Ela o amou em segredo desde os seus quinze anos. Sobreviveu por cinquenta anos sob a montanha por torturas e caprichos de Amarantha.
Ela fez de tudo para ver seu irmão e aqueles que ama, bem.
Quando voltou de sob a montanha, ela percebeu que seu am...
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.°•Lunary•°.
Faziam-se alguns minutos generosos desde que puxei a fêmea do jantar de hoje para meu quarto. Obviamente, os dois Attoresque estavam nos escoltando tentaram a todo custo fazer com que eu a jogasse dentro de uma cela imunda e fria. Claramente, eu havia os mandado calarem suas bocas e deixarem que eu resolvesse essa questão do meu modo e jeito. Um fato curioso é, que de alguma forma, eu tenho um pouco de influência aqui.
E isso é muito bom.
A garota, agora me encarava com uma fúria ao qual nem me abalei. Eu precisava de aliados e, se eu quero e preciso, eu consigo. Saber de onde a mesma viera deve me parecer bastante útil, mas a coisinha arisca e teimosa, insistia a todo custo querer cortar meu pescoço. Seus olhos, olhos amêndoados, pareciam quererem me puxar para mais perto dela e saber mais a fundo sobre sua descendência. Amarantha deixou de bom gradoque eu usasse a pobre fêmea como se fosse um animal selvagem qualquer. Ela jura mesmo que seguirei suas ordens? O que acontece dentro do meu quarto, ficará dentro dele, certo?
Eu estava sentada em uma poltrona de tecido preto e sombrio. Minhas pernas estavam cruzadas e meu rosto era como se fosse uma pedra dura. Rhys havia sugerido que eu utilizasse um personagem tão surpreendente que fosse o surpreender também, fazendo-o se perguntar se eu estava apenas atuando ou não.
Se eles amam que desprezemos os outros, então que seja.
A garota usava trapos de o que sugiro ter sido algum dia, uma espécie de armadura. Seus lábios cortados, estavam se curando lentamente, assim como os hematomas em todo o seu corpo. Aquele olhar feroz, um olhar selvagem e de espírito livre. Aquilo me lembrava alguém. Eu precisava saber mais sobre a garota, saber sobre como conseguiu chegar até aqui e, de sua suposta ligação com Helion. Duvido muito que seu temperamento forte iria deixar que eu retirasse algumas informações.
Respirei fundo, ainda analisando-a. Eu esperava o momento certo para atacar e conseguir o que eu queria. Aliados. Até agora, só poderia contar com Rhysand, mas duvido também que meu irmão iria querer fazer algo que colocasse tanto a mim, ou a qualquer feérico inocente em jogo ou risco. Rhys pode ser um protetor e tanto, mas, acho que o mesmo se esquece do que eu sou capaz. Ou era capaz, já que a vadia ruiva roubara meus poderes para sí mesma.
— Pode latir o quanto quiser, querida. — Abanei minha mão em descaso para a fêmea que rangia os dentes e se mantia em posição de ataque. Que medo. — No seu tempo. — Sorri ardilosa para ela.
Um grunhido ressoou por todo meu quarto. A fêmea apertou seus punhos e mordeu os lábios, era como se ela estivesse tentando reprimir-se de dizer-me algo. Era como se ela temesse por sua vida o que ela queria me dizer.
