Kara Zor-el
Oh, rao! Eu amo este lugar.
Pela manhã eu e meu pequeno Locke passeavamos. Atrás de minha casa tinha uma colina e em seu topo um belo bosque, colorindo com seus tons de verde, um cheiro de terra molhada e frustas frecas. Tinha chuvido noite passada, então era bem melhor visitar o bosque em um momento como esse! As folhas estavam molhadas, alguns caracóis e miconhas saiam das tocas e um novo universo poderia ser admirado no vasto dos fungos verdes.
Sorri ao ver novos brotos ao chão.Locke- Mamãe veja! O lago está mais verde!
O observei enquanto deixava ser puxada pelo meu pequeno.
- Ele está lindo! Vamos dar oi para Alfredo?
Locke- Claro!
Nós sentamos na beira do lago, algo maravilhoso que não contei, era como uma grande e bela sauna.
Locke pegou o grande petisco para alfredo e segurou esperando que a qualquer momento ele se aproximasse, e assim o fez, alfredo saltou sobre a carne a levando os dentes. Alfredo era um crocodilo que tinha mais ou menos 4.5 metros de largura, ele era esplêndido! Seus olhos eram tão verdes e tão esbeltos que me causavam arrepios, era como se por trás daquele olhar houvesse uma grande dúvida. Eu nunca saberia o que esperar dele, nunca poderia dizer o que passa atrás de sí! Exceto quando ele fecha os olhos e resmunga com o cafuné de Lucke.
- Ah você está cada dia mais fofo alfredo!- Comentei com um sorriso esbelto, olhando de soslaio vi uma morena de óculos escuros se aproximar.
Para que óculos escuros em um dia chuvoso?
Meus pensamentos foram cortados quando Alfredo se levantou da água para ataca-lá, ele não gostava de pessoas estranhas e fui muito ranzinza até que nós o pudéssemos consquista-ló.
Fiquei em frente a morena de pele pálida e então vi meu amigo se afastar.
- Oh, meu rao, oh Meu rao! Não está assustada?
A morena mantinha uma cara fechada e isso me encheu de dúvidas.
Lena- Do que está falando?
- Bem, meu crocodilo quase lhe atacou, está perdida no bosque?- Franzi as sombrancelhas e uma pequena brisa bateu sofre sua face, fazendo os cabelos saltitarem.
Lena- Um crocodilo, seu amigo? Há!- Tirou sarro e arrumou os óculos escuros no rosto.- Moro atrás do bosque.
- Eu também!- Falo animada.- Bem, do outro lado! Moro com meu pequeno Locke, como você pode ver ele está brincando com Alfredo e é um pouco tímido.
Ela pressionou os lábios.
Lena- Inacreditável.
- Você é nova aqui?
Lena- Sou.
- Oh! Então deixe-me explicar! Este campo é mágico, a natureza fala com a gente a todo instante e podemos ser amigo de qualquer animal, desde que conquistemos sua confiança. E isso não é a única mágica presente aqui, é como estar em um sonho bonito, a beleza, o coro, os sons e as cores. Tem mágia para todo lado! O campo não permite inimizades e angústias! Quanto melhor você tratar as terras mais mágica e farta será sua vida! E não se assuste, temos sereias, fadas, elfos e bruxas!
Lena- Isso é ridículo, não achei que uma vila pequena como essa teria espaço para pessoas cruéis fazendo piadas como você!- Ela cuspiu e então se virou ferozmente, caçando o rumo de onde veio.
Me perguntei o que foi este comportamento. Jamais o vi, nunca tinha visto pessoas novas, e nem pessoas ranzinzas por aqui. Como ela poderia? É a nossa vila mágica.
Deseijei que a floresta também a encantasse, que ela pudesse amar as árvores e então receber sua recompensa de bons sentimentos.
Locke- O que ela tem mamãe? Podemos ajuda-lá?
- Acho que sim, podemos fazer uma torta bem gostosa para que ela se sinta feliz! O que acha?
Locke- Ótimo! Vou buscar a cesta e você procure os morangos.
[...]
Por volta das sete toquei na primeira e única casa após o outro lado do bosque.
Lena- Quem é?
- Oi, sou eu, de mais cedo! Meu nome é Kara aliás. Qual seu nome?
Esperei resposta mas ela não deu então prossegui.
- Eu trouxe uma torta de morango com frescas, está esplêndida.- Corei.- Sei porque provei uma pequena parte..
Lena- Está envenenada?
- O que? Oh, não! Não! Eu sou uma boa pessoa branca de neve.
Lena- Branca de neve?
- Bem, você não me deu uma resposta de seu nome, e eu te achei perdida no bosque. Sem contar que é branca como a neve.
Lena- Não faça isso de novo. Como posso saber se sou realmente branca ou se isso é só mais uma piada? Diga, eu não sou preta?
- O que...?
Locke- Mamãe, acho que a branca de neve é cega.- Falou em tom sério e ressentido, como se pedisse desculpas.
Eu engasguei.
- O QUE?
Lena- Vai dizer que não sabia?
- Não, oh! Não mesmo. Eu sinto muitíssimo, deveria ter percebido pelos óculos em um dia tão ranzinza..
Me envergonhei.
Lena- E qual é daquelas piadas?
Locke- Não são piadas branca de neve, e eu sinto muito que não possa ver para contemplar a mágia.
- Mas você ainda pode sentir-lá, ouvi-lá, cheirar-lá! Eu sei que sente essa energia mexendo pelos tendões do pé, se permita branca de neve.
Lena- Supõe que eu acredita.- Ela pegou a torta com fragilidade e colocou sobre a mesa.
Ela é bem impressionante.
- Já iremos, volto pela manhã e te mostrarei as magias de nossa terra!
Lena- Hmm, vou pensar se irei levantar da cama.- Ela fechou a porta em nossa cara.
Ri junto de Locke e pegamos nosso caminho.
- Ela é como alfredo!
Locke- Penso que eles se tornaram grandes amigos.
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Jardim Encantado. (KARLENA/SUPERCORP)
FanfictionLena acabará de perder tudo e recomeçar em uma pequena vila no campo, composta por natureza e tranquilidade. Kara morava na vila a muitos anos, a cinco anos ela se tornou mãe, quando em uma noite escura o boto que um dia já viverá pelas redondezas...