Ela o amou em segredo desde os seus quinze anos. Sobreviveu por cinquenta anos sob a montanha por torturas e caprichos de Amarantha.
Ela fez de tudo para ver seu irmão e aqueles que ama, bem.
Quando voltou de sob a montanha, ela percebeu que seu am...
Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
.°•Lunary•°.
Dor.
Tudo doía em meu corpo. Desde minhas unhas dos pés, até os fios de meus cabelos. Minha vista estava embaçada, mas mesmo assim ela fora o suficiente para me fazer enxergar o cômodo escuro e fechado onde eu estava. Não chegava aos pés do meu quarto, mas ele era um pouco quanto considerado,digamos assim.
Minha saliva desceu pela minha garganta, e uma dor absurda me tomou conta. Minha garganta arranhava a cada saliva que descia, era como se eu tivesse dormido a dias, anos, milênios! Tudo era estranho, a atmosfera do quarto era estranha, e encarar a moldura horripilante de um monstro preso na parede me era ainda mais.
Onde estou?
Eu estava confusa, de fato. Mas eu tinha uma certa certeza do lugar que eu me encontrava. Não foi um pesadelo, afinal. Me desesperei em me levantar da cama de lençóis pretos, minhas pernas pareciam estar presas. Eu estava presa.
Lágrimas escorreram por meus olhos quando me lembrei de tudo o que aconteceu naquele baile, de tudo o que tive que passar. Rhys, onde meu irmão estava? Essa pergunta foi o suficiente para me dar forças e ir em busca dele, de poder abraçá-lo e ouvir de sua boca de que estávamos bem, de que todos estavam. Mas a porta foi aberta no mesmo instante em que coloquei meus pés no chão de mármore gelado. O frio do mármore subiu para minha coluna e fui obrigada a olhar em direção a porta.
Ali, parado feito uma estátua, olhos nem tão violetas e brilhantes como antes. O bronze de sua pele já estava se desfazendo aos poucos. Os cabelos um pouco diferentes do que antes, e sua postura mais rígida, estava Rhys. Sua boca fazia movimentos de como se pudesse falar algo, mas deixava as palavras morrerem nos mesmos instantes.
— Rhys... —Meu sussurro saiu cortante e dolorido.
Os olhos de meu irmão cintilaram antes que ele pudesse correr e me agarrar pelos ombros. Meu irmão já não possuía mais aquele físico de antes, não tanto, mas já era perceptível que seu corpo havia mudado, e creio eu, que seu psicológico também. O Grão-Senhor me apertava e afagava meus cabelos dizendo sussurros de que me amava e que estava feliz em me ver acordada.
O que aconteceu?
Mesmo sabendo que Rhysand não iria me responder, já que Amarantha havia tomado seus poderes de Daemati também, eu esperei no fundo de meu coração que ele me respondesse. Mas, Rhys não me respondeu, pelo contrário, ele me abraçou mais forte e beijou todo o meu rosto. Segurei o rosto de Rhys e juntei nossas testas, eu precisava saber o que, de fato, havia acontecido e estava acontecendo aqui.
— Ei... —Sussurrei para o macho. — O que fizeram com você?
Rhysand apenas negou com sua cabeça e soltou um meio sorriso. — Que bom que acordou. — Fungou o nariz e me puxou para sentarmos na cama onde minutos atrás eu estava adormecida. O pomo de Adão de meu irmão desceu e subiu, era como se ele estivesse tentando fugir de algo, de algum assunto. — Pedia a mãe todas as noites que não nos abandonasse e acordasse você o mais rápido o possível.