O quarto hospitalar, que segundos antes estava impregnado de uma tensão palpável, teve seu clima abruptamente alterado. A figura da namorada de Minho, que avançava ameaçadoramente com a faca em punho, de repente parou. Seus olhos, antes inflamados pela raiva descontrolada, agora piscavam confusos, vacilantes. O silêncio era pesado, todos os presentes seguravam a respiração, esperando o desfecho iminente.
Então, sem aviso, a garota cambaleou, uma mão indo à testa como se tentasse afastar uma dor súbita ou uma tontura inesperada. A faca, antes um objeto de ameaça mortal, escorregou de seus dedos enfraquecidos e caiu no chão com um clangor metálico inofensivo. Com os olhos arregalados, ela tentou se manter de pé, mas suas pernas não obedeceram; ela desabou no chão em um desmaio completo.
Felix, ainda protegendo Jisung com seu corpo, observava a cena, perplexo e aliviado. Jisung, por sua vez, espiava por cima do ombro do irmão, o medo ainda visível em seus olhos, mas agora misturado com confusão e alívio. O quarto, que momentos atrás era palco de uma potencial tragédia, agora tinha se transformado em uma cena de preocupação e cuidados.
Enfermeiros e seguranças, alertados pelo barulho, correram para dentro do quarto. Rapidamente, avaliaram a situação: a namorada de Minho estava no chão, inconsciente, mas sem sinais de violência externa. Eles a colocaram cuidadosamente em uma maca e a levaram para ser examinada, garantindo que recebesse a assistência médica necessária.
Com a crise imediata resolvida, Felix virou-se para Jisung, seus olhos cheios de preocupação fraterna. "Você está bem, irmãozinho? Ela não te machucou, não é?" Felix perguntou, examinando Jisung em busca de qualquer sinal de dano.
Jisung, ainda abalado, apenas balançou a cabeça. "Eu... eu estou bem, Felix. Só... só assustado," ele conseguiu dizer, sua voz trêmula revelando o medo residual.
Felix o abraçou novamente, um gesto protetor e reconfortante. "Está tudo bem agora. Eu estou aqui com você," ele murmurou, prometendo silenciosamente que faria de tudo para manter seu irmão seguro.
Enquanto a calma começava a retornar ao quarto, a mente de Jisung girava com perguntas sem resposta. Por que a namorada de Minho agiria daquela maneira? O que a levara àquele estado de desespero? E, mais preocupante, o que isso significava para seu futuro e o de Minho?
No entanto, essas perguntas teriam que esperar. Por agora, Jisung se permitiu relaxar nos braços reconfortantes de seu irmão, grato pela segurança que aquele momento lhe proporcionava. A tempestade emocional havia passado, mas as nuvens ainda pairavam no horizonte, prometendo mais desafios à frente.
O episódio deixava uma promessa suspensa no ar, um lembrete de que, mesmo nos momentos mais escuros, a esperança e o amor fraterno podem trazer luz. Mas a sombra da faca abandonada no chão lançava uma longa sombra, um presságio de que a história estava longe de terminar.
Enquanto o quarto hospitalar retornava à sua calma forçada, os ecos daquela noite tumultuada permaneciam, sussurrando promessas de revelações futuras e confrontos inevitáveis. O que o amanhã traria, nenhum deles poderia dizer. Mas uma coisa era certa: eles enfrentariam juntos, como irmãos.
E assim, com corações pesados mas unidos, Jisung e Felix aguardavam o que viria a seguir, sabendo que, independentemente dos desafios, eles teriam um ao outro.
Após os tumultuados eventos no hospital, a vida no colégio lentamente retomou sua rotina habitual, uma normalidade que Jisung acolheu com um misto de alívio e apreensão. Os dias passaram, cada um trazendo seu próprio conjunto de desafios e pequenas vitórias, até que chegou o evento anual que todos aguardavam com expectativa: o interclasse de esportes.
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Por que ele não é meu?
FanficJisung, o garoto mais manhoso da cidade, escondia um segredo: estava apaixonado por Minho, o queridinho de todos, que já tinha namorada. Apesar de seu jeito travesso, Jisung sabia que alguns sonhos pareciam distantes demais para serem alcançados. No...