𝐀njo 𝐃iabólico

008

– chame-o.– San disse simples.

– mas ele já saiu.– o homem disse.

San não abriu a boca para dizer nada,apenas o olhou. O olhou de tal forma como se dizesse "não importa."

– sim,senhor. Com licença. – o homem saiu da sala.

Assim que a porta fechou-se,lá dentro San suspirou. Suspirou,encostando sua cabeça na poltrona,enquanto fechava seus olhos. Um sorriso ladino apareceu em seus lábios.

– Wooyoung... Wooyoung...– sussurrou.– o que você tem de bruto,tem de beleza.– disse com uma pequena risada soprada.

Enquanto Wooyoung andava para fora da empresa,sentiu alguém tocar seu ombro.

– sim?– virou-se para o homem atrás de si.

– o senhor Choi precisava conversar com você. Me acompanhe.– o homem disse.

Wooyoung não protestou,apenas foi.

De certa forma,qualquer um que estivesse abaixo da família Choi,e trabalhasse para tal,era treinado para não causar alvoroço.

Wooyoung o seguiu. E ao chegar na frente do escritório de San,bateu na porta e entrou.

– queria falar comigo?– Wooyoung perguntou.

– fico feliz que aprendeu a entrar nos lugares.– Wooyoung estava começando a pegar ódio da forma que San atropelava suas perguntas.

Wooyoung respirou fundo.

– senta.– San convidou,sem fazer o esforço de levantar.

Wooyoung andou até a cadeira que ficava a frente de San.

– o que você queria falar comigo?– Wooyoung perguntou.

– café?– San ofereceu, atropelando novamente a pergunta de Wooyoung.

– dá pra parar de atropelar minhas perguntas!?

– amaram suas fotos.– San disse o olhando.– seu talento é insano. E alguém assim,não deveria se matar trabalhando dia e noite num restaurante.

– é melhor se matar,do que morrer de fome.– murmurou Wooyoung.

– repita.– San ordenou com seu tom frio de sempre.

– ahn? Não obrigado. Pode continuar.– Wooyoung tirou de tempo.

San arqueou uma das sobrancelhas,e Wooyoung o olhou esperando que ele continuasse.

– pois bem...– San continuou.– o que acha de ser meu modelo?– escorregou um contrato pela mesa até que chegasse nele.

Wooyoung ficou pasmo e não conseguia formular sequer uma frase.

– sim ou não?– San era insistente e só aceitaria um desses como resposta.

Wooyoung pensou por alguns instantes,mas logo a resposta veio em sua mente.

– preciso de uma caneta.– Wooyoung disse.

Wooyoung não pensaria duas vezes,quando se é ameaçado mensalmente por seu irmão. Mas,claramente Wooyoung leria até mesmo as menores letras de impressão daquele contrato.

San,não era do tipo que perdia facilmente a paciência. Tinha o dia todo para esperar. E se fosse preciso,desmarcaria todos os seus compromissos do dia.

– de fato,você irá ler até as menores letras?– San questionou.

– sim. Nunca se sabe o que tem em contratos assim.– Wooyoung disse.