Meu marido é o meu chefe devasso

Capítulo 33

Fazia tempo que não dormia muito bem.Desde a morte do meu pai, não tive um sono tranquilo nem sequer por um dia. Todas as minhas noites era resumidas em pesadelos. O que era ridículo, porque eu nunca tive pesadelos, talvez. O sentimento de culpa, remorso estivesse me causando esses pesadelos, e sempre que eu pensava na minha esposa, todos eles evaporavam assim como agora, tendo seu corpo colado ao meu.

Eu precisava confessar que tê-la aqui comigo, é a melhor coisa do mundo. Para mim ela é a própria prova da palavra perfeição. Como um Estado sem uma sociedade não é Estado, é assim como eu me sinto. Para que eu governe é obrigatoriamente a existência dela.

Olho para a mulher ao meu lado dormindo tranquilamente, mal sabendo ela que o motivo da minha paz é ela. Minha deusa grega!

Inclino, beijo sua testa carinhosamente, deslizo meus dedos sobre seus ombros desnudos, sua pele se arrepia completamente.

- Bom dia...- sussurro ao pé da orelha. Nara se mexe, entreabre seus olhos ainda sonolenta. Perto dela nunca tenho um pensamento coerente. Sua presença é tão, tão enchente que é impossível não ficar inundado.

Esfreguei seus lábios em círculos mirando seu olhar intensamente desejoso em começar o dia da melhor forma, com o melhor bom dia que um ser humano pode receber. Tento colocar nossos lábios, porém, imediatamente ela se afasta.

Arregalo os olhos incrédulo de mais com essa atitude.

- O que pensa que está fazendo?- indaga se apartando de mim ainda mais.

- Beijado você - digo confuso.

Nara levanta, sem nem se importa em cobrir seu corpo desnudo. Meus olhos passeiam por ele. Se não estivesse num momento ambíguo atacaria seu corpo agora.

- Nunca mais toque em mim- diz determinada.

Sentei na borda da cama também completamente desnudo com a minha ereção apontando para ela. Somente ela. Observei seu semblante sereno, porém, a tempestade em seus olhos diz o contrário. Nara ainda está magoada comigo.

- Nara...porque isso agora?- questiono. Seus olhos a traem e descem para minha ereção, mas dura poucos segundos porque ela em seguida se recompõe assumindo uma postura altiva e imponente.- Eu pensei que ontem....

- Penso errado. Foi um deslize que não vai acontecer novamente - diz empinando o rosto - um momento de colapso mental que me arrependo amargamente. - solta uma risada seca balançando a cabeça.- sempre foi sobre isso, né?

Indaga fazendo um gesto com os dedos entre nós.

- Sobre isso o que? - pergunto confuso. Na verdade eu não sei do que ela está falando.

- Ah , Alexandre, por favor?- sorri- Sexo, - a encaro com os olhos semicerrados- aliás , na verdade sempre foi sobre sexo. Desde o início você prometeu que faria de tudo para me levar a cama. E olha eu aqui? Sempre pronta para meu querido chefe, matar sua vontade sexual.

Que besteira é essa?

- Nara, você sabe que não é bem assim- digo me levantando, não posso deixá-la pensar o pior de mim enquanto eu a AMO!

- É sim! E aposto , não, tenho certeza absoluta que você voltou por conta do sexo gostoso que a gente faz na cama. E olha , você já não vai ter isso de mim, nunca.- eleva o tom da voz.

- Não é bem assim, você sabe muito bem que as coisas mudaram entre nós. Já não existe aquele desejo intenso sexual, como se fôssemos adolescente cheios de hormônios sexuais. Agora é algo além disso, muito além disso.

Solta uma gargalhada irónica.

- Ah! Então foi por isso que você me usou e fugiu de mim porque sentia algo mais que sexo? Por favor? Não vai me dizer que se apaixonou por mim?- terrivelmente apaixonado, penso, enquanto ela balança a cabeça em negação- não, nunca. Você nunca se apaixonou por mim, nunca sentiu algo por mim fora de um desejo carnal.- as lágrimas descem em seus olhos- Em nenhum momento você disse que me amava. Pode parecer idiotices, mas se realmente as coisas tivessem mudado, ou seja, seus sentimentos por mim, você teria se declarado. Embora as pessoas digam que as atitudes falam mais que as palavras, mas eu preciso ouvir, que sou amada e isso eu nunca ouvi sair da sua boca.