Capítulo 08

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Selim achou que tudo ficaria bem

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Selim achou que tudo ficaria bem.

Ele conquistou o respeito do pai e de vários nobres importantes, o povo o reconhecia como um bom príncipe.

Mas nem tudo estava bem.

–Eu errei com você, Selim.

Ele fica muito confuso com o tom de Süleyman.

–Pai?

–Errei com você Selim. Eu te escolhi porque você era o menos pior. Eu devia ter te escolhido porque você era o melhor.

Selim fica um pouco abalado. Mas ele admitia que tinha lá os seus defeitos. Ele não era hipócrita para dizer que não cometeu seus erros. Na verdade foi um choque quando foi anunciado como o sucessor de Süleyman.

–Mustafá é facilmente manipulável e não percebe quando está sendo usado nos planos de pessoas ambiciosas. Bayezid é tolo, crédulo e cabeça quente, não pensa antes de agir. Você pelo menos sabe ouvir a sabedoria dos outros e sabe qual lado é o vencedor. Nisto puxou a astúcia de sua mãe. Eu me envergonho por isso. Porque você é capaz sim, Selim, e eu vejo agora. Perdoe esse velho homem tolo por ser cego as suas qualidades, meu filho.

Selim apenas sorri e abraça seu pai.

–Quando Mehmed morreu, parte de minha alma morreu junto. Mas agora, sinto que essa parte se renovou. Você é digno desse trono, Selim. Não duvide disso. Eu, o sultão do mundo, tenho orgulho em ser pai de um príncipe como você! -declara Süleyman.

Selim passou o dia muito feliz. Mas quando a noite chegou, a felicidade com o reconhecimento obtido prontamente teve um fim.

Ele ouviu uma conversa de Hürrem e Mihrimah.

–Mamãe, a senhora se arrepende de mandar Selim para Manisa? Pois eu sei que foi a senhora quem comvenceu meu pai de nomear Selim herdeiro.

"Então isso era um plano da minha mãe o tempo todo!"

–Eu não imaginava que isso iria acontecer, Mihrimah. Seria apenas uma medida provisória. Selim nunca seria levado a sério e nunca o veriam como ameaça. Eu esperava que Bayezid adquirisse experiência e bom senso, pois ele tinha muito potencial e seria visto como ameaça a Mustafá. Eu não pensei que Selim fosse mudar tanto, pensei que continuaria aquele bêbado covarde e...

Selim aparece, dando um susto nas duas.

–Então era isso mãe? A senhora me colocou em uma posição perigosa para manter Bayezid em segurança? Pensou que eu sempre seria um bobo da côrte e nunca seria um desafio.

Hürrem tentou achar uma maneira de explicar seu raciocínio ao filho.

–Selim, você não entende, matariam vocês dois se eu...

Ele estende a mão em pedido de silêncio.

–Não preciso ouvir mais nada, Haseki Hürrem Sultana.

–Selim, a nossa mãe não queria o seu mal, ela queria...

–Não, sultana Mihrimah. Não preciso de explicações. Eu entendi muito bem. Vocês duas acharam que eu sempre seria um fraco e eu estava apenas esquentando o lugar para Bayezid não é? Pois então que seja feita a sua vontade!

–Selim... -Hürrem tenta de novo.

–Eu não duvido de seu amor, não se preocupe. Você apenas ama mais Bayezid e isso basta. Mesmo quando sou ele e não eu que te escuta. Mesmo quando é ele quem insiste em apoiar o filho da mulher que quer matar todos nós.

Ele ri, uma risada desanimada e irônica.

–É incrível como as mães amam tanto o filho problemático, e muito mais que o filho obediente! Quando eu não ouvi suas palavras? Quando eu não fiz o que você disse?

Ele respira fundo.

–Eu passei a vida inteira com Bayezid arranjando brigas e discussões comigo. Eu sempre soube que Mihrimah preferia ele, e que Bayezid e Cihangir preferiam Mustafá. O único que eu tinha era Mehmed, e ele morreu. Sim, eu bebia, porque sabia que não tinha ninguém por mim! Eu bebia para esquecer minha tristeza! Eu bebia porque nunca fui a escolha de ninguém! Eu bebia porque pensava que mais cedo ou mais tarde ou Mustafá ou Bayezid iriam me matar! Então chegou Nurbanu, que foi minha luz, me iluminou, e eu a perdi também... Eu bebia  e no meu maior momento de fraqueza nunca pude contar com meus próprios parentes! Mas quando pude contar com qualquer um?

Ele estava cansado disso.

–Vou fazer o que você quer, sultana. Bayezid sentará neste trono como deseja. Mas na minha família nenhum de vocês botará as mãos! Essa é a minha condição! Podemos ser sangue, mas desisto de ser sua família! Se esse trono é tão importante, engula-o!

Antes de sair, ele lança um último desprezo.

–Para alguém que tanto sofreu nas mãos de minha avó, a Valide Ayse Hafsa Giray, você está muito parecida com ela! É triste ver o que o poder pode fazer com uma mulher como a senhora!

Então ele sai, se afastando do lugar.

Hürrem sabia que estragou sem volta a sua relação com seu terceiro filho. Selim naquele dia fechou seu coração para a mãe e a irmã. E não voltaria a abrir.

 E não voltaria a abrir

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AYNUR MIHRISAH-Sehzade SelimOnde histórias criam vida. Descubra agora