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— Obrigada! — Agradeci com um sorriso, sentindo o aroma delicioso que aquele café em específico exalava

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— Obrigada! — Agradeci com um sorriso, sentindo o aroma delicioso que aquele café em específico exalava.

— Você não mudou nada, Jimin... — Eu o olhei singelo, sem saber o que dizer. — Você continua a mesma garota pela qual me apaixonei.

— Por que está falando disso agora? — Resmunguei. Qual é?! Ele tava acabando com o clima amigável que estava surgindo. — Toma seu café, e fica de boca fechada.

— Mi-ha... — Citou o nome da filha enquanto olhava para sua xícara de café.  — Lembra da origem desse nome?

Por que ele insistia em lembrar do passado?!

—...nós pensamos em dar esse nome para nossa futura filha... — Respondi sem jeito, sem saber como agir.

— É por isso que nomeei minha filha de Mi-ha. Park Mi-ha.

— O que?! — Indaguei alterada. — Park Mi-ha?!

— É, Jimin. — Sorriu. — Se você acha que eu superei nosso relacionamento, minha filha é a prova viva de que não.

— Você teve uma filha com outra mulher, Jungkook! Como posso acreditar nessa historinha?

— Uh, — Suspirou, bebendo um pouco de seu café. — A verdade, é que foi um acidente...

— Como um acidente? Engravidar outra mulher foi um acidente? — Talvez eu estivesse apenas com ciúmes.

— Lincey, é o nome dela. Nos conhecemos em uma boate noturna...

— Boate noturna? Você nunca foi de festas. — É óbvio que eu não acreditava.

— Meus amigos me arrastaram para lá. Eu estava com baixo astral. Não sorria, não saia com eles, apenas pensava nos estudos.

Eu escutava seu discurso decorado, enquanto apreciava meu café.

— Era para ser um caso de uma noite. Mas, tudo aconteceu tão rápido, e quando me deparei, eu estava prestes a ser pai.

Me mantive em silêncio, apenas o observando.

— Eu sei que não acredita nisso...

— Como acreditaria?

Jeon pegou seu colar que estava usando, e o retirou de dentro de sua jaqueta, mostrando que o pingente daquele colar, na verdade, era sua aliança.

— Você... — Deixei a xícara de café sobre a mesa, e me aproximei levemente, segurando a aliança, a admirando. — Você usou isso esse tempo todo?

— Eu não te esqueci, Jimin. — Segurou minha mão, impedindo de que a retirasse de lá. — Eu não sou capaz de te esquecer. Mesmo depois de tanto tempo...

— Jeon... — Prestes a dizer o que sentia, meu celular vibrou sem parar. Alguém estava me ligando, e parecia ser importante. — Eu preciso atender.

Retirei o celular de meu bolso, e atendi a ligação, me levantando e indo até o banheiro.

— Rosé? O que foi?

— Jimin cadê você?! — Parecia preocupada. — O chefe está doido atrás de você!

— Uf, meu dia está um caos, Rosé. Pode dizer ao chefe que estou doente?

— O que aconteceu com você? — Ela sempre se preocupava comigo, e eu a admirava por isso.

— O pneu da minha moto furou, estou encharcada, e pra piorar, o Jungkook retornou a Seoul.

— Jungkook? Espera aí, o seu Jungkook?!

— Que papo é esse de "seu Jungkook "? — Soltei o ar, pensando que tudo poderia piorar. Jeon estar perto de mim, não era coisa boa, ainda mais quando eu ainda sentia algo por ele. — Mas sim. Aquele Jungkook.

— Talvez você precise de um dia de folga mesmo. Irei avisar ao chefe que você está doente.

— Obrigada, Rosé. — Eu estava aliviada pelo fato de ter alguém para me encobrir no trabalho. — Pago o jantar amanhã.

— É claro que sim, acha que estou fazendo isso de graça? — Brincou, desligando a ligação em seguida.

Ao sair do banheiro, percebi que havia uma moça na mesa em que Jeon estava. Eles conversavam, e ela parecia sorridente. Quem era ela? E, o que queria com ele?

— Hum. — Cocei a garganta para percebessem minha presença ali, já que pareciam distraídos de mais. — Jeon?

— Jimin, essa é Yuna. — Apontou para a garota que sorriu. — Uma amiga do colegial. Yuna, essa é Jimin...

— Seu primeiro e único amor. — Completou a frase de Jeon o deixando sem graça. — É um prazer finalmente conhece-la.

— A... — Sorri sem graça.

Em vista do nosso desconforto, ela não demorou muito para perceber, e se desculpou por ser tão invasiva. Se despediu, e mais uma vez pediu desculpas pelo acaso.

— Preciso ir. Mi-ha passou mau na escola, e está me esperando.

— A, tudo bem. Obrigada mais uma vez por me ajudar. — Fiz reverência em forma de agradecimento.

— Não tem que agradecer. Quer que eu a leve para casa? — Neguei gentilmente com a cabeça. — Tem certeza? Posso levá-la...

— Não se preocupe. Posso pedir um táxi. Aliás, já tomei muito do seu tempo por hoje.

Ele sorriu sem mostrar os dentes, e se despediu, saindo às pressas.

Quando me aproximei do balcão para realizar o pagamento, percebi que Jeon já havia pago a conta, sem que eu visse. E pelo visto, eu não fui a única que não mudou nada.

𝐌𝐞𝐮 𝐯𝐢𝐳𝐢𝐧𝐡𝐨 𝐞́ 𝐦𝐞𝐮 𝐞𝐱! Onde histórias criam vida. Descubra agora