Cabana

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"Estou perdido" disse Harry em voz alta, olhando para a floresta escura.

"Eu disse para você não dar ouvidos àquele pirralho Weasley" Voldemort resmungou, e deslizou para fora da manga de Harry, aparecendo ao lado dele em sua forma sombria. "Não há criaturas estranhas aqui. É uma floresta normal."

No dia anterior, Ron havia dito a Harry ir até a floresta que havia ao lado da escola em que eles estudavam, pois haviam bixos das trevas lá e o menino de oculos, é claro, se animou a ir.

Harry fez beicinho, balançando nos calcanhares. "Eu queria conhecer outras pessoas como você."

Voldemort prendeu o garoto contra uma árvore, os olhos vermelhos estreitados olhando para ele. "Para que? Eles tentariam comer sua alma. Estou longe de ser a criatura mais cruel que existe, amor."

Harry ficou na ponta dos pés para roubar um beijo de Voldemort. "Gosto quando você me empurra contra coisas" disse ele alegremente.

Voldemort bufou e mordeu o lábio inferior de Harry antes de se afastar. "Você estava tentando me irritar, não é?" Voldemort acusou.

Harry sorriu. "me pegou."

Voldemort agarrou a frente da camisa de Harry e puxou-o, apesar dos protestos de Harry. "Venha, cordeirinho. Vou levá-lo de volta pra casa."

"Como você sabe pra onde é?" Harry perguntou curioso, acelerando seus passos para não ser literalmente arrastado.

"Estou seguindo seu cheiro" afirmou Voldemort.

Um sorriso surgiu em seus lábios. "Cachorro" disse Harry.

"Eu vou bater em você" ameaçou Voldemort.

"Mas e se eu gostar disso?" Harry ronronou. Voldemort pareceu acelerar um pouco.

Harry franziu a testa ao se aproximar da porta da frente, tentando não fazer beicinho.

Voldemort havia prometido que eles sairiam de férias, mas eles precisavam ficar na casa dos Dursley por mais um ou dois dias, até que Voldemort preparasse tudo. Harry decidiu não perguntar muito sobre onde eles estavam indo, pois queria ser surpreendido.

Ele também não queria perguntar como Voldemort iria conseguir um lugar para eles ficarem. Harry tinha certeza de que isso poderia estragar seu bom humor.

Harry bateu na porta quando girou a maçaneta e ela estava trancada, um pouco desapontado. Ele só queria entrar e ir direto para seu quarto.

Ele esperou ali por mais ou menos um minuto, depois bateu novamente, ficando um pouco irritado. O carro estava na garagem, então provavelmente sua tia estava em casa.

"Você pode destrancar a porta?" ele perguntou baixinho, quando ninguém apareceu para destrancar a porta depois de um minuto.

Voldemort se mexeu e tirou a manga, uma sombra escura deslizando pelo chão e por baixo da porta.

Ele ouviu o clique da fechadura e então Voldemort saiu. Harry se agachou, o braço estendido para que Voldemort pudesse se esconder debaixo da manga novamente, então se endireitou.

Ele abriu a porta e entrou, fechando-a atrás de si e trancando-a. Harry correu escada acima, franzindo o nariz com o cheiro de bebida, e trancou a porta depois de entrar em seu quarto. Ele tirou os sapatos perto da porta.

"Ela provavelmente desmaiou. Aposto que ela está bebendo" Harry disse, e se jogou na cama depois que Voldemort apareceu ao lado dele.

"Provavelmente" disse Voldemort, e se acomodou na beira da cama. "Eu me pergunto se eles encontraram seu tio" ele meditou.

Brilho das Almas PerdidasOnde histórias criam vida. Descubra agora