56 | Resistir

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Ligo meu carro fazendo o motor do mesmo soar levando a torcida a loucura

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Ligo meu carro fazendo o motor do mesmo soar levando a torcida a loucura. Olho para o lado vendo a puta com as bandeirolas vindo andando em nossa direção para dar a largada.

Não tem como eu perder essa corrida.

Não tem como eu perder Layla Klein.

Quando seus lábios macios e gélidos tocaram os meus, senti uma corrente fria passar pelo meu corpo me deixando levemente paralisado por um tempo. Os pelos dos meus braços se arrepiam e um nó parece se formar em minha garganta seca.

Esse nosso beijo foi diferente de todos os outros.

Eu preciso dessa mulher.

Essa vadia me leva a loucura e me faz sentir um turbilhões de sensações a quais desconheço. E quando tento domina-las, prefiro ignorar os rótulos estúpidos. 

Eu a abomino por isso. Porém, a venero da mesma maneira.

Preciso acabar com essa porra e levá-la para casa. A culpa é minha, eu a coloquei no rodar do pau no cu do Bieber.

— É um bom prêmio — escuto a voz azucrinante de Bieber. Trinco o maxilar. — , estou louco para perguntar a ela quem fode melhor.

— Você não vai tocar nela! — rosnei levando minha atenção até ele. Esse filho da puta não sabe com quem está se metendo!

Bieber levanta seu óculos escuros e um sorriso zombeteiro samba no canto direito de seus lábios.

— Você não sabe? — o canadense me olha fingindo estar abalado me deixando com mais ódio da sua cara — Eu comi Layla Klein lá na boate dentro do meu escritório...

Sinto como se tivessem cravado uma estaca no meu peito.

— Estou louco para ouvir seus gemidos deliciosos novamente! — Justin continua a falar.

Que dor é essa? Que dor agonizante é essa?

Sinto meu paladar ficar amargo e meu corpo enfraquecer.

— Para de calúnia! — Tento manter meu tom firme enquanto volto minha atenção para o volante.

— Achei que você tinha posto fogo no carro de um dos meus pois sabia que eu estava comendo ela bem debaixo do seu nariz! Pelo jeito, me enganei! — Sua voz sai ironizada e uma gargalhada é adquirida em seguida.

Layla é uma vagabunda! Caralho!

Ela me prometeu que não estava com esse merda!

Eu acreditei nessa filha da puta! Eu matei por essa puta inútil!

Eu sou um fraco por não ter a matado antes! Agora acabei permitindo que ela me enganasse. Por um momento, me vi enfeitiçado por essa mulher. E agora... Me sinto um merda!

Sinto meu sangue ferver ao ponto de senti-lo borbulhar no meu ouvido. Desejo que essa piranha morra nas mãos desse zé ninguém. Espero que ele a torture bastante achando que é algo que me afeta. Quero que ele esfole aquela boceta até machuca-la e ela desmaiar de dor.

Eu a avisei que era pra ela ser apenas minha.

A multidão começou a gritar me dando a certeza que a largada tinha sido dada. Escutei o carro de Bieber decolar ao meu lado me deixando para trás.

Essa é a minha decisão e não irei voltar atrás.

Não quero mais Layla Klein na minha vida me assombrando. Cansei de lutar contra essas sensações, vou cortar tudo isso pela raiz. Arrancar toda essa angustia, embrulhos no estômago e arrepios dolorosos.

Com Klein morrendo, acaba os meus problemas e eu volto a ser o mesmo Kaulitz de antes: indecifrável, aterrorizante, sombrio, impiedoso, ganancioso e preciso.

Finalmente me sinto em sã consciência e meus dedos se mexem em volta do volante me trazendo novamente para a realidade. Trinco meu maxilar sentindo meu corpo repleto de ódio, desço do veículo escutando todos se perguntando que porra estou fazendo.

Nesse momento, não me importo nem com o que estão falando. Não estou me importando com a minha fama.

Eu só quero acabar com essa dor.

Normalmente me sinto bem com a tortura e sofrimento, mas esse tipo de sensação nojenta por alguém, só os tolos querem sentir tamanha aflição.

Meus braços estão cruzados firmes enquanto olho para o carro de Bieber terminando o percurso. Sinto o olhar de Klein queimar no lado direito do meu rosto.

Minha vontade é de ir até essa puta e matá-la com minhas próprias mãos. Mas agora, ela não é mais de minha responsabilidade.

— Agora você é minha, amor! — O canadense grita descendo do seu veículo totalmente feliz pelo seu prêmio.

"Amor"? Tenho certeza que ele está se sentindo vitorioso por me provocar.

Ela é um peso, espero que ele não queira devolve-la depois de enjoar dessa vagabunda.

— Não encosta nela! Larga ela! — Escuto meu gêmeo gritar me fazendo por um instante levar meu olhar até eles.

Klein está de joelhos no chão parecendo sem forças, seus olhos estão vermelhos e pelo seu rosto doce escorre rios de lágrimas. Seu corpo magro está trêmulo e sua respiração está em crise.

Meu coração gela e minha boca treme.

— Ela é nossa agora, porra. — Vejo um dos capangas de Bieber esbravejar puxando Layla.

Aperto meus olhos com força tentando ignorar as sensações que estou sentindo. Abro a porta do meu carro e entro no automóvel.

— Kaulitz! — Bill grita tentando chamar minha atenção.

Eu não posso olhar para trás.

Eu não posso olhar para ela, não sei se irei resistir.





Notas finais
Agora é só ladeira a baixo

Para quem acompanha meu mural, sabe o motivo de eu demorar a postar. E hoje recebi 3 pix de 1 real que me incentivaram a postar pra vocês! Kkkkkk

Eu escrevo para vocês de graça e como hobbie nas horas vagas, pois estou sempre trabalhando e estudando. Sabendo que escrever aqui vai me dar alguns centavos, me incentiva kkkkkk Então, qualquer coisa, meu pix está no meu perfil. Escrever leva tempo, é um trabalho e ser valorizada por isso é muito bom.

Um beijo para todos que me apoiam! Sou muito grata! ❤️

FAVORITE CRIMEOnde histórias criam vida. Descubra agora