3• Faz tudo.

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Kara Zor-el

Por volta das sete e meia trouxemos Lena para casa, sorri para ela. Senti que talvez, uns pauzinhos dentro dela tenham hoje se ajeitado! E eu prometo a mim mesma que farei de tudo para ela ser feliz novamente.

Lena- Obrigada por hoje.

- Disponha!- Mexi nos dedos nervosa e Locke me cutucou.- E..amanhã eu poderia vir dar uma olhada em sua casa? Te ajudar com algo, talvez, ver se está tudo ok por aqui..

Lena- Quer ser minha faz tudo?

- É.., sim, tipo isso!

Lena- A troco de que?

- Hm..? Bom, nada! Você é nova aqui, eu gostaria de ajudar em seu ajuste, não é incomodo nenhum pra mim.

Lena- Quer me ajudar por que sou nova ou pela minha condição?- Falou com désdem. Seus olhos estavam incrivelmente escuros, talvez fosse a iluminação.

Fiquei nervosa, nunca passei por isso, nenhuma pessoa por aqui já havia me alfinetado, vi apenas em filmes.

- Lena.. não me entenda mal, eu só quero poder me aproximar e cuidar de voc..- Ela me cortou, retrucando:

Lena- Não preciso de ninguém cuidando de mim.

Suspirei tristemente, caramba!

Lena- Venha depois do almoço, não gosto de ser incomodada pela manhã.- E então ela bateu a porta.

Me virei para Locke com um sorriso e demos alguns pulinhos em vitória.

Passamos o bosque musgo até nosso chalé, retiramos as roupas do varão e eu já aproveitei-me para pegar as ferramentas de amanhã, deixando tudo sobre a carriola.

Locke- Mamãe por que aquela moça é assim?

Olhei para meu pequeno de cachinhos dourados.

- Nem todos nascem em um lugar gostoso como o nosso, acho que a civilização a deixou doente, mas a mamãe irá cuidar dela.

Locke- Podemos chamar ela para uma noite de capela?

- Claro! Não tem como não gostar da nossa noite de capela!- A noite de capela era montada em volta de uma fugueira, com doces deliciosos e meu violão. Passamos a noite cantando ou inventando letras, para nossa diversão, contando algumas histórias também!

[...]

Pela manhã Locke foi para escolinha, eles pintavam e aprendiam os segros da vila. Fiz cogumelos cozidos para o almoço e uma torta de framboesa para a sombresa, depois de me alimentar eu peguei rumo a casa de Lena.

Excitada, subi o monte e atravessei o belo bosque, parei sobre tua porta e toquei.

- Branca de neve?

Escutei a trava da porta girar.

Lena estava esbelta de beleza, seus cabelos bagunçados, os lábios úmidos e seu intenso verde brilhando em esmeralda. Fiquei paralisada por um bom tempo.

Lena- Kara? Está aí?!

- Ah, hm, sim!- Me enrolei um pouco.- As vezes eu esqueço que não pode me ver, se lembra de como teu olhar era marcante?

Lena- Lembro, como poderia esquecer? Eram os olhos de minha mãe.- Respondeu em um tom triste.

Coçei a cabeça e então instantâneamente eu a puxei para um abraço, no começo ela não retribuiu, mas então seus braços rodaram minhas costas. Os passaros cantaram de fininho, era o que faziam quando achavam ver o amor. Ri.

Lena- O que está fazendo?

Me afastei, e imediatamente senti falta de seu cheiro exuberante e amadeirado.

Jardim Encantado. (KARLENA/SUPERCORP)Onde histórias criam vida. Descubra agora