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Um final de semana juntos, e muitas gargalhadas, era a única coisa que precisávamos. Mas, é claro, que nem sempre, o que queremos manter, é contido.

Tudo começou com uma ligação repentina de meu pai. Ele estava ciente pela situação que jeon estava passando, pela guarda de sua filha, mas, como a vida não é feita como um mar de rosas, muitas coisas iriam complicar perante ao processo desse julgamento. Não era meu pai quem decidia o que fazer com o caso, nem eu, nem Jeon. Quem tomava a decisão final, era o juíz. Tudo estava nas mãos do universo, e, tanto eu, como Jungkook estávamos confiando cegamente na ordem maioral.

— Eu conseguiu algumas evidências de que, a mãe de Mi-ha, é muito conhecida no mundo jurídico. — Pôde-se ouvir as paginas de um arquivo, ou até mesmo um livro, ser reviradas. — Seu pai foi um grande advogado na Polônia, e obteve muito sucesso quando ganhou diversos casos famosos e conhecidos pelo país inteiro.

Eu sabia que não seria fácil. Afinal, coisas fáceis nunca estão ao nosso alcance, e quando estão, com certeza, não é pra estar lá. Desde pequena, aprendi que devia lutar e correr atrás de meus objetivos e desafios, e foi assim que cresci ciente do que a vida se tratava.

— Porém, — Sua fala fez com que minha própria mente criasse um pingo de esperança. Era o que me faltava durante toda aquela conversa. — Um dos juízes eleitos para tomar o caso, é um grande amigo meu. Atuamos em diversos casos juntos, e confio em seu trabalho. Vamos conseguir livrar o Jungkook desta situação, filha. Seja paciente.

— Obrigada por isso, pai.

— Ora, não agradeça. Sou seu pai, e sei que qualquer pai que amasse a filha, faria isso por ela.

— Eu te vejo amanhã. — É claro que eu não podia lidar com tudo isso, apenas através de ligações com meu pai. Eu iria fazer uma visita a meus pais, já que, fazia alguns dias que não os via.

— Tudo bem? — Jeon caminhou em passos calmos até a sacada, onde eu fazia a ligação com meu pai. — Parece tensa.

— Eu tô bem. — Sorri aliviada, sabendo que tinha total apoio das pessoas ao meu redor. E, só de imaginar Mi-ha feliz ao lado de Jeon, era tudo que importava. — Só preciso de um vinho, e...quem sabe, um filme?

— Tudo o que você quiser, Boneca.

Sempre gostei da forma que Jungkook era sempre generoso, e dócil, perto das pessoas com quem se importava. Por fora, mantinha uma marra imensa, mas por dentro tinha um coração quentinho, que precisa de muito amor.

Não podíamos desperdiçar nosso tempo juntos. Estávamos envolvidos de uma forma que eu jamais imaginei. Não contava com sua volta em minha vida, muito mesmo com essa proximidade que estamos tendo agora.

— Onde está Mi-ha? — Estávamos sentados no sofá. Enquanto Jeon servia duas taças de vinhos, e meus dedos percorriam pelo controle, em busca de um filme.

— Hã, ela dormiu. Coloquei ela no quarto de hóspedes...

— O que? — O olhei pasma. — Por que colocou ela lá? O quarto está sujo, e mau tem cobertores. Devia ter colocado ela no meu quarto!

— Ei! — Sorriu deslumbrado. — O quarto não está sujo, e tinha cobertores o suficiente para aquecê-la durante a noite. Relaxa!

Soltei o ar pela boca, sentindo alívio. Por um instante, me senti como a mãe de Mi-ha, estava tão preocupada com o bem estar dela, e se ela passaria frio ou não, durante a noite. Pode não parecer, mas a cada instante que eu passo com Jeon e Mi-ha, eu me torno parte da família. Mesmo que tudo isso aconteça molécula, por molécula. Eu estava me tornando uma deles.

— Não fica preocupada. Já tem estresse de mais nessa cabecinha, não acha? — Sutilmente, me puxou para seus braços, para que eu me deitasse juntamente dele. Me aconcheguei, quando sentia um grande sentimento de segurança, estando tão perto de Jung. Poderíamos fazer isso diversas vezes, mas será como a primeira...

𝐌𝐞𝐮 𝐯𝐢𝐳𝐢𝐧𝐡𝐨 𝐞́ 𝐦𝐞𝐮 𝐞𝐱! Onde histórias criam vida. Descubra agora