Abraão é uma figura reverenciada no judaísmo, cristianismo e islamismo, com sua vida relativamente bem registrada nos textos sagrados. No entanto, persistem lacunas notáveis, como aquelas que poderiam ser preenchidas pelos textos mencionados no Livro de Jasher (Livro dos Justos), proporcionando uma compreensão mais completa e enriquecedora dos detalhes de sua vida.
Embora alguns filósofos contemporâneos interpretem Abraão como uma figura mitológica devido à suposta ausência de evidências arqueológicas substanciais, descobertas recentes na arqueologia moderna têm revelado artefatos e inscrições que corroboram a origem social de Abraão, conforme descrita tanto nas Escrituras quanto no Alcorão.
Primeiramente é importante ressaltar que esse tipo de abordagem, provém de um tipo de estudo chamado teosofia*, que busca desacreditar as Escrituras Sagradas a todo custo, promovendo o ateísmo em detrimento de construir uma fé baseada na ciência como uma nova religião. No entanto, é essencial reconhecer que a ciência não deve ser considerada uma religião, mas sim uma ferramenta valiosa para explorar e compreender o mundo ao nosso redor. E acredite, a fé na ciência se tornou maior que a fé no Messias.
Como resultado, alguns teólogos identificam Abraão como um profeta, enquanto outros o veem como o primeiro patriarca da fé cristã, conforme sugere a teologia da substituição, que transforma o povo de Israel em uma entidade espiritual. Essa interpretação permite ajustes nas Escrituras para adequá-las às crenças individuais, em vez de seguir as crenças conforme estabelecido nas próprias Escrituras. E este talvez seja o ápice dessa aberração teológica.
Seja como for, a história de Abraão é amplamente difundida pelas instituições religiosas, e por esse motivo, prefiro não sobrecarregar o leitor com histórias já familiares. No entanto, em alguns momentos, é inevitável realizar ajustes para garantir que a história esteja alinhada com as Escrituras, em vez de se conformar às crenças e tradições religiosas que possam deturpá-la.
Afinal, posteriormente, após receber a bênção de Melquisedeque (Sem), inicia-se a história de Abraão referente a seu sacerdócio. Ele é descrito como um homem justo e sábio, tendo dois filhos: o primogênito chamado Ismael, que é considerado o ancestral da nação árabe, e o segundo, chamado Isaque, responsável pelo surgimento da nação de Israel.
No capítulo 8, discutimos que Abraão não emergiu por acaso e não foi o pioneiro da fé cristã, mas sim um sucessor da fé, visto que houve outros antes dele em uma linhagem consanguínea e patriarcal. É completamente possível que Abraão não tenha sido inicialmente escolhido para ser aquele que avançaria com as palavras de YHWH, considerando a multiplicidade de descendentes na linhagem de Sem. Contudo, é crucial lembrar que, quando um indivíduo não segue a vontade e os desejos de YHWH, Ele pode manifestar outra pessoa para cumprir essa missão, respeitando assim o princípio do 'livre arbítrio'.
Nesse sentido, o ponto que gostaria de enfatizar é que Abraão se mostrou como um homem justo e íntegro diante de YHWH. Isso indica que, naquela época, todas as gerações estavam imersas na idolatria, notadamente devido ao domínio da Babilônia de Ninrode sobre as demais nações. Consequentemente, as pessoas estavam envolvidas na adoração a diversas divindades, assim e conforme descrito em Gênesis, indica-se a extensão do governo de Ninrode e de sua autoridade perante todas as outras nações.
(*Teosofia refere-se a um conjunto de doutrinas filosóficas, místicas, ocultistas e especulativas que buscam o conhecimento direto dos mistérios presumidos da vida e da natureza, da divindade e da origem e propósito do universo.)
"E este foi poderoso caçador diante da face do Senhor; por isso se diz: Como Ninrode, poderoso caçador diante do Senhor.
E o princípio do seu reino foi Babel, Ereque, Acade e Calné, na terra de Sinar." Gênesis 10:9,10 (Bíblia ARA)
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OS 3 PILARES DA FALSA IGREJA - TEMPLO, PASTORADO E DÍZIMO
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