trezentos e sessenta e cinco anos.

Andou Enoque com Deus e já não era, porque Deus o tomou para si." Gênesis 5:23,24 (Bíblia ARA)

Apesar da escassa menção a Enoque nas Escrituras, limitada ao livro de Gênesis, ele é citado nos livros de Judas, Hebreus e Lucas, este último tratando da genealogia do Messias.

"Quanto a estes foi que também profetizou Enoque, o sétimo depois de Adão, dizendo: Eis que veio o Senhor entre suas santas miríades." Judas 1:14 (Bíblia ARA)

"Pela fé, Enoque foi trasladado para não ver a morte; não foi achado, porque Deus o trasladara. Pois, antes da sua trasladação, obteve testemunho de haver agradado a Deus." Hebreus 11:5 (Bíblia ARA)