Aquela batalha havia se estendido nos últimos minutos. Grimm com a minha ajuda "queimava" os fantasmas com tiros certeiros de fogo, e eles recuavam cada vez mais de nossos ataques.
Maitê: Esquerda, Direita, atrás de você! - Eu me sentia como um mestre pokémon. Grimm não conseguia ver os fantasmas quando eles sumiam, mas eu conseguia, então eu comandava Grimm sobre onde ele deveria atacar.
Grimm: Tomaaa!!! - Uma labareda de chamas foi formada, os fantasmas foram engolidos pela onda de calor. Seus gritos vieram a nós como sons de gralhas.
Fantasmas: Aaaaaah! Nós já éramos! Corram...! - Berraram em Uni Solo antes de sumirem um por um naquele corredor escuro. Eu não os via.
Andei alguns passos à frente de Grimm e olhei ao redor do corredor, virando minha cabeça para lá e para cá, prestando atenção a qualquer barulho presente. Forçando meus olhos para enxergar algo naquela escuridão. Mas não havia nada, eu não os via, nem os escutava, Até a temperatura mudou, voltando ao clima de chuva agradável de antes. Eles foram embora.
Grimm que até então estava calado recuperando o fôlego, decidiu falar algo.Grimm: E-Ein? Ven... Cemos? - Murmurou confuso e igualmente começou a olhar os cantos escuros com uma expressão aflita.
Meus lábios se curvaram em um sorriso e suspirei calmamente ao dizer.Maitê: Vencemos. Bom trabalho, Grimm. - Parabenizei de forma breve, meus olhos diziam toda gratidão que minha boca não conseguia dizer. Grimm ainda se mantinha agitado, mas agora um pouco mais calmo, arfando de vez em quando.
Grimm: Haa, Haa... Foi assus... - Grimm interrompeu a própria frase, indignado pela frase que quase disse. - Não, não foi nem um pouco assustador! - Andou a passos pesados até parar um pouco a minha frente.
Grimm: Isso não é nada para o Grande Grimm! Que tal isso fantasmas? Foi só isso? - Gritou no meio do corredor, fazendo uma pose engraçada de quem mandava no pedaço.
Não aguentei e comecei a gargalhar alto, Grimm olhou pra mim confuso antes de uma carranca amarga surgir em seu rosto.
Grimm: Tá rindo de que? Fui eu que protegi você! Deveria estar me agradecendo e não rindo que nem um idiota. - Grimm olhava pra mim mal humorado, e eu não pude perder a oportunidade de zoar com a cara dele mais um pouco.
Maitê: É que você fica muito engraçado nessa pose. - Disse entre risadas, não aguentando mais e rindo um pouco mais alto. A cara que Grimm vez logo em seguida resultou para que eu tivesse que botar a mão na barriga de tanto rir.
Grimm: O que você acabou de dizer? - Ele me Olhou Irritado.
Maitê: Disse que você é engraçado. - Repeti.
Grimm: O que há de tão engraçado em mim?! - Resmungou irritado. Respirei fundo antes de olhar pra ele e dizer.
Maitê: Você é um gato falante, só isso já é o suficiente para me matar de rir. - Grimm fechou a cara.
Grimm: você tem coragem de zombar da minha cara assim, para que você saiba que sou o magnífico Grimm!
Maitê: Eu não tô nem aí.
Grimm olhou pra mim, puto da vida.
Grimm: É melhor você começar a ter respeito por mim, se não fosse por mim você ainda estaria naquele caixão! Sem falar que a essa altura você já teria virado picadinho de humano pra aqueles fantasmas! - Gritou, sua voz estridente fazendo meus ouvidos doerem. Parecia que alguém estava raspando a unha em um quadro negro.
Maitê: Mas quem foi que disse onde os fantasmas estavam porque alguém não conseguia vê-los? - Me incline um pouco para ficar cara a cara com ele.
Grimm: Tudo bem, você sabe como me irritar. Vou deixar essa passa. - Zombou.
Escutamos um eco vindo do andar de baixo, viramos a cabeça em direção a escada. Um tempo depois ouvimos passos de alguém subindo a escada.
Eu me mantive quieta, não desviando o olhar da escada. Olhei brevemente para Grimm que também encarava a escada.
Grimm: Quem poderia ser? - Suas orelhas de gato apontavam para a escada.
Maitê: Shh... - Fiz um sinal para ele ficar quieto. Não eram os fantasmas, disso eu tinha certeza, Alguém entrou dentro do Dormitório.
À medida que o barulho ficava mais alto, uma sombra foi se formando na parede. Ela não tinha forma, cada vez que subia um degrau a sombra tomava forma. Encaramos a sombra sem virar o rosto nem para olhamos um pro outro, ansiosos demais para falar algo, meu coração acelerado, eu continuava esperando pacientemente que quem quer que fosse que tivesse entrado no dormitório mostrasse seu rosto.
Eu não precisei que a sombra subisse todos os degraus para eu imediatamente reconhece-la, eu me tranquilizei, ciente de que ele não faria nenhum mal a mim. Agora não sei se ele fará algum mal a Grimm quando o vê-lo.
Quando seus sapatos pisaram no piso do segundo andar, falou sua primeira palavra.Crowley: Boa noite. Eu generosamente te trouxe o jantar. - Crowley apareceu com seu sorriso gentil no rosto. Ele se virou para mim e pude ver que ele carregava uma bandeja com um sanduíche no prato. Mas seu sorriso gentil desapareceu quando ele imediatamente viu Grimm.
Crowley: Você é aquele monstro que fez confusão durante a cerimônia de abertura! - Exclamou - eu te expulsei da escola, o que faz aqui!?
Maitê: Calma Crowley, o Grimm ele... - Me aproximei do diretor para acalmá-lo e explicar o que Grimm fazia ali. Mas Grimm me interrompeu dizendo.
Grimm: Humf! Eu exterminei os fantasmas! Seja grato! - Grimm cruzou suas patas sobre seu pelo branco fofinho.
Maitê: É... Foi isso. - Disse do lado do direitor, ele virou o olhar pra mim confuso.
Crowley: Hum? O que quer dizer com isso? - Olhou para mim e para Grimm confuso. Eu suspirei
Maitê: Bom... É que foi assim. - Eu disse e Crowley largou a bandeja em cima de uma mobília velha e empoeirada do corredor. Isso vai ser uma longa explicação.
Voltei! Depois de meses.... Mas voltei. A parte 2 sai amanhã, prometo.
E irei voltar a escrever regulamente.
Uma boa noite a todos.
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Twisted Wonderland: Apenas maldade em meu ser
AléatoireVoltar para casa sozinha de noite foi definitivamente uma das suas piores ideias. Maitê descobriu isso no momento que atravessou a rua e viu uma carruagem com dois cavalos negros vindo com tudo em sua direção. E sua situação piorou ainda mais quand...