𝑨 𝒄𝒐𝒓𝒕𝒆 𝒅𝒆 𝑳𝒖𝒂 𝒆 𝑺𝒐𝒎𝒃𝒓𝒂𝒔 •[𝓐𝔃𝓻𝓲𝓮𝓵]•

•[𝐏𝐚𝐠𝐞 𝐍𝐢𝐧𝐞]•

.•Lunary•°♪

O dia havia amanhecido em um piscar de olhos, talvez fora porque eu e Cassian havíamos dormido a metade da noite e nem tínhamos percebido. Quando acordei, Cass não estava em meu apartamento por motivos óbvios, ele, Az e Rhys tinham que ir até as estepes Illyrianas resolverem algumas questões.

Tomei um belo banho e vesti um conjunto de moletom grosso na cor azul ártico. No pulso e em volta do capuz havia uma tira de pêlos brancos que me ajudavam a me aquecer contra o frio.
Eu não iria fazer um café somente para mim, qual seria a lógica? Tomar um café sozinha deveria ser chato. Ir para a casa e tomar o café com Amren, Mor, Helion e Rhys me parecia mais convidativo.

Eu já estava na porta da casa da Cidade. Eu queria entrar sem que ninguém me percebesse e em total silêncio. Não queria que Rhys me visse chegar nessas horas novamente, mas quando abri a porta de madeira bem entalhada, meus olhos se encontraram justo com os de meu irmão.

Rhys me encarou totalmente assustado e com os olhos arregalados. Suas roupas eram as mesmas da noite anterior e ele segurava o seu sapato em suas mãos. Acho que fomos pegos e nem imaginávamos.

— Chegando em casa a essas horas? —Perguntei para o macho que me deu um meio sorriso.

— Você também não dormiu aqui. —Apontou o óbvio.

Eu levantei minha mão até a frente do meu rosto e analisei meus dedos.— Não. Mas dormi no meu apartamento.

Rhys negou com a cabeça e depois continuou andando em direção ao seu quarto. — Deveria ter tomado outro banho para tentar esconder o cheiro de Cass.

— Ciúmes? — Perguntei. —Tem que aprender a dividir, Rhys. Cassian não é só seu.

Meu irmão soltou uma risadinha e depois deu de ombros. — De qualquer forma —Começou a dizer antes de subir as escadas.— , você não dormiu em casa. —Piscou os olhos e sumiu de minha visão.

— Tsk. — Estalei minha língua no céu de minha boca e depois andei em direção a mesa do café.

Amren já se encontrava na mesa devorando um pão de creme e bebendo o seu suco matinal. Mor ainda não estava aqui, o que estranhei quando não a vi na mesa logo cedo.

— Mor. Onde ela está? —Perguntei a criatura.

— Também não dormiu em casa. —Amren resmungou e depois voltou a comer.

Sentei-me ao seu lado para poder degustar a belíssima mesa de café da manhã. Eu estava com uma baita fome e meus olhos estavam tão suplicantes para que eu pudesse levar qualquer alimento em minha boca.
Amren resmungou algo, o que não dei muita idéia de início. Mas depois que senti ela pegar minha mão e me entregar uma caixinha pequena de veludo vermelho, minha atenção foi voltada para o pequeno ser.