Capítulo 47

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Eu não sabia se estava fazendo o certo, estava com medo de realmente ser a pessoa que iria trazer o caos para aqueles que amo, a cada dia que passa estou mais diferente, todo dia algo novo...

E se eu perder o controle desses poderes? Não quero machucar ninguém.

- Decisão sábia - Hades diz e estrala os dedos, no seguinte momento eu estou presa em uma parede invisível com os meus dois braços esticados, duas algemas magicamente aparecem em meus pulsos apertando minha pele.

- O que é isso!? - pergunto tentando me soltar.

- Só pro caso de você querer desistir, sabe como é né...

- Larga ela Hades! - Meu irmão gritou.

- Quietinho - ele diz e estrala os dedos novamente, fazendo com que uma fita apareça na boca dele.

Ele tenta falar porém sua voz sai abafada.

- Não precisa disso eu já disse que aceito - falo me debatendo, senti o medo vir.

- Ah querida, mesmo que você não aceitasse acha mesmo que deixaria você ir com algo que me pertence? - vejo ele se aproximar de uma espécie de prateleira cheia de espadas, haviam de todos os tipos.

Isso não é nada bom...

- O que vai fazer? - pergunto já temendo a sua resposta, sentindo o desespero me tomar.

- Você precisa sentir dor, muita dor, precisa quase morrer na verdade.... Bem, talvez morra, mas não importa pois o que eu preciso é que ela tome conta.

- Não, não pode fazer isso! - grito desesperada.

- Não se aproxime dela, se tocar nela eu juro que... - Hades corta Damon.

- O que pode fazer daí? Não passa de um fraco, agora fique quieto enquanto eu faço sua mãe voltar ao normal - ele diz e se aproxima de mim com uma adaga meio grandinha, ela era inteiramente dourada.

- Isso vai doer - ele diz e enfia a mesma na minha barriga, grito de dor.

Era uma dor agonizante, parecia que tinha milhões de pequenas lâminas entrando em minha corrente sanguínea, ouvi meus amigos gritarem, porém a dor de ser rasgada era tão grande que não conseguia prestar atenção em nada.

Cuspi sangue no chão e Hades ficou me analisando esperando algo acontecer.

- Acho que não foi suficiente - ele diz ainda com a mão segurando a adaga e logo em seguida a torce dentro de mim, sinto uma dor aguda e esperneio.

- Seu de..s..gra.. - respiro fundo - ça..do - o olhei com ódio.

- Vamos Luna, vai deixar ela morrer? Apareça que eu paro - ele diz olhando em meus olhos.

- Se ela morrer voltará a ser uma pedra, quer isso? - ele sorri diabólicamente.

Ele arranca a adaga me fazendo sentir ainda mais dor, estava fervendo, a dor era alucinante e sentia como se fosse explodir.

- Gostou do meu brinquedo? Uso ele pra torturar algumas almas... É eficiente porque ele não machuca só o físico mas também estraçalha até a alma - ele diz e da uma risada.

Minha mente parecia entrar em combustão, o sangue escorria e me sentia no inferno, Ah é né.. Eu estou mesmo nele.

- Apareça Luna! - ele grita irritado enquanto eu agonizava.

- Implore pra que ela venha! - ele diz me dando um soco no rosto, senti o mesmo inchar quase que instantâneamente.

- Luna... - resmungo - Por favor... - digo fraca.

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