0.8

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Após uma noite bem dormida, Jimin finalmente retornou ao seu trabalho. Mesmo trabalhando lá há tanto tempo, nunca teve coragem de faltar, já que seu chefe era muito rigoroso com regras, e com seus funcionários. Mas, com Jeon de volta, tudo pareceu mudar para Park. Tudo parecia mais leve, mesmo Jimin tendo que lidar com suas paranóias que sempre o levava de volta para o passado.

— Pensei que nunca mais veria você! — Rosé resmungou ao encontrar com a loira no elevador.

— Você deve me amar muito, não é? — Brincou arrancando uma risada da garota.

— Mas agora falando sério, Jimin. — Ficou séria. — Por onde você esteve?! Por que não respondeu minhas mensagens?

— Rosé, minha vida tá uma loucura depois que Jeon voltou...

— Não coloque a culpa nele, Ji! Eu sei que você não o superou e que ainda gosta dele...Você não está conseguindo distinguir isso.

— Ele tem uma filha, tem noção disso?!

— Eu tenho noção disso, Jimin. — Respirou fundo. — Mas, as coisas mudam. Pessoas mudam. Não sabe o que Jeon sente, mas ele sabe o que você sente por ele, porque você não consegue mudar isso, mesmo depois do que passou por causa dele.

Mesmo sabendo a verdade, Jimin se recusava a acreditar que Jungkook ainda poderia ter sentimentos por si. Se passaram tantos anos, as possibilidades disso serem verdades, eram extremamente baixas.

— Eu não sei o que faço, Rosé.

— Tire provas de que ele sente algo por você ainda, e se sentir, — Deu um sorriso pequeno. — Você sabe o que fazer.

— Olha só, mesmo nunca ter tido um relacionamento verdadeiro com alguém, você sabe de mais.

— É como dizem, um mágico nunca revela seus segredos. — Soltou uma piscadela, antes do elevador se abrir, e ambos se separarem.

[...]

19:30 PM

Jimin estava exausta e não parava de pensar em sua cama, e como ela estaria confortável e aconchegante.

Com seu salto apertando e machucando seus pés, Jimin andava em passos lentos e torturantes até seu apartamento que não estava muito longe. Do elevador a porta de sua casa, levava ao menos 5 minutos para chegar. E assim que chegou ao corredor, soltou um longo suspiro.

— Imagino que seu dia tenha sido longo. — Sussurou atrás da loira que deu um pequeno sobressalto ao se assustar.

— Caramba! Como você chegou em silêncio?! — Indagou com certa alteração ainda por conta do susto.

— Foi mal, loirinha.

— Onde está Mi-ha? — Deu-se conta que Jeon estava sem sua filha, o que era novidade.

— Qual é? — Riu soprado. — Eu não vivo grudado com minha filha.

— Jura?

— 'Tá legal! Talvez eu viva. — Sorriu, consequentemente fazer Park sorrir. — Ela está com a mãe.

— A, eu não sabia que ela morava aqui...

— E não mora. Ela mora no Canadá, com o noivo. Vem para Coréia, de duas em duas semanas para ficar com Mi-ha. — Jeon sabia o quão difícil era deixar sua filha nas mãos de Lincey, já que a mesma era tão gananciosa, e despreocupada com a filha que gerou.

— Pelo menos ela é uma mãe presente...

— Hum, não. — Park franziu o cenho, então Jung prosseguiu. — Lincey não liga para Mi-ha. Apenas a cria por conta da justiça.

— Mas se ela não cuida da própria filha, por que a justiça obriga? — Parecia estar cada vez mais interessada em saber sobre a tal de Lincey.

—... — Sorriu de canto, sabendo o que Jimin queria tirar de si. — Ela quis fazer cena para impressionar o noivo, que jura que ela é uma mãe responsável. Fomos obrigados a ter guarda compartilhada.

— Isso é horrível, Jun.

— Jun? Me lembro de quando você me chamava assim...

— A... — Sorriu nervosa, inserindo a chave em sua porta.

— Está com problemas nos pés, Boneca? — Era evidentemente que Jimin estava com dificuldade de andar.

— A, não se preocupa.

— Como não me preocupar? você está mancando feito um cachorrinho que quebrou a pata.

— 'Tá legal. — Se entregou. — Esse salto está me matando!

— Uma massagem melhoraria a dor que está sentindo.

— Não tenho tempo para ir no massagista.

— E quem disse em massagista? — Deu um sorriso de canto, dando a entender ao o que estava se oferecendo. — Posso fazer isso por você.

— Não, não precisa. Não quero atrapalhar você. Deve estar tão cansado quanto eu.

— Continua teimosa. Olha só... — Coçou a nuca, parecendo um tanto ansioso. — Irei vir ao seu apartamento para cuidar de você. Me dê apenas dez minutos.

— Jeon-...

— Dez minutos, Jimin. — A interrompeu, finalmente a convencendo.

𝐌𝐞𝐮 𝐯𝐢𝐳𝐢𝐧𝐡𝐨 𝐞́ 𝐦𝐞𝐮 𝐞𝐱! Onde histórias criam vida. Descubra agora