Guerra ganha, mas perdida.
Eu estava a aceitando, perdoando ela. E então, ela se foi. Eu estou fadada a me martirizar, me sentir culpada; Mas não quero. Não quero deixar esse clima quando as coisas finalmente ficam boas. Eu quero poder mostrar a Lena como amo ela!Mas agora eu só consigo olhar para para o grunado, com os pés molhando na água, imbuída e aturdida. Como vou ama‐lá assim? Como vou fazer ela ficar?
De uma hora para outra tudo se deslocou, estou tão perdida. Não sei como reagir. Não sei como engolir que expendi parte da minha vida vivendo errado.
Lena— Kara? Tudo bem?
— Uhum, senta aqui.
Bati a mão na madeira fazendo barulho para que ela escutasse onde eu estava. Ela se sentou. Deitei o rosto em seu ombro e ela encostou o seu por cima.
Lena— De verdade, como você está?
Me lástimo.
— Não sei. Estou feliz por ter você e por isso ter acabado. Mas, em todas as outras partes... É mórbido. Eu sinto como se eu estivesse vazia, como se eu fosse apodrecer.
Declarei de maneira dolorida, guardaria todo meu romanticismo para minha vida interior, e me afogaria nisso de designo.
Lena— Eu sei como é, eu entendo a perda. Você sente que vai morrer, todavia, você só se sente assim porque está viva.
Sorri e deixei uma lágrima escorrer.
Lena— Com o tempo a dor se torna carinho, quando você se lembrar dos momentos não vai mais chorar, vai sorrir. Vai estar em paz por um dia ter vivido o amor dessa pessoa, o plangor no fim de um siclo demonstra o amor que já existiu. É amor, é lindo. Você não choraria por um estranho.
circundei ela e meu pranto se derramou em seus braços.
— Ela me disse uma coisa sobre você que eu nunca vou esquecer.
Arrumei seu cabelo para trás da orelha, ela mordeu os lábios suavemente e respirou profundamente.
Lena— O que ela disse?
— Que para você, eu sou azul.
Ela abriu um sorriso envergonhado.
— Pra mim, você é verde.
Lena— Por quê?
— Porque ele é limpo, demonstra a pureza através das pequenas coisas; Como os ramos, ou os fungos. Ele me encanta, me lembra da sorte e da esperança. Da sorte que tive de encontrar você, da esperança que tenho sempre que vejo seus olhos cintilantes.
Agora foi uma daquelas vezes em que eu senti que ela me enxergava. Me olhou tão intensamente, se aproximou e roçou os dedos nos meus lábios, sentindo‐o. Sentindo cada onda de choque que meu corpo fazia, inebriante por ela.
Lena— Você me beijou. Você me disse coisas bonitas.— Falou pausadamente, como se ainda não estivesse acreditando.
— Eu fiz. Eu quero fazer muito mais.
Lena— Por quê?
— Porque eu te vejo verde.
Porque estou apaixonada por você.
Lena— Você me enxerga. Eu te enxergo. Não as cores, mas a alma.
— A alma.– Repeti sutilmente.— A sua alma é tão linda!
Solto o ar, sorrindo. Seguro seu rosto entre as mãos e a beijo de novo. E de novo.
Eu amo beijar você Lena.
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Jardim Encantado. (KARLENA/SUPERCORP)
FanfictionLena acabará de perder tudo e recomeçar em uma pequena vila no campo, composta por natureza e tranquilidade. Kara morava na vila a muitos anos, a cinco anos ela se tornou mãe, quando em uma noite escura o boto que um dia já viverá pelas redondezas...