014

140 26 1
                                    

– minha vontade agora é te bater!– Wooyoung disse.

– faça isso,e você cairá.

– pare com isso!

– você é minha propriedade agora, então a de acostume-se.– San disse.

– eu não sou sua propriedade!– Wooyoung o bateu.

– você irá cair se continuar!– San avisou.

Não era como se Wooyoung se importasse com isso. Se ele deixasse Wooyoung cair,o moreno o bateria com qualquer coisa que tivesse em sua frente.

A chuva lá fora estava forte. Com ventos agressivos,prestes a derrubar árvores e casas. Quase como um furacão.

Um clarão iluminou o céu,juntamente com um barulho ensurdecedor,avisando que acabou de cair um raio.

Wooyoung não tinha medo de raios e nem de trovões,mas pelo susto que tomou,agarrou-se em San,como alguém se agarra ao seu protetor. Fechando seus olhos fortemente.

– o que houve?– San arriscou a perguntar.

San conseguia sentir o coração acelerado de Wooyoung batendo contra seu peitoral.

Ao perceber o que fez,e o quanto seu corpo estava colado ao de San,abriu os olhos meio ofegante,ainda arriscando olhar para cima.

– desculpe.– Wooyoung disse se desgrudando aos poucos do corpo de San.– me deixe descer.

Choi não o forçou a ficar em seu colo,obedeceu seu pedido e o desceu.

– Choi...– lembrou-se de que não deveria chamá-lo assim.- San! Obrigado por ter me dado carona hoje e me deixado ficar,mas eu realmente preciso ir pra casa.

– não, você não vai.– ele disse com as mãos nos bolsos.

– como assim "não vai"?– Wooyoung questionou com o cenho franzido.

– não, você não vai. Até porquê,eu nunca deixaria você ir nessa chuva.– San disse.

Wooyoung não disse nada. Mas viu San virar de costas para si,fazendo algo em sua mesa. Enquanto,o moreno encarava as pelas costas cobertas por uma blusa com manga longa de algodão.

santanás!– xingou baixinho.

A chuva não cessou um minuto sequer. Aquela casa era muito quieta para os neurônios bagunceiros de Wooyoung,que já estava associando ficar ali a uma tortura. Pensava que a casa,ou melhor,mansão de San,era como um castelo. Imenso,profundo,frio,e com baixa iluminação. Mas se fosse,não teria tanto silêncio,pois o calabouço estaria cheio de pessoas gritando por misericórdia e para serem soltos.

– o que faz tão quieto?– a voz grave de San ecoou.

– você ainda pergunta? Não é como se sua casa fosse um parque de diversões.– Wooyoung respondeu simples.

San o encarou por uns instantes.

– venha.– San chamou.–

– ir a onde?

– não deseja fazer algo?

– sim.– assentiu.

– venha comigo.– San chamou novamente.

Wooyoung foi. Não era de obedecer qualquer um,mas sua curiosidade foi maior. San o guiou até a sala. Lá,parecia ser extremamente aconchegante. A iluminação baixa assim como o resto da casa,um sofá com uma coberta,a tv passando algum filme,logo abaixo,uma lareira,e a diante,a grandiosa janela de vidro parcialmente fechada com a cortina.

– San...– a voz do moreno foi sumindo aos poucos.

San não respondeu,apenas foi até o sofá e sentou-se.

– venha.– San chamou outra vez.

O moreno andou até lá de fato,sentando em um canto do sofá. San esperava que ele fosse sentar ao seu lado,mas o moreno preferiu não dar esse gosto a ele.

𖥸

Já havia passado um tempo desde que Wooyoung sentou solitariamente naquele lugar. De fato,tinha que admitir que estava frio. E daria tudo por um aconchego agora,mas seu orgulho o impedia.

Mas,perto de um anjo nada passa despercebido. San já estava de olho no seu comportamento,percebendo rapidamente o que acontecia. Não perdendo a oportunidade, é claro.

– venha mais para perto.– San convidou.

– não,obrigado.– Disse educadamente.

– não irei fazer nada com você,isso eu garanto.– San disse.

– desde de quando eu confio em você? Você é meu chefe,mas ainda é um completo estranho pra mim.– disse ele.

– desde de que você dormiu no meu quarto e vestiu minha roupa.– San disse.

– mas eu não sabia que você iria me trazer pra cá e me trocar. Se não fosse isso,teria feito meu trajeto normalmente.– disse bicudo.

San não evitou uma risada sarcástica sincera.

– confie em mim,não farei nada com você. Caso contrário,já teria feito.– San disse.

– o que há com você!?– Wooyoung irritou-se.

San não disse nada,apenas se recuperava da boa risada que dera a uns minutos atrás.

– ahg!– resmungou.

– prefere o frio?

"prefere o frio"– Wooyoung imitou San com uma voz forçada,resmungando.– não venha com esse papinho! Só estou aqui,por causa da chuva.

San não disse nada,aparentemente nem ligando para o que Wooyoung pensava. Ele pareceu realmente não ligar,pois assistia o filme calmamente e com o rosto suave de sempre.

Wooyoung não queria admitir isso,mas...talvez fosse uma boa ideia. Então,ele foi.

Chegou aos poucos perto de San,e ao que chegou,San colocou um dos braços apoiados sobre o sofá,para ter espaço para Wooyoung.

O moreno parecia cansado,ainda,mas não demonstrava sono,porém estava.

Seu cansaço era tanto,que não percebeu quando San começou a acariciar seus cabelos. Assim como um cafuné. Wooyoung dormiu rápido,encostando sua cabeça no ombro de San,fazendo com o que o corpo do maior o aconchegasse assim como desejava desde que a primeira rajada de frio passou por ele.

𝐀njo 𝐃iabólico Onde histórias criam vida. Descubra agora