Viagem

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Harry se aninhou em sua cama, com as cortinas fechadas na janela. Voldemort tinha acabado de sair de sua manga e apareceu ao lado dele.

"Já sinto falta da casa de campo" Harry choramingou.

Voldemort acariciou o cabelo de Harry. "Nós voltaremos. Está tudo bem."

Harry realmente esperava que tivesse a chance. Afinal, ele já tinha quatorze anos. E se-

"Mesmo que minha alma amadureça antes de nós irmos?" Harry murmurou.

"Sim" Voldemort respondeu depois de um momento. "Podemos até fazer sexo lá, se você quiser."

Harry sorriu. "Isso seria legal." ele murmurou.

Voldemort deitou-se ao lado dele e Harry aconchegou-se ao seu lado. Ele estava um pouco preocupado com a possibilidade de ser afastado, mas Voldemort permitiu que ele fizesse o que quisesse.

Ele sentiu dedos traçando a cicatriz em sua testa e perguntou: "Você sempre coloca essa marca na testa do seu invocador? Ou você faz marcas diferentes em lugares diferentes?"

Voldemort cantarolou baixinho. "Eu faço o que parece natural no momento", respondeu ele.

Harry enroscou os dedos no cabelo de Voldemort e puxou suavemente os fios. "Me beija?"

Voldemort se inclinou e pressionou seus lábios contra os de Harry. Harry moveu seus lábios contra os de Voldemort, sem tentar aprofundar o beijo.

Parecia mais doce assim. Mais inocente e afetuoso.

Voldemort percebeu isso também ou não?

Sempre que Voldemort o beijava, seu peito ficava quente e confuso, e ele sentia como se pudesse viver mil anos e ainda assim não se cansar deles. Se houvesse opção, Harry trocaria sua alma por um beijo com Voldemort qualquer dia.

Ele se afastou depois de um momento. Harry não sabia se ele estava apenas esperançoso e imaginando isso, mas parecia que Voldemort havia tentado se recostar por mais um momento.

Harry se sentia tão idiota às vezes. Esse sentimento era tão parecido com o que os livros descreviam como amor, mas ele não poderia estar apaixonado por Voldemort.

Certo?

Harry de repente amaldiçoou quando esse pensamento o lembrou de livros. Ele ainda não tinha lido o diário de Voldemort, pois estava ocupado no ano passado, e nas férias ele ficava quase sempre fora de casa.

Voldemort beliscou seu braço. Harry se afastou dele e olhou furioso.

"Sem palavrões" disse Voldemort categoricamente. Harry mostrou a língua para ele.

Harry relaxou contra os travesseiros e abriu o livro que segurava. Voldemort estava deitado ao lado dele, de olhos fechados, mas era altamente improvável que ele estivesse dormindo.

Ele começou a ler, suas cortinas abertas para permitir que a luz de sua lâmpada iluminasse as páginas, distraidamente passando os dedos pelos cabelos de Voldemort enquanto o fazia.

Harry fechou o livro depois de colocar um marcador nele - Luna fez isso para ele. Ele a adorava - para evitar que perdesse o lugar, depois colocou-o na mesa de cabeceira. Depois de colocar os óculos ao lado do livro, ele desligou a lâmpada, deitou-se e aproximou-se de Voldemort. "Como você se tornou imortal?"

"Você não precisa saber disso" Voldemort respondeu, e Harry abriu a boca para perguntar o porquê, mas Voldemort já estava falando novamente, "Isso me coloca em risco, e não permitirei que haja qualquer chance de eu morrer. Agora fique quieto e vá dormir."

Brilho das Almas PerdidasOnde histórias criam vida. Descubra agora