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— A, Jeon. Como é bom ver você! — Ouvi minha mãe falar altamente da cozinha. Assim como meu pai, fui até lá, vendo Jeon e Mi-ha junto com minha mãe.

— Fico feliz em revê-la também, senhora Park. — Eu podia estar incrédula pelo o que Jun fez ao vir aqui de surpresa, mas, aquele sorriso me desmontava por inteira.

— Ora, me chame de Han-sun! Já faz anos que nos conhecemos.

Cocei a garganta, chamando a atenção dos três que, até então não havia percebido a minha presença e a de meu pai.

— Jun, podemos conversar? — Perguntei, vendo-o assentir com um sorriso canteiro. Aquele maldito sorriso.

Fomos até um canto, e meus pais trataram de conhecer Mi-ha, e é claro que eles amavam crianças. Há tempos pediam por netos, mas nunca fui capaz de realizar esse desejo. Jamais dormiria com alguém por quem não sou apaixonada.  

— O que você está fazendo?! — Estávamos em um cantinho escuro da sala, onde era mais afastado da cozinha.

— Ué, eu vim ver seus pais, bebê.

— Por que, Jun? — Não é que eu não queira estar com Jeon, e ver ele se dando bem com meus pais, mas, fui pega de surpresa.

— Porque eu queria ver você, Jimin. Eu queria estar com você, e com seus pais.

Eu poderia estar desacreditada, mas o que eu sentia por Jungkook, e o quanto eu gloriava sua presença, limitava toda a minha raiva.

— Olha só... — Desviei o olhar brevemente, mas quando retornei o olhar para seus olhos, vi um grande brilho em sua orbes escuras. — Me desculpe por agir assim. Fiquei apenas nervosa e surpresa.

— Não tem que se desculpar. — Sorriu deixando um selar em minha cabeça. Ato carinhoso que eu tanto amava. Principalmente vindo dele.

Voltamos a cozinha, e vi que meus pais estavam brincando com Mi-ha. Aquela cena me deixou tão contente e comovida, que eu pude sentir meus olhos se encherem de água. Ter netos era o sonhos de meus pais. E ter uma família, era o meu sonho. E só agora, percebi que eu estava seguindo o rumo de meu sonho.

— Mãe, quer ajudar para preparar o almoço? — Vi mamãe assentir, e Mi-ha se voluntariou para nos ajudar também. O que seria ótimo para nós.

— Jeon, vamos bater um papo, uh? — Papai falou em um tom sério, olhando diretamente para Jeon. Óbvio que era apenas uma brincadeira. Meu pai e Jungkook sempre se deram bem, e mesmo depois do que aconteceu entre a gente, papai não deixou de acreditar na bondade quem existia em Jungkook.

— Claro. — Sorriu, seguindo meu pai, até chegarem ao escritório, e por lá ficarem.

— Me diz... — Com as mãos ágeis, mamãe lavava a acelga. — Pretende se casar com o Jungkook, filha?

Por que essa pergunta tão de repente? E ainda, perto da filha dele.

— Que isso, mãe? — Olhei para Mi-ha sobre os ombros para ver o que ela acharia desta pergunta, mas ela parecia descontraída, e pareceu não se importar com a dúvida de mamãe.

— Filha, você ama ele. Está estampado na sua cara!

— Deixe as coisas serem guiadas pelo tempo... — Por mais que mamãe estivesse certa, eu deixaria que as coisas acontecessem, conforme fosse para acontecer.

— Jimin-ssi... — A voz doce da pequena soou em meus ouvidos. A olhei esperando sua fala. — Você pode casar com o papai?

— Hã? — Pude sentir um nó na garganta. Mas não por se sentir desconfortável, sim por ser surpreendente ouvir isso de Mi-ha.

— O papai sempre fica feliz quando está com você. Quando estamos sozinhos ele mau sorri...

— Como assim? Ele deveria sorrir com a própria filha! — Resmunguei, e garotinha sorriu.

— Com você ele sorri mais, Ji.

Nesse momento, Jeon juntou-se a nós, junto de meu pai. Ele estava sorridente, eu não entendia ao certo do porque de seu sorriso estar tão deslumbrante, mas podia ser apenas uma piada que papai fez com ele.

— Como foi lá? — Perguntei a ele, quando se aproximou de mim.

— Seu pai está me ajudando muito.

— Fico feliz, Jun. — Sorri.

— Aliás, quero ter atenção de vocês por um instante... — Anunciou aos presentes na cozinha, que olharam imediatamente para ele.

— O que está fazendo? — Indaguei curiosa.

— Jimin, eu não vim aqui apenas para visitar seus pais. — Franzi o cenho o olhando. — Vim pedir a benção de seu pai também...

— O que? Como assim benção?

— Jimin... — Se ajoelhou em minha frente, e eu poderia sentir que meu coração dispararia pela boca. Jun retirou uma caixinha vermelha aveludada de seu bolso, e foi quando senti minhas pernas enfraquecendo. — Casa comigo?

Olhei para meus pais que estavam sorrindo. Mamãe estava com o olho encharcado. E papai com um sorriso de orelha a orelha. Minhas mãos tremiam, e meus olhos piscavam descontroladamente.

— Jeon, eu... — Vi seu sorriso diminuir. — Sim.

Ele realmente pensou que eu negaria seu pedido? Seu sorriso reapareceu com mais fervor. Ele se levantou, e colocou o anel de noivado em meu dedo. Eu não conseguia acreditar, que o momento que eu esperei por toda minha vida, estava acontecendo.

𝐌𝐞𝐮 𝐯𝐢𝐳𝐢𝐧𝐡𝐨 𝐞́ 𝐦𝐞𝐮 𝐞𝐱! Onde histórias criam vida. Descubra agora