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Assim que o garoto saiu,ele viu que no armário haviam várias roupas compradas para ele. Não sabia como,mas havia. Mas preferiu pegar alguma roupa de San,tinha seu cheiro e era muito confortável. Em cima da cama,havia uma bandeja com um sanduíche,frutas vermelhas,suco natural e biscoitos.

– wow...– se surpreendeu.

A comida estava boa,de fato.

Após comer,o garoto acabou por dormir. Provavelmente estava cansado da viagem e de tudo aquilo que aconteceu com ele assim que chegou.

[...]

– ah...Seonghwa,ele parecia tão frágil!– San estava sentado em seu escritório,com Seonghwa e Mingi a sua frente.

– devia estar.

– eu nunca o vi daquele jeito. Tão indefeso.

– não se aproveitou disso,não é!?– Mingi questionou.

– claro que não,Song! O que pensa que eu sou? Um monstro!?– San se exaltou.

– não grite,ou vai acorda-lo!– Seonghwa falou.

– não estou dizendo isso,só pedindo para que jamais o toque sem permissão!

– eu nunca o toquei sem o seu consentimento.– San rebateu.– todas as vezes em que transamos foi com o seu consentimento!

– vocês transaram!? Você não o forçou,forçou!?– Mingi parecia alterado.

– Mingi,eu nunca forcei nada entre a gente! Eu não sou esse monstro que todos esteriótipam!

– não é sem motivos,San.– Seonghwa se intrometeu.– tantas atrocidades que você cometeu te deram esse título. Então,por mais que você nunca force,ou tenha forçado nada entre vocês dois,ninguém acreditaria por você ser quem é!

– não me lembre de quem eu me tornei,Hwa! Eu jamais faria isto com meu anjinho.

– ok. E aquele miserável? Wooyoung nunca me contou nada sobre o que ele queria fazer com ele.– Seonghwa comentou.

– o que ele queria fazer?– San questionou friamente.

– ele queria Wooyoung pra ele,San!– Mingi se intrometeu.– ele o ameaçava,dizendo que se ele não pagasse a dívida do demônio do irmão,ele seria dele,San! Ele queria tomar ele pra si! Batia nele!

– EU VOU MATAR AQUELE FILHO DE UMA PUTA!– San bateu com as duas mãos na mesa com força,a fazendo estremecer,assustando Seonghwa que deu um pulo.

– se acalma,San! Você vai acabar acordando ele!

– não me manda ficar calmo,Seonghwa!– San disse.– eu vou mandar aquele desgraçado pro inferno,fazer companhia para o irmão dele!

– se acalma,Choi! Porra,as coisas não de resolvem a sim. Seu garoto esta dormindo lá em cima,cansado e com medo de tudo. Para de ser raivoso,ou vai acabar o assustando!

San se calou,travando a mandíbula e respirando profundamente.

– eu te conheço bravo,e se você se alterar aqui, Wooyoung vai ficar pior do que já está. Ele está com medo de tudo,e ele vai ficar com medo de você.– Mingi disse,amenizando a situação.

– eu nunca o assustaria,Mingi.– San o olhou com um olhar mortalmente sanguinário.

– então,acalme-se. Vamos achar esse desgraçado e então,você poderá fazer o que bem entender.– Seonghwa disse.

San passou a mão pelos cabelos,suspirando.

– Mingi...trouxe o que eu pedi?– San disse.

– como poderia esquecer?– Song disse com um toque de sarcasmo.

San sorriu com luxúria.

[...]

Wooyoung acordou e viu que a chuva ainda não havia acabado. Se sentou na cama e então pôs os pés no chão. Andou suavemente até a porta e a abriu,saindo do quarto.

De pés descalços,explorou a casa. O chão gelado tocava seus pés como gelo. Andou pela casa,parando em uma sala. Lá,parecia ser um escritório,na qual tinha portas rolantes. Colocou seu ouvido na porta e começou a ouvir. Sabia que era errado ouvir conversa dos outros,mas sua curiosidade era bem maior que seu senso.

Não ouviu nada. A porta era grossa demais.

– oh,Senhor Jung!– uma empregada fez reverência para ele.

Wooyoung se intrigou.

Como caralhos ela sabia?

– peço perdão pelo incomodo,mas o Senhor Choi,pediu para que fosse até a sala de jantar. O jantar já está posto,com tudo o que você gosta.– a mulher disse tudo em um reverência.

– mas ele não sabe o que eu gosto...– sussurrou para si mesmo.– ok,irei. Obrigada.– agradeceu e a mulher saiu.– beleza...agora vou dar uma de Dora Aventureira e explorar essa casa até achar a porra da sala de jantar.

Então,ele fez. Não foi muito difícil acha-la. Assim que chegou,não havia ninguém na mesa. Estranhou,mas seus olhos brilharam ao ver tanta coisa na mesa.

– wow...– Wooyoung estava surpreso.

Wooyoung logo pôde perceber um calor atrás de si,soube quem era.

– dormiu bem?– a voz apareceu atrás de si.

– sim.– foi educado.

– como se sente?

– bem...mas...bem que você poderia parar de aparecer como um demônio obsessor atrás de mim.– ele comentou e San riu.

– não consigo evitar,meu amor.– San tocou sua bochecha não machucada.– agora...sente-se.– San puxou uma cadeira.– tenho algo especial para você.

– o que?– sentou-se la,animado.

Logo,sentiu sua cadeira ser empurrada com delicadeza.

Não demorou muito e logo uma bandeja enorme apareceu em sua frente. Curiosos e intrigado,permitiu que o servo abrisse a tampa e lá estava...a cabeça de seu irmão,posta em uma bandeja,com os olhos a sua frente e com inciais K.N.

Os olhos do garoto se arregalaram e ele foi para trás com velocidade. Saiu da cadeira e correu até San. Afundando seu rosto no corpo forte dele,escondendo seu rosto lá.

– San...– sua voz estava abafada e embargada. Iria chorar.

– o que houve,mru anjinho? Hm?– San questionou.

Wooyoung ainda estava assustado e isso fez com o que ele tivesse um gatilho enorme. Bam-Hyung era sua única família e agora,sua cabeça estava numa bandeja a sua frente,juntamente com um homem que sabia muito bem o que podia fazer,o ameaçando de morte caso não fosse dele. Era demais para Wooyoung.

San não fazia ideia de que aquilo iria ser um gatilho,portanto,ordenou que retirassem aquilo dali e jogassem em qualquer vala.

– não chore...– San se sentia mal o vendo daquela forma.

Era raro ver Wooyoung tão sensível. Jamais foi assim. Era tão bruto que todos estranhavam quando o viam mal daquela forma.

San então,o abraçou. E logo após,o pegou em seu colo,como um bebê. Wooyoung também era bem alto e tinha porte quase igual ao de San,mas parecia uma criança precisando de colo.

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